Muitas coisas
na esfera de comida e bebida devem mudar durante o ano que se inicia, pelo
menos é o que se espera
Foi-se mais um ano! 2015 acabou
tão rápido quanto começou. Parece que foi ontem que estouramos espumantes na
virada e fazíamos votos de dias melhores. E também em se tratando de
enogastronomia as coisas voaram, algumas melhoraram, outras se reinventaram e
tem coisas que continuaram iguais. E é a esperança que estas últimas mudem que
desejamos e para auxiliar aí vai uma lista de desejos para 2016:
- espero que os restaurantes
foquem naquilo que são bons! Não adianta abraçar o mundo, ou se é bom numa
única proposta ou medíocre em várias.
- que Freixenet de uma vez por
todas assuma sua condição de breguice terceiro mundista.
- possamos ir ao supermercado
periodicamente e perceber que a inflação realmente é de apenas 1% ao mês.
- desejo que o tal “raio
gourmetizador” perca força e que hambúrgueres, pizzas, molhos,
cachorros-quentes e batatas-fritas abandonem o famigerado rótulo “gourmet”.
- que os tais food-trucks sejam
bem vindos mas que tenham legislação específica para não ficar parecendo uma
informalidade gastronômica.
- mesas fartas e rodeadas de amor,
amizade e humanidade.
- que as crianças olhem para
rúcula, vagem, cenoura, beterraba e abobrinha do mesmo jeito que enxergam
Coca-Cola, Mc Donalds e guloseimas.
- as emissoras de TV poderiam
reduzir os programas culinários. Ninguém agüenta mais tanto Masterchef (falta
só o de Marte); Na cozinha com fulana e beltrano; Carolina Ferraz ensinando a
preparar cachorro-quente ... Aff!
- bacalhau é bacalhau. Abrótea é
abrótea, ok?
- primeiro que se alimente e se
hidrate a si próprio, depois aos demais amigos virtuais.
- a carga tributária sobre o
vinho poderia ser reduzida, quem sabe fazermos um ano com “imposto zero”,
estimulando os consumidores a se deliciar nas garrafas da bebida de baco
realmente a preços justos.
- que os restaurantes se
conscientizem que trabalhar com 100% de margem no vinho espanta qualquer
cliente mais ousado, pois bebida é serviço agregado e não a razão de ser de um
estabelecimento cujo foco é a comida.
- e aproveitando a deixa, desejo
novamente que sejam abolidos por todo o sempre aquelas taças de vidro pequenas
ditas para vinho de clubes e restaurantes.
- que o slow food seja a regra
alimentar e que seus principais ingredientes sejam orgânicos, resgatando a
verdadeira comida.
- que bloqueadores de WhatsApp,
Twitter e Facebook sejam amplamente
instalados em restaurantes, bares e bistrôs.
- as sobras de alimentos possam
ser reaproveitadas ao invés de ocupar mais de trinta porcento do lixo
doméstico.
- que todos tenham Ano Novo repleto
de saúde, felicidade e prosperidade!
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