quinta-feira, 27 de outubro de 2022

Istambul estreia no Guia Michelin com 53 restaurantes

 

São sete estrelas distribuídas entre cinco restaurantes, incluindo uma estrela por iniciativa sustentável



A cidade de Istambul, na Turquia, estreou como o destino do ano no Guia Michelin, guia de restaurantes de maior prestígio no mundo, e, nesse mês de outubro, foram revelados os locais nomeados pelos seus inspetores. Ao todo, foram destacados 53 restaurantes: um restaurante com duas estrelas, quatro restaurantes com uma estrela, um restaurante com estrela verde, reconhecido por suas práticas sustentáveis 10 restaurantes Bib Gourmand, nomeados por oferecerem uma ótima refeição a preços acessíveis, e 38 restaurantes recomendados pelo Guia.

Cinco restaurantes premiados com estrelas

Premiado com duas estrelas, o destaque do Guia Michelin em Istambul foi o restaurante TURK Fatih Tutak, localizado no distrito de Şişli, no lado europeu da cidade, que apresenta pratos com releituras modernas e sofisticadas, mantendo os sabores tipicamente turcos.

Refletindo a tradicional culinária de Istambul, os quatro restaurantes que receberam uma estrela Michelin foram: Araka, Mikla, Neolokal e Nicole.

O restaurante Araka, localizado no bairro de Yeniköy e comandando pela chef Zeynep Pınar Taşdemir, que traz pratos com foco em vegetais, ervas sazonais e temperos típicos da região.

No Mikla, localizado no distrito de Beyoğlu, a cozinha revisita as tradições da região de Anatólia com um toque inovador, apresentando toda a riqueza e diversidade dos produtos turcos. O repertório de Anatólia também se reflete no premiado Neolokal, localizado no Museu de Arte Moderna de Istambul, que recebeu uma estrela verde como reconhecimento por suas iniciativas ecológicas e sustentáveis e ações preocupadas em resguardar e promover o patrimônio culinário turco. Por último, também em Beyoğlu, está o restaurante Nicole, que apresenta receitas tradicionais turcas que se misturam às especiarias do Oriente Médio.
 

Os 10 restaurantes premiados na categoria Bib Gourmet

Localizado logo acima do Bazar Egípcio (Spice Market), o restaurante Pandeli apresenta pratos tradicionalmente turcos. Também com raízes típicas, o restaurante Alaf, que é comandado pelo chef Deniz, foi contemplado na categoria.

O popular restaurante Karaköy Lokantası agradou os inspetores do Guia por seus mezzes, refeições rápidas facilmente harmonizadas com a bebida típica turca, a rakı. Outro restaurante que apresenta uma grande variedade de mezzes é o restaurante Tershane, situado no oitavo andar do Hotel Momento, no distrito de Beyoğlu. Também especializado em refeições rápidas, Giritli, localizado em Fatih, uma das regiões mais movimentadas de Istambul, também apresenta criações inovadoras com raízes na mais tradicional culinária turca.

Comandado pelo chef Volkan Türe, o restaurante Aheste traz um ambiente romântico com criações originais e diversas opções de pratos vegetarianos.

Ainda no lado asiático, o restaurante Calipso, localizado no distrito de Küçükyalı, foi reconhecido por seus pratos a base de peixes, frutos do mar, mariscos frescos, mezze e saladas. No bairro badalado de Çukurcuma, o Cuma serve cozinha de inspiração mediterrânea e internacional, como tapas, ceviche e pizza.

No SADE Beş Denizler Mutfağı, a cozinha inspirada em Anatólia também ganha destaque, com lanches, refeições mais fartas e a especialidade da casa: língua de boi com pimenta quente.

Já o restaurante Aman da Bravo, localizado em Beşiktaş, também se destacou por seus pratos tipicamente turcos servidos no conceito de bistronomia moderna, com ingredientes produzidos no próprio país.

 

segunda-feira, 24 de outubro de 2022

Bruno Motter é o Enólogo do Ano 2022

  

Enólogo de 33 anos é o 19º a receber a honraria, indicado pelos próprios colegas

O jovem Bruno Motter foi eleito Enólogo do Ano 2022 pelos enólogos que integram o quadro social da Associação Brasileira de Enologia (ABE). A homenagem foi prestada em jantar do Dia do Enólogo e dos 46 anos da entidade, realizado na sexta-feira, 21 de outubro, no Centro Empresarial de Bento Gonçalves, reunindo cerca de 150 pessoas.

 


A escolha seguiu um regulamento de três etapas, com a participação de 150 enólogos associados da entidade. Na primeira, eles indicaram um enólogo, levando em consideração critérios como formação em Enologia e Viticultura, trabalho em prol do profissional de Enologia, cinco anos de experiência na atividade, estar exercendo a atividade, atuação setorial, inovação tecnológica, ser associado a ABE, no mínimo, há três anos e estar em dia com a Tesouraria.

 

A segunda etapa foi marcada pela seleção dos três mais votados na primeira, respeitando a pontuação pela sua vida profissional, considerando experiências, formação e reconhecimento perante seus pares. A avaliação e homologação do resultado se deu na terceira etapa e foi feita por um comitê formado pelos que já foram homenageados com a distinção. Eles deram uma nova pontuação, atribuída pela percepção que o grupo tem de cada um dos três profissionais. Carisma, experiência, formação, participação e reconhecido desempenho na atividade determinaram a aprovação final.

 

Formado em Enologia pela Universidad Juan Agustin Maza, em 2011, na cidade de Mendoza, na Argentina, Bruno Motter é pós-graduado em Gestão Empresarial pela Unisinos. Com apenas 33 anos, acumula em sua trajetória as funções de Diretor Técnico e enólogo da Vinícola Don Guerino, em Alto Feliz (RS), onde também é sócio proprietário, além de ser Diretor Técnico da Associação Brasileira de Enologia.

 

Retrospectiva dos homenageados:


Enólogo do Ano 2004 – Antônio Czarnobay

Enólogo do Ano 2005 – Gilberto Pedrucci

Enólogo do Ano 2006 – Firmino Splendor

Enólogo do Ano 2007 – Adriano Miolo

Enólogo do Ano 2008 – Ismar Pasini

Enólogo do Ano 2009 - Nauro José Morbini

Enólogo do Ano 2010 – Lucindo Copat

Enólogo do Ano 2011 – Daniel Dalla Valle

Enólogo do Ano 2012 – Dirceu Scottá

Enólogo do Ano 2013 – Juliano Daniel Perin

Enólogo do Ano 2014 - Delto Garibaldi

Enólogo do Ano 2015 – Christian Bernardi

Enólogo do Ano 2016 – Flávio Angelo Zílio

Enólogo do Ano 2017 – Carlos Abarzúa

Enólogo do Ano 2018 – Cedenir Fortunatti

Enólogo do Ano 2019 – Leandro Santini

Enólogo do Ano 2020 – Edegar Scorteganga

Enólogo do Ano 2021 – Alejandro Alberto Cardozo Rapetti

Enólogo do Ano 2022 – Bruno Motter

 

*Fotos: Jeferson Soldi


sexta-feira, 21 de outubro de 2022

O enólogo cada vez mais gestor na vinícola

 
 
A definição comumente difundida sobre o trabalho do enólogo o classifica como o responsável pela elaboração de vinhos. De fato, essa é a atribuição mais conhecida desse profissional, mas certamente não a única. Pode-se dizer que hoje o enólogo é um multitarefa, ocupando atribuições que vão do campo até a comercialização de produtos. “A primeira lembrança que vem à mente é a foto de um enólogo degustando um bom vinho, com o tradicional movimento de agitar a taça. Porém, a complexidade do trabalho é extrema e, frequentemente, menos glamourosa do que isso. É uma jornada que começa no campo, passa por muito tempo nas cantinas, requer bastante estudo e, também, entendimento das tendências de mercado e perfil de consumo. O ato de degustar e brindar, alusivo à qualidade dos vinhos e espumantes, seguramente pode, e deve, ser estendido à importância que o trabalho do enólogo tem na construção dos resultados que o setor vitivinícola brasileiro comemora, em especial nos últimos anos”, explica Ricardo Morari, enólogo chefe da Cooperativa Vinícola Garibaldi.



 
Longe do status associado à profissão, o dia a dia do enólogo exige transpiração -- para só depois exercer a inspiração no desenvolvimento dos novos rótulos. E isso porque, para alcançar as características almejadas para vinhos tranquilos e borbulhantes, sua atuação começa ainda no campo. Por ali, ele é fundamental na orientação na melhor forma de manejo de cada vinhedo, entendendo e explorando o máximo de cada terroir. É ele quem decide, também, o ponto ideal da colheita, de acordo com o grau de maturação das uvas, uma das importantes etapas para obter o perfil desejado para os vinhos. Todo planejamento e gerenciamento na elaboração lhe compete, na verdade.
 
Nesse escopo, estão o estudo da videira, do solo e do clima, a fim de descobrir as variedades que melhor se adaptam às condições locais. Da mesma forma, o controle do processamento das uvas e a supervisão dos processos de elaboração, bem como o conhecimento das técnicas de vinificação, são atribuições desses profissionais. “Procuramos, através do nosso trabalho, levar ao conhecimento do consumidor a arte de elaborar vinhos e espumantes”, afirma Morari. Neste sentido, o enólogo também tem um grande papel como difusor da cultura do vinho, atuando em conjunto com as áreas comercial e de marketing, a fim de encontrar as melhores estratégias para promover o consumo desses produtos.
 
Esse conjunto de tantas atribuições, no campo e na vinícola, ainda conta com outras variantes. E, diga-se, não menos relevantes do que as funções listadas: pesquisa e tecnologia. O acesso a novas ferramentas tem oportunizado aos enólogos criarem produtos inovadores, de modo a atenderem diferentes paladares e tendências de mercado.
 
Basta olhar 20 anos no passado para perceber que definições de espumantes como Nature ou Extra-Brut eram raras. Ou, mais ainda: alguém imaginaria, naquela época, beber um espumante com gelo? Vinhos elaborados com uvas orgânicas e biodinâmicas, por exemplo, são realidades hoje, atendendo a consumidores que prezam por produtos livre de quaisquer tipos de defensivos. Anos atrás, falar em vinho em lata poderia soar como heresia dentro dos conceitos tradicionais da vitivinicultura. Tão estranho como seria imaginar uma bebida sem álcool, com borbulhas, características e embalagem de espumante, para atender consumidores que não podem ou optam por não consumir bebida alcoólica, e que hoje ganham mercado.
 
A sustentabilidade, desde a produção das uvas até a elaboração dos vinhos, espumantes e sucos, também é algo atual e que o enólogo deve estar atento. Através da viticultura de precisão, do manejo correto dos vinhedos e de variedades mais adaptadas ao nosso clima e resistentes à doenças, é possível minimizar o uso de defensivos. Na elaboração, o uso de tecnologias limpas, que reduzem a geração de resíduos, emissão de gases atmosféricos, consumo energético e de água nos processos, são preocupações que o profissional da enologia também deve ter pensando na sustentabilidade do setor a curto, médio e longo prazo.
 
Hoje as tecnologias atualizam conceitos. É a partir delas que os enólogos encontram formas de modernizar processos e produtos, além de reduzir o impacto ambiental, observa Morari. “Essa diversificação de perfis de produto é reflexo dessa busca incessante dos enólogos por inovação e por tecnologias que permitem isso”, analisa.


segunda-feira, 17 de outubro de 2022

Miolo abre pré-venda exclusiva do Sesmarias 2022

  

Avant Première exclusiva garante o vinho mais conceitual do Grupo Miolo

 

Diferentes exposições solares, diferentes solos, seis variedades de castas selecionadas - Cabernet Sauvignon, Merlot, Petit Verdot, Tannat, Tempranillo e Touriga Nacional -, uvas colhidas em seu ponto máximo de equilíbrio e maturação, além de dupla fermentação em barricas de carvalho francês. Assim é elaborado o vinho mais conceitual do Grupo Miolo, na Vinícola Seival, instalada em Candiota, na Campanha Meridional. O Miolo Sesmarias Safra 2022 recém começou sua jornada de amadurecimento e a pré-venda exclusiva já está aberta. Serão apenas 7.200 litros. Quem deseja investir neste vinho pode aproveitar a Avant Première, que este ano lança condições em parcelas com percentuais que chegam a 55% de desconto.



A pré-venda exclusiva que se inicia em 2022 e finaliza em dezembro de 2023 é um incentivo que a Miolo oferece a todos que desejam investir num vinho com alto poder de guarda, elaborado com um conceito único no Brasil. A vantagem financeira é indiscutível, pois além de ter garantido o produto com lote limitado antes de chegar ao mercado, também assegura retorno no investimento uma vez que o Miolo Sesmarias mais do que dobra de valor quando o produto está pronto e é aberta a venda oficial, programada para julho de 2024.

O Miolo Sesmarias é a arte em forma de vinho. É o primeiro tinto elaborado no Brasil com fermentação integral em barricas de carvalho. Todo processo de elaboração é minucioso e extremamente preciso. O trabalho começa ainda no vinhedo. A seleção contempla uma profunda triagem que começa no vinhedo, com a colheita das uvas perfeitas, que são cuidadosamente desengaçadas sem esmagamento. A remontagem é feita com o rolamento da própria barrica. Tanto a fermentação alcoólica quanto a malolática acontecem na madeira em contato com as cascas. Por duas semanas, a fermentação alcoólica acontece em barricas com o uso de leveduras indígenas. O grande diferencial do Miolo Sesmarias é que ocorrem duas fermentações em barricas, a primeira com o propósito de ‘amaciar’ o vinho e a segunda para dar estrutura e complexidade. O corte dos seis vinhos estagia por mais de 18 meses em barrica nova de carvalho francês.

Este vinho é um exemplar da expertise da marca na elaboração de vinhos nobres com alto poder de guarda. Expressivo, elegante e longevo, o Miolo Sesmarias somente foi produzido nos anos de 2008, 2011, 2018, 2020 e agora 2022. Segundo o diretor superintendente da Miolo Wine Group, Adriano Miolo, não se faz um vinho desses de uma hora para outra. “Foi necessário muito trabalho, dentro e fora da vinícola. Precisamos aprender com a natureza. Somente compreendendo o terroir e sua relação com cada casta conseguimos extrair o melhor de cada variedade, além de encontrar o equilíbrio entre elas”.

A sofisticação e o requinte do vinho Sesmarias exige também engrandecido acompanhamento gastronômico. Como se trata de um vinho elegante, longevo, corpulento, de acidez refrescante, harmoniza com iguarias à base de carnes nobres e de caça. Por ser um vinho moderno é um excelente parceiro de qualquer obra culinária, mesmo da tão em voga cozinha contemporânea. Ideal ser apreciado a uma temperatura que varia entre 16ºC e 18ºC.