Quando descobri esta iguaria fiquei particularmente impressionado: o alho negro. Tal ingrediente vem conquistando chefs e consumidores do mundo inteiro, primeiro pelo seu ineditismo
e depois pelo seu sabor que em nada lembra o tradicional alho que tem forte ardência.
O alho negro passa por um processo de fermentação e envelhecimento que o deixa
com sabor inusitado, levemente adocicado e com aroma defumado, o que permite
uma versatilidade incrível na cozinha indo bem até no preparo de doces.
Ferran Adrià foi o primeiro a usá-lo profissionalmente em seu já extinto restaurante El
Bulli, mas em países como o Japão, Coréia e Tailândia já tem um longo passado
de uso. Na preparação do alho negro ele passa três semanas numa estufa, com
casca e tudo. E durante a fermentação os açúcares e aminoácidos do alho se
unem, produzindo uma substância chamada melanoidina, responsável pela coloração
escura. Depois da estufa o alho é mantido sobre uma grade, em temperatura
ambiente, por uma semana. Atualmente já se encontra outros legumes pelo mesmo processo, como a cebola.
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