Oriunda da
Família Carrau de Montevidéu, bodega localizada em Riveira inicia seu projeto
de enoturismo
No final do mês de agosto estive
conhecendo a Bodega Cerro Chapeu, em Riveira, na divisa do Brasil com o
Uruguai. Para quem chega a Riveira vindo de Rosário, basta pegar o caminho para
o aeroporto – que fica a cerca de 7km da cidade – e antes de chegar no mesmo
placas indicarão o caminho para a vinícola, com mais 6km de estrada de chão. A
propriedade está fincada no lugar mais alto da região, há cerca de 300m acima
do nível do mar e é brindada com uma brisa eterna além de uma significativa ensolação.
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Vinicola envasa meio milhão de litros por safra |
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Vinhas com mais de 35 anos se espalham por 50 hectares cultivados |
O varejo está instalado no casarão da
família, uma construção imponente arraigada sob o estilo arquitetônico
espanhol, que conta inclusive com uma bela fonte ao centro do gramado interno.
Também é neste local que são preparados os almoços harmonizados e demais
eventos, contando com boa estrutura para recepcionar os visitantes. Com
vinhedos plantados nos dois países, a vinícola elabora hoje cerca de meio
milhão de litros de vinhos por safra. O sistema de vinificação por gravidade é
um show a parte, pois a instalação produtiva foi construída de acordo com um projeto
muitíssimo inteligente, no qual o líquido resultante da prensagem vai direto
aos tanques de inox pela gravidade atmosférica, com o mínimo de intervenção
humana.
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Vinificação por gravidade tem o mínimo de interferência humana |
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Novos vinhedos do lado brasileiro em breve estarão produzindo |
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Margarita Carrau é uma das proprietárias |
As propriedades ficam
frente-a-frente divididas apenas pelos marcos que definem o limite territorial
de Brasil e Uruguai. No lado brasileiro novas parcelas de videiras estão sendo
cultivadas para muito em breve começarem a dar frutos. Também está sendo finalizado um complexo para
o enoturismo, direcionado a eventos e visitações, com uma vista incrível do
Cerro Chapéu e do Cerro Muñoz.
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Instalação no lado brasileiro demandará forte aporte no enoturismo e eventos
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Natureza bucólica maravilha o visitante |
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Tannat é o grande cartão de visitas da vinícola |
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Margarita Carrau conduz pessoalmente os almoços harmonizados |
No comando da vinícola está
Margarita, Gabriela e Francisco Carrau
ex-sócios da Bodegas Carrau de Montevidéu que após a divisão das
propriedades com os demais irmãos sócios acabaram ficando com a extensão de
Rivera e de Livramento no lado brasileiro que antes pertencia ao grupo,
passando a chamar-se Bodega Cerro Chapeu.
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Natalia Villanueva, Renzo e Margarita Carrau e este editor |
Os vinhedos de quase 50 hectares e
muitas videiras com mais de 35 anos, produzem diversas castas, entre as quais
Pinot Noir, Cabernet Sauvignon, Chardonnay, Sauvignon Blanc e claro Tannat,
entre outras. São várias as linhas que formam o portfólio de vinhos da bodega,
entre as quais a Castel Pujol, Varietal, Reserva e Gran Reserva. Tive oportunidade de participar de
um almoço harmonizado relativo ao Festival Tannat y Cordero, no qual preparei
como chef convidado pratos a base de carne de cordeiro que foram harmonizados
com Tannats da casa conduzidos por Margarita, que além de proprietária é também
sommelier.
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Pôr do sol forma um belo cartão postal |
Particularmente chamaram-me atenção os seguintes vinhos entre todos
os degustados: Castel Pujol Chardonnay 2016, Castel Pujol Cabernet Franc
Reserva 2013, Ysern Tannat – Tannat Gran Reserva 2014, 1752 Petit Manseng e
Pinot Grigio 2011, Castel Pujol Trebianno 2015 e Carrau Sust Cuveé Rosé Brut
Nature Vintage 2011
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Barricas americanas e francesas são utilizadas no amadurecimento dos vinhos |
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Vista interna do casarão que abriga o varejo da bodega |
A visitação a Bodega Cerro Chapeu
funciona com agendamento, basta acessar algum dos meios adiante e contatar: mcarrau@castelpujol.com e facebook/bodegacerrochapeu
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