quinta-feira, 27 de dezembro de 2018

O que esperar para 2019 na enogastronomia?



Ano Novo, novas ideias, conceitos e quem sabe mudanças de hábito!

Este ano passou a galope! Passamos o veraneio, logo veio a Páscoa, o inverno, as datas comemorativas de setembro e outubro e agora, Natal e Ano Novo. Foi-se mais um ciclo, a partir de terça-feira estaremos inaugurando um novo, recheados de esperança que muitas coisas permaneçam e outras possam mudar. E na enogastronomia as coisas também voaram, algumas melhoraram, outras se reinventaram e tem coisas que continuaram iguais. Quem sabe alguns pedidos não se materializem neste ano que se iniciará?

Eu desejo que:

- cada vez mais as paredes das cozinhas sejam quebradas e estas integradas aos demais ambientes criando uma gostosa integração, afinal, é na cozinha que as pessoas mais gostam de estar.   

- os impostos descarregados nos vinhos (e em praticamente todos os outros produtos)  possam ser menos significativos.

- os supermercados olhassem com mais atenção os alimentos em suas gôndolas principalmente no tocante a “prazo de validade”.

- os produtos ditos orgânicos pudessem ter tributação diferenciada para ficarem em igualdade de preço aos industrializados.

- se respeitasse mais os consumidores que possuem intolerância a glúten e a lactose.

- o tal “raio gourmetizador” perca força e que hambúrgueres, pizzas, molhos, cachorros-quentes e batatas-fritas abandonem o famigerado rótulo “gourmet”.

- as pessoas não trocassem quem está a sua frente da mesa por uma conversa pelo whatsapp.

- os cogumelos sejam cada vez mais descobertos pelos amantes das lidas de forno e fogão, afinal, a suavidade e sabor ímpar destes merecem ser bem mais explorados.

- os restaurantes revisem a prática de colocar 100% de margem sobre os vinhos e espumantes, afinal, estes são agregados ao principal e não podem ser a principal fonte de renda da casa. 

- nenhuma mesa ousasse não ter alimentos e que além destes fossem rodeadas de amor e humanidade.

- as crianças soubessem que uma boa salada é muito mais que alface e tomate e que seus pais não tivessem preguiça de educa-los sobre comida saudável.

- um quilo de frutos do mar não ficassem apenas com seiscentas gramas depois de descongelados.

- o modo simples e justo de cozinhar e os ingredientes frescos sejam uma regra alimentar.

- as pessoas se conscientizem que uma ida a um pub ou restaurante pode ser uma ótima chance de conhecer outras pessoas novas e incríveis.

- a cada ano um novo amigo você consiga contar nos dedos das mãos.

- se resgate aquelas receitas antigas das avós e das mães e que se perdure tais tradições gastronômicas no tempo.

- os livros e os filmes de culinária e vinhos possam trazer um alento cultural aqueles que fazem sempre as mesmas coisas, do mesmo jeito, no mesmo lugar e com as mesmas pessoas.

- se entenda que cada um tem um corpo e um organismo diferente do outro, portanto deixar de levar o outro como referência seja de peso, altura, beleza ou hábitos e passar a “se” levar como referência. 

- não nos esqueçamos que o melhor digestivo que há é o exercício físico e mental.  

- possamos continuar nos apaixonar por coisas, comidas, vinhos e pessoas e por quantas vezes quisermos.

- nos dediquemos para que os nossos filhos queiram estar cada vez mais no entorno de  nossas mesa.

- possamos aprender e fazer a cada mês um novo prato.

- Deus mantenha a nossa resiliência em querer cozinhar cada vez melhor!

E desejo a todos um maravilhoso Ano Novo!

     



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