Esta passagem me foi enviada pelo
amigo e confrade Alexandre Hoppe, membro da Confraria do Sagu, especializada em
vinhos de Santa Cruz do Sul. Alexandre, Maximiliano Pisso e sua esposa Aline
Zagonel foram mergulhados numa história e depois degustação ímpar que somente o vinho pode proporcionar, cujo texto
segue no transcorrer, pelas palavras do próprio Alexandre:
“Esta é uma daquelas historia
dignas de um filme. Em 1945 o senhor Adolffo Passeto era proprietário de uma engarrafadora
e distribuidora de vinhos na cidade de Rosário, Argentina. Engarrafava vinhos
com o nome "Virgen de Nuria". Trazia
vinhos a granel de Mendoza, engarrafava e os vendia em Rosário. Um dos lotes comprados destas vinícolas chegou
com o teor de açucar maior que o permitido pela legislação. Para não jogar fora
tal carga o senhor Passeto decidiu intervir e provavelmente tentou fazer um
vinho fortificado com adição de álcool vínico. Engarrafou, então, um pequeno lote
de 20 garrafas. Guardou-as num corredor no fundo de sua propriedade e lá tais
garrafas caíram em esquecimento. A empresa fechou, gerações se passaram e o
prédio que estava alugado por muitas décadas foi devolvido a família. A neta de Passeto achou por casualidade aquela
pilha de garrafas e para surpresa de todos o vinho esta inacreditavelmente
fantástico. Um néctar extremamente aromático e com uma profundidade de sabores
enebriantes. Praticamente um vinho do porto esplendoroso e de altíssima qualidade.
Maximiliano Pisso, grande amigo argentino, bisneto de Adolffo, recebeu de sua
mãe uma dessas garrafas. E teve a generosidade e o carinho em compartilhar esse
delirante vinho num jantar feito pela talentosa esposa e amiga de muitas
jornadas Aline Zagonel, numa noitada inesquecível”.
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