Acredita-se que o chocolate teve
origem na cultura asteca, quando era consumido em forma de bebida. A chegada
dos espanhóis ao México fez com que o produto fosse introduzido na Europa ainda
no século XVI. De lá para cá, o produto foi conquistando paladares ao redor do
planeta e ganhou até mesmo uma data mundial para ser celebrado: 7 de julho.
O chocolate chegou ao Brasil no século XVII e, atualmente, o
país é o 5º em maior volume de vendas do produto no varejo, de acordo com dados
da Euromonitor. Estimativas da Associação Brasileira da Indústria de
Chocolates, Amendoim e Balas (Abicab) indicam que o consumo per capita de
chocolate gira em torno de 2,6 kg por ano, ainda tímido se comparado à Suíça,
país que mais consome chocolate no mundo, com 8,5 kg/ ano por habitante.
"Temos um amplo potencial a explorar, por isso, as
indústrias de chocolate investem para ampliar cada vez mais seu portifólio, de
forma a atender as diversas necessidades e interesses do consumidor
brasileiro", afirma o presidente da Abicab, Ubiracy Fonsêca.
Há muito por trás dos produtos de chocolate como o
conhecemos. Neste Dia Mundial do Chocolate confira algumas curiosidades sobre o
produto e sua fabricação industrial:
- Cacau não tem gosto de chocolate: a poupa do cacau in natura
não tem o gosto e o cheiro característicos do chocolate. O aroma começa a ser
desenvolvido na etapa de secagem da amêndoa de cacau (a semente do fruto),
ainda na fazenda; é acentuado no processo de torrefação, que tira a umidade da amêndoa,
antes de ela seguir para o processo de moagem; e somente já nas indústrias de
chocolate, durante o processo de conchagem, é que seu sabor se consolida.
- O refinamento do chocolate pode levar de horas a até dias: a
conchagem, um longo processo de mistura, agitação e aeração do chocolate em
forma líquida e aquecida, pode levar de 12 horas a até dias. A quantidade de
tempo depende do tipo de produto escolhido pelo fabricante. É esse processo que
determina a textura do chocolate e consolida seu sabor. Esta etapa acontece
logo depois da mistura dos ingredientes que dão vida ao chocolate: licor de
cacau ou torta de cacau (massa resultante do processo de moagem da amêndoa de
cacau), manteiga de cacau (também resultante do processo de moagem), leite (se a
receita for de chocolate ao leite) e açúcar ou outro tipo de adoçante. Outros
ingredientes também podem ser adicionados ao longo do processo de conchagem.
- Chocolate branco tem cacau, sim: durante o processo de
moagem, realizado em sua maioria por indústrias processadoras de cacau são
obtidos da amêndoa dois subprodutos: a torta de cacau (massa resultante da
moagem) e a manteiga de cacau (gordura que é presente na amêndoa). A receita
básica do chocolate branco é composta por manteiga de cacau, leite e açúcar.
Não há adição da torta de cacau, que dá a coloração e característica do
chocolate preto.
- Toneladas de bombons: as caixas de bombons lideram a
fabricação de produtos de chocolate em termos de toneladas produzidas. Em 2019,
essa categoria de produto representou 22% do total das 559 mil toneladas de
chocolate fabricadas, sem contar achocolatado em pó. Somando achocolatado em
pó, a produção total da indústria brasileira foi de 756 mil toneladas em 2019.
- Mãos ao chocolate: A indústria nacional de chocolate emprega
23,6 mil pessoas de forma direta. Análise da Consultoria Tendências,
encomendada pela Abicab, em 2018, indicou que a cada emprego gerado no setor de
Chocolates, Amendoim e Balas, outros 3,78 postos são gerados de forma indireta.
Sobre a ABICAB:
A Associação Brasileira da Indústria de Chocolates, Amendoim
e Balas - ABICAB foi fundada em 1957 e representa os principais fabricantes do
país junto às esferas pública e privada, no Brasil. A indústria brasileira
nestes setores fatura cerca de R﹩ 28 bilhões e gera mais de 37 mil
empregos diretos. A entidade, que representa atualmente 92% do mercado de
chocolates, 93% do mercado de balas e confeitos e 62% do mercado de amendoim,
tem como objetivo central desenvolver, proteger e promover as indústrias
associadas, estimulando ações para o fomento dos mercados interno e externo
nestes setores, bem como o consumo responsável dos produtos.
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