Que os momentos no entorno da mesa se perpetuem entre pai e filho!
Pois neste domingo dia 9 - o segundo domingo de agosto - mais um Dia dos Pais se realizará, data especial e querida por todos aqueles que possuem a alegria e a responsabilidade de serem pais. Eu compartilho deste sentimento pois afinal tenho um pai saudável, o “seu” Orlando e tenho dois filhos lindos, a Antonia e o Theo! Fui criado por um pai que cozinhava, receitas caseiras aprendidas com sua ascendência de origem alemã, e hoje eu cozinho para meus filhos e eles auxiliam muitas vezes nestas lidas culinárias seja lavando ou cortando legumes, seja organizando a mesa ou mesmo lavando a louça remanescente das alquimias na cozinha. E inspirado nisto tudo que segue a receita desta semana, o espaguete com frutos do mar, dedicado a vocês, pais presentes!
Ingredientes:
(para 4 pessoas)
500g
de camarões médios e crus
500g
de mexilhões
500g
de anéis de lula
Meio
pimentão vermelho pequeno picadinho
4
tomates sem pele e sementes picadinhos
50ml
de leite de coco
1
cebola picada
2
dentes de alho picadinhos
1
taça de vinho branco seco
Suco
de um limão
1
colher de sopa de azeite de dendê
100ml
de azeite de oliva extra virgem
Sal
Pimenta
preta moída na hora
Salsinha
verde picadinha
Preparo:
Aquecer uma panela com o azeite de oliva, azeite de dendê e a manteiga e juntar a cebola, o pimentão e o alho, refogando em fogo médio. Em seguida adicionar os tomates o sal e a pimenta. Regar com o vinho, cozinhando até evaporar o líquido. Assim que o molho engrossar juntar a lula, o mexilhão, suco de limão e o leite de coco. Corrigir o sal e a pimenta e somar a salsinha. Juntar o camarão, desligar o fogo e reservar. Cozinhar o espaguete, escorrer e juntar ao molho de frutos do mar. Servir em seguida!
As mãos de meu pai - Mario Quintana
As tuas mãos tem
grossas veias
como cordas azuis
sobre um fundo de
manchas
já da cor da terra
— como são belas as
tuas mãos
pelo quanto
lidaram, acariciaram
ou fremiram da
nobre cólera dos justos…
Porque há nas tuas
mãos, meu velho pai,
essa beleza que se
chama simplesmente vida.
E, ao entardecer,
quando elas repousam
nos braços da tua
cadeira predileta,
uma luz parece vir
de dentro delas…
Virá dessa chama
que pouco a pouco,
longamente, vieste
alimentando
na terrível solidão
do mundo,
como quem junta uns
gravetos
e tenta acendê-los
contra o vento?
Ah, como os fizeste
arder, fulgir,
com o milagre das
tuas mãos!
E é, ainda, a vida
que transfigura
as tuas mãos
nodosas…
essa chama de vida
—
que transcende a
própria vida…
e que os Anjos, um
dia,
chamarão de alma.
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