Para muitos, o Réveillon é um
momento de renovação, de planejar ou de colocar em pratica planos antigos.
Assim, são várias as simpatias e superstições para que tudo ocorra bem, como
comer lentilhas, pular sete ondas (o número sete também se relaciona a religiões
e crenças), entre outros inúmeros hábitos.
É claro que isso tudo se trata de
simbolismos, sendo, portanto, práticas de manifestação cultural que revelam as
relações de identidade das pessoas em relação à sociedade e ao espaço. A
palavra “revéillon” veio do francês e significa “despertar” ou “retomar”, em
referência à nova etapa de uma vida que se inicia. A origem do Réveillon é
muito anterior ao cristianismo, sendo geralmente atribuída à Mesopotâmia, em
2000 a.C., em uma comemoração a algo como o “Festival de Ano Novo”. Persas,
fenícios, assírios e gregos, desde tempos remotos, também realizavam as suas
celebrações de passagem de ano.
Cada
cultura e cada região comemora a sua passagem à sua maneira e em datas
específicas: os chineses, por exemplo, marcam o seu ano novo ao final de
janeiro ou no início de fevereiro, enquanto os judeus comemoram no que é, para
nós, final de setembro ou início de outubro. Já para os muçulmanos a passagem
de ano é celebrada no mês de maio.
No Brasil o Réveillon é comemorado no dia 1º
de janeiro resultante de uma decisão do calendário romano, por volta de 743
a.C., que foi mantida pelo calendário juliano e preservada quando a Igreja
Católica adotou oficialmente o calendário gregoriano já no século XVI. Muitos
acreditam que comer lentilha na virada do ano traz sorte. Esse costume chegou
ao Brasil com os imigrantes italianos que acreditavam no ditado “lenticchie a
capod´anno franchi tutto l´anno“, ou seja, “lentilha no ano novo, dinheiro o
ano todo”. Também de origem européia, diz-se que, como o porco é um bicho que
“fuça” a comida, comê-lo na passagem de ano pode fazer a vida ser empurrada
para frente, diferentemente das aves, que ciscam para trás, o que poderia
significar regressão.
"Um pleno, feliz, próspero e saudável 2018 a todos!"
Emerson Haas - Editor