Alquimias gastronômicas, receitas, dicas, crônicas, curiosidades, comentários sobre vinhos, restaurantes e viagens você, irriquieto internauta, encontrará neste delicioso e democrático blog!
segunda-feira, 31 de agosto de 2015
domingo, 30 de agosto de 2015
Enólogo Dirceu Scottá palestra na Confraria do Sagu
No último dia 26 de agosto, o
enólogo Dirceu Scottá, da vinícola gaúcha Dal Pizzol, esteve em Santa Cruz à
convite da Confraria do Sagu – confraria de vinhos da cidade – expondo um pouco
de seu trabalho e sobre a vinícola da Serra Gaúcha.
Dirceu Scottá |
Dirceu realizou amplo debate sobre cultivo e mercado do vinho |
Dirceu, que já foi
presidente da ABE – Associação Brasileira de Enologia, organizadora da
Avaliação Nacional de ninhos – e eleito Enólogo do Ano em 2012, distribuiu aos presentes pinceladas de seu
didático e versátil conhecimento, municiando a todos com valiosas informações
principalmente dos manejos enológicos. Vinhos orgânicos, sistema de plantio,
mercado nacional e internacional e ANV foram alguns dos temas abordados na sede
da ILT Tabacos.
Confraria do Sagu |
Foram degustados e comentados
pelo palestrante seis rótulos de vinhos e dois espumantes da Dal Pizzol: Rosé
Brut, Brut Traditionelle, Chardonnnay 2014, Gamay Beaujolais 2015, Do Lugar
Cabernet Franc 2013, Ancellotta 2012, Enoteca 2011 e a série comemorativa Dal
Pizzol Quarenta Anos. Os confrades dividiram os votos do “vinho da noite”
ficando o Gammay com 50% dos votos; Cabernet Franc com 25% e Quarenta Anos com
25%.
Vinhos e espumantes da Dal Pizzol foram degustados |
O cardápio da noite ficou a cargo
da equipe da chef Mariana Almeida que serviu Quiche de alho poró com mix de
folhas verdes e amêndoas e Filé ao molho de gorgonzola e cebolas carameladas.
O enólogo Dirceu Scottá foi
homenageado com uma placa pelo seu incansável trabalho de desenvolvimento da
viticultura nacional.
Enólogo recebeu placa da confraria |
Os vinhos degustados |
Dal Pizzol Gamay Beaujolais 2015
Um vinho para ser degustado logo
após o envasamento como todo Beaujolais. Mostrou-se com coloração grená
violácea, muito límpida e brilhante, com lágrimas médias e ligeiras na taça.
Aromas elegantes trazendo
framboesa, cereja, morangos, também frutas brancas como banana, pomelo e
melancia branca. Boca equilibrada, boa acidez, fruta destacada, persistência média.
Fresco, jovem e com taninos finos. Retrogosto agradável.
Pode ser degustado em carreira
solo ou na companhia de frutos do mar com gordura, queijos brancos, cordeiro
magro, frango grelhado e carne suína magra com molhos leves.
Um vinho leve, jovem, descolado! Um dos raros Gamays nacionais que deixa
gostinho de quero mais.
Possui 12,5% de graduação
alcoólica e o ideal é ser degustado na temperatura de 10oC.
O Creme de Mandioca com Queijo Gorgonzola
Outro dia vi em uma matéria numa
destas revistas de culinária que o consumo de sopas e caldos quentes aumenta
cerca de trezentos porcento no inverno. É um número que impressiona e faz jus a
colocarmos uma bela receita de um creme que facilmente pode ser preparado
nestes dias frios. O bacana do preparo de caldos, sopas e demais derivativos é
que assim como massas e risotos, quase tudo é permitido em termos de
ingredientes, misturas e acompanhamentos. Como sou fã de vinho tinto procurei
buscar uma receita em que fosse possível harmonizar sopa com vinho, ou seja, um
creme encorpado. E esta sugere com tranqüilidade um equilíbrio com um bom Pinot
Noir, um Merlot mais jovem e até para os mais ousados, um Malbec.
Adiante segue a receita do Creme de Mandioca com Queijo
Gorgonzola:
Ingredientes:
(para 4 pessoas)
1 kg de mandioca cozida e passada com
a água do cozimento no liquidificador
1 talo de alho poro cortado em
rodelas
1 quarto de cebola média picada
1 dente de alho
1 colher de sopa de cebolinha verde
e salsa picada
2 xícaras de caldo de carne (ou um
tablete de caldo de carne)
2 colheres de manteiga
200g de queijo gorgonzola esmigalhado
com as mãos
Sal e pimenta branca à gosto
Preparo:
Em uma panela colocar a manteiga e
deixar derreter em fogo baixo. Acrescentar a cebola, o alho, o alho poro e
refogar rapidamente. Acrescentar a cebolinha e a salsa e despejar a mandioca já
cozida e processada no liquidificador. Deixar ferver mexendo constantemente.
Adicionar sal e pimenta. Aquecer os pratos de sopa com água quente, secar e
sobre cada um colocar distribuído o queijo gorgonzola. Mexer bem o creme e
despejar sobre o prato com gorgonzola. Servir bem quente acompanhado de pão.
sábado, 29 de agosto de 2015
Viña Vilano Crianza 2011
Segundo a legislação vitivinícola
espanhola, os vinhos ditos “Crianza” necessariamente devem estagiar por no
mínimo 6 meses em barricas de carvalho e ficarem pelo menos mais 18 meses
amadurecendo na vinícola antes de serem comercializados.
O Viña Vilano Crianza 2011 da região de Ribeira del Duero é elaborado
100% com uvas da casta Tempranillo. Passa 14 meses em barrica francesa e
americana para acomodar os taninos.
Possui coloração rubi com nuances violáceas. Os aromas remetem a frutas
negras com destaque para a cereja e framboesa, toque floral, caramelo,
baunilha, tostado e alguma especiaria. Em boca é macio, sedoso, confortável ao
paladar. Bem equilibrado no quesito acidez-fruta-madeira, redondo e estruturado
e com ampla persistência gustativa.
Faz ótimo casamento com queijos
curados, risoto de presunto cru, lasanha de berinjela ou mesmo de carne, cortes
de cordeiro e bovino grelhados, algumas carnes de caça.
Cravou 90 pontos na avaliação da Wine
Spectator.
Possui 14,5% de graduação
alcoólica e o ideal é que seja degustado na temperatura de 18°C
Você encontra o vinho
Viña Vilano na Wein Haus, loja especializada em vinhos, localizada na Rua João
Pessoa 895, Santa Cruz do Sul, fone (51)3711.3665 e site www.weinhaus.com.br
E lembre-se: se beber, NÃO
DIRIJA!
quarta-feira, 26 de agosto de 2015
A lasanha de salmão e os punks!
Massa, fruto
do mar, queijo e molho vermelho, uma combinação prá lá de saborosa! Os punks de
antigamente que o digam...
Pio XII era o reduto punk da Osvaldo Aranha em Porto
Alegre. Lá pelos anos 80 o movimento intitulado “onda punk” chegou com força e
acabou se instalando em alguns locais estratégicos, na capital gaúcha, próximo
a URGS, célebre universidade atenta e receptiva as distintas manifestações socioculturais.
Pois bem, era época de vestibular, eu e uma turma de amigos ambicionávamos frequentar
a universidade federal e morar na metrópole, deixando para trás a vida
interiorana, os torneios de fimose e os jogos de futebol no Estádio dos
Plátanos.
Numa destas noites de vestibular a Osvaldo foi nosso alvo. Corajosos e irresponsáveis como a pós-puberdade sugeria que fôssemos, tomamos posse das calçadas e mergulhamos no universo punk naquela noite. E o Pio XII fora o bar escolhido para esta incursão, logo lá, o QG dos tatuados e obscuros punks. Sabíamos por certo que haveria confusão, pois por mais discretos que poderíamos ser, a calça jeans Pitt, o All Star e a camiseta com motivos surf brilhavam e provocavam mais que sal em ferida naquela escuridão cercada de olhares raivosos e batidas pesadas da banda que faziam o assoalho de madeira pinotear. Como o empurra-empurra era inevitável, descemos literalmente “à bico” de coturno a escada para o térreo depois que o Fêrna, um dos amigos, pediu um gin com tônica no balcão. Ah, o Fêrna e este vício por gin com tônica... Carrego comigo ainda um piercing que arranquei de um lábio estranho na descida – portanto, você que perdeu uma parte do lábio e lê esta crônica, perdoe-me, foi legítima defesa!
Já na calçada e recompostos uma revelação: os terríveis e inescrupulosos punks nos ameaçaram com armas, mas aí está, rezávamos que não fossem tchacos ou bastões crivados de pregos sem ponta quiçá correntes entremeadas com arames farpados, mas uma simples faca de cozinha, daquelas da Mondial com serrinha gasta! Sim, os bárbaros e assintosos punks e seus cabelos laqueados tentaram nos assaltar com uma mera faca de cozinha. Não eram de nada estes punks! Vai ver ficaram interessados no tênis New Balance do Corá... Iria dedicar um prato pesado, gótico a esta malfadada história, mas acho que os punks daquela época gostavam mesmo era de pijaminha floral, pantufas e de Lasanha de Salmão!
Numa destas noites de vestibular a Osvaldo foi nosso alvo. Corajosos e irresponsáveis como a pós-puberdade sugeria que fôssemos, tomamos posse das calçadas e mergulhamos no universo punk naquela noite. E o Pio XII fora o bar escolhido para esta incursão, logo lá, o QG dos tatuados e obscuros punks. Sabíamos por certo que haveria confusão, pois por mais discretos que poderíamos ser, a calça jeans Pitt, o All Star e a camiseta com motivos surf brilhavam e provocavam mais que sal em ferida naquela escuridão cercada de olhares raivosos e batidas pesadas da banda que faziam o assoalho de madeira pinotear. Como o empurra-empurra era inevitável, descemos literalmente “à bico” de coturno a escada para o térreo depois que o Fêrna, um dos amigos, pediu um gin com tônica no balcão. Ah, o Fêrna e este vício por gin com tônica... Carrego comigo ainda um piercing que arranquei de um lábio estranho na descida – portanto, você que perdeu uma parte do lábio e lê esta crônica, perdoe-me, foi legítima defesa!
Já na calçada e recompostos uma revelação: os terríveis e inescrupulosos punks nos ameaçaram com armas, mas aí está, rezávamos que não fossem tchacos ou bastões crivados de pregos sem ponta quiçá correntes entremeadas com arames farpados, mas uma simples faca de cozinha, daquelas da Mondial com serrinha gasta! Sim, os bárbaros e assintosos punks e seus cabelos laqueados tentaram nos assaltar com uma mera faca de cozinha. Não eram de nada estes punks! Vai ver ficaram interessados no tênis New Balance do Corá... Iria dedicar um prato pesado, gótico a esta malfadada história, mas acho que os punks daquela época gostavam mesmo era de pijaminha floral, pantufas e de Lasanha de Salmão!
Ingredientes:
(para 6 pessoas)
1,2 kg de filé de salmão
800g de tomate italiano sem sementes e picados
75g de bacon
1 cenoura média picada
2 dentes de alho picadinhos
2 cebolas médias picada
Meia xícara de chá de manjericão fresco
Meia xícara de chá de salsinha fresca
1 colher de chá de açúcar
Sal à gosto
500g de massa resfriada para lasanha
350 g de queijo muzzarela
50g de queijo parmesão ralado
Cebolinha verde
Azeite de oliva extra à gosto
Pimenta preta moída na hora à gosto
Pitadas de orégano
Preparo:
Preparar o molho de tomates
tirando as sementes e picando em cubos. Em seguida picar também o bacon, a
cenoura, o alho, a cebola, a salsinha e o manjericão. Iniciar o molho fritando
o bacon em duas colheres de sopa de azeite de oliva. Em seguida juntar a cebola
e a cenoura. Depois o alho e por fim o tomate. Refogar bem em fogo médio e juntar
o manjericão, a salsinha e a pimenta do reino com o sal. Cobrir e deixar
cozinhar. Cortar o filé de salmão em 4 ou 5 partes. Aquecer uma frigideira
antiaderente com um fio de azeite de oliva e selar cada pedaço primeiro pela
parte da carne. Após selar cada pedaço pela parte da pele. Deixar esfriar e
retirar a pele da carne. Cortar em lascas. Reservar. Desligar o molho, com um
mixer processar o molho para deixá-lo uniforme. Juntar o salmão, um pouco de
água fervente, aquecer novamente e corrigir o tempero. Montar a lasanha untando
o fundo do refratário com um fio de oliva, colocar uma concha do caldo do molho
e dispor a primeira camada da massa. Colocar intercalando o molho com salmão e
a massa. Pela metade uma camada de queijo muzzarella assim como na última
camada. Mais um restinho de molho e salpicar com queijo parmesão ralado e
orégano. Levar ao forno pré-aquecido por 15 minutos a 200oC. Deixar cerca de 20
minutos até o queijo gratinar e a massa borbulhar. Servir decorando cada pedaço
com um fio de oliva e a cebolinha verde ou queijo ricota salpicado.
O pernil de suíno com tempero do Tio
Na antiguidade não existia
essa coisa de se comer com talheres de metal, cinco copos de cristal para cada
convidado sobre a mesa e aquela higiene toda no preparo dos alimentos. As
pessoas comiam com as mãos e como não havia guardanapos elas limpavam-nas nos pelos
de animais como cães, gatos e coelhos colocados no lugar onde se alimentava.
Lembrei de um tio de um conhecido, meio eremita, solitário e distante, que
almoçava rodeado de sua única companhia, uma matilha de 12 cachorros! Se fosse
naquela época iriam espalhar que o homem era um glutão insaciável...
Teve uma oportunidade em que
fui almoçar na chácara deste senhor, que sabedor de minha busca pelas mais
ecléticas descobertas gastronômicas, convidou-me a saborear um banquete de
comida feita no fogão à lenha, lá pelos interiores de Encruzilhada do Sul onde
reside. Pois embretei-me por aqueles pagos na companhia deste conhecido. Depois
de andarmos um bom tempo chegamos defronte a uma porteira verde de maçanetas
enferrujadas que foi aberta pelo tio que trazia em seu colo um pequeno
porquinho macau, aquele de nariz curto e pele malhada. De imediato fez-nos
sentar à mesa, que continha em seu pé, amarrado, um outro porco, grande e
peludo, dormindo, que roncava sem parar. Impressionei-me mas me mantive
confiante tal qual a torcida gremista. E o tio, bastante habilidoso na
preparação dos pratos, serviu-nos - com o porquinho sobre o suvaco desnudo - de
pequenas batatas cozidas, um pouco de cebola caramelizada, fatias de laranja e,
cruz-credo, carne de porco assada! Mesmo meio a contragosto provei e a maciez
da carne e o gosto do tempero realmente estavam divinos.
Pedi a receita do preparo da
carne e o tio me confidenciou fazendo um cafuné com o pé descalço na barriga do
porco atado à mesa dizendo que um pouco de carinho era o segredo da maciez e do
sabor. Espantado, levantei da mesa de sobressalto e ao disparar tropecei no
porco deitado e bati com a testa na quina do fogão à lenha, esparramando a
sangüera pelo chão. Nem curativo deixei fazerem, subi no carro e corri para
casa. Vá que o tio além de carinho, gostasse de morcilha...
Pernil de suíno com tempero do Tio
Ingredientes:
(para 4 pessoas)
Uma fatia de um quilo de
pernil com osso
4 dentes de alho cortados em
metades
Pitadas de louro em pó
Pitadas de cominho em pó
Pitadas de páprica picante em
pó
Sal à gosto
Pimenta do reino moída à gosto
Duas colheres de sopa de
sementes de zimbro
Preparo:
Temperar o pernil usando todos
os temperos acima. Fazer pequenos furos com uma faca na carne e alternar com as
sementes de zimbro (facilmente encontradas em supermercados em embalagens junto
à seção temperos) e alho. Caprichar no sal, pois ao levar ao forno a tendência
é o sal escorrer. Untar um refratário com óleo de girassol, dispor o pernil,
cobrir com papel laminado e levar ao forno pré-aquecido por cerca de 40 minutos
em 220 graus. Tirar o papel laminado e deixar mais 20 minutos para dourar,
regando a cada cinco minutos com a gordura no refratário. Servir com cebolas
caramelizadas em mel, batatas cozidas e passadas na manteiga com cebolinha
verde picada e laranja cortada.
domingo, 23 de agosto de 2015
Ventisquero Kalfu Kuda Pinot Noir 2013
O Chile não cansa de desenvolver-se.
Um país daquele tamanho e com 90% de seu território composto por montanhas é um
exemplo de desenvolvimento e incansável trabalho humano, seja no vinho, seja
nas frutas, seja em várias outras áreas. Mesmo com premiadíssimas e
respeitáveis regiões produtoras de vinho, explora e traduz novas microrregiões
vitivinícolas.
Uma destas novas áreas está situada ao norte, em Limari, no deserto
do Atacama, onde encontra-se Huasco, o terroir do Kalfu, linha produzida pela gigante
vinícola Ventisquero. Kalfu é mãe de nove novos vinhos, entre os quais o Kuda Pinot Noir 2013.
Um Pinot
diferente, que não pode ser sobrenomeado com qualquer outro semelhante. É
autêntico e único. De cor rubi claro cereja, límpido e brilhante, apresenta aromas
iniciais herbáceos (cipreste e orégano) depois toque terroso, levemente mineral
e fresco, morangos e cerejas destacadas, pimenta negra e também notas florais.
Percebe-se baunilha e madeira. Sua boca é fresca, possui acidez presente e com
fruta destacada - morango - mas também herbáceo. Taninos redondos e marcantes e
retrogosto herbáceo e balsâmico. Metade deste vinho estagia durante 10 meses em
barricas de carvalho francês (10% em barricas novas, 40% em barricas de segundo
uso e 50% em barricas de terceiro e quarto uso).
Possui 13,5% de volume alcoólico
e o ideal é degusta-lo na temperatura de 15ºC.
Pode acompanhar bem carnes
vermelhas magras grelhadas, presunto parma, queijos brancos, molhos com base de
tomates, frango e peixes gordos.
Você
poderá provar este e mais 8 rótulos de variadas nacionalidades em mais uma
edição do Jantar Harmonizado da Wein Haus, loja especializada em vinhos nesta quinta-feira, 27 de agosto, no
Espaço Gourmet da loja, que servirá
salmão grelhado com molho de camarão. Confira mais detalhes e reservas pelo
fone 51.3711.3665, na Rua João Pessoa 895, em Santa Cruz do Sul e site www.weinhaus.com.br
E lembre-se: se beber, NÃO DIRIJA!
sábado, 22 de agosto de 2015
Salada de figo, rúcula e presunto crú
Nada como um final de semana para deixar a
criatividade aflorar na bancada da cozinha e transformar momentos com amigos em
um arcabouço de experimentação. Na busca de novos formatos e mix de sabores, a
indefectível composição oriunda de três ingredientes distintos, o presunto, o
figo e a rúcula, deram vazão a salada que segue abaixo, na íntegra, para compor
como sugestão um final de semana inspirador para você leitor. Acompanhe a Salada de figo, rúcula e presunto crú
Ingredientes:
(para 4 pessoas)
8 fatias de presunto (preferencialmente crú ou Di Parma)
um maço de rúcula jovem
4 figos maduros
duas colheres de sopa de vinagre balsâmico
uma colher de sopa de açúcar
gotas de limão
pitada de sal
Preparo:
O preparo é rápido e fácil. Numa frigideira misturar o
vinagre balsâmico e o açúcar e reduzir em fogo baixo até ficar espesso (cerca
de 4 a 5 minutos) mexendo sempre (pode-se utilizar ainda no lugar do açúcar,
mel e gengibre fresco ralado pode servir de componente exótico realçando o
sabor). No prato dispor as fatias de presunto e sobre ela montar um colchão com
a rúcula temperada somente com algumas gotas de limão e uma pitada de sal.
Sobre o colchão adicionar o figo partido ao meio sem separar as partes. Com a
mistura agridoce originada da redução do vinagre e açúcar, pingar para temperar
e decorar o prato.
quarta-feira, 19 de agosto de 2015
A Sopa Vichyssoise
O alho poró realça
o sabor desta sopa criada por mãos francesas mas com pés em Nova Iorque!
Esta receita foi originalmente
criada pelo francês Louis Diat, chef do restaurante do nova-iorquino hotel
Ritz-Carlton. O nome é uma homenagem a cidade natal do chef. A mistura do
alho-poró com batata torna a sopa muito saborosa, cremosa e aromática e pode
ser degustada tanto quente quanto fria. Seu preparo é fácil e rápido e exige
muito pouco do cozinheiro que se habilita a cozinha-la. Confira a seguir a
receita da Sopa Vichyssoise.
Ingredientes:
(para 4 pessoas)
4 batatas brancas grandes descascadas
2 alhos porós médios fatiados
1 cebola média picada
2 colheres de sopa de manteiga sem sal
1 litro de caldo de galinha
1 cebola média picada
2 colheres de sopa de manteiga sem sal
1 litro de caldo de galinha
Pitada de noz-moscada
Sal e pimenta-do-reino moída na hora a gosto
200ml de creme e leite
Preparo:
Sal e pimenta-do-reino moída na hora a gosto
200ml de creme e leite
Preparo:
Dicas:
*Pode-se equilibrar os sabores aumentando ou diminuindo
um de seus ingredientes. Para uma sopa menos intensa de sabores, basta usar
apenas um talo de alho poró. Usar um pouco das folhas deste vegetal traz um
toque herbáceo e mais picante ao caldo.
*Ao invés de pimenta de moer, um toque de tabasco
pode substituí-la.
*O creme de leite pode ser substituído por boas
colheradas de requeijão, isto deixará a sopa ainda mais cremosa e com um toque
fabuloso.
terça-feira, 18 de agosto de 2015
O Enroladinho de Carne Tricolor
Ótimo para ser preparado para fazer às vezes de entrada num jantar informal, os Enroladinhos de Carne Tricolor aparecem como uma deliciosa opção para os corajosos na lida de forno e fogão. Utilizando ingredientes triviais, a junção destes com a carne resultam num sugestivo sabor. Acompanhe a receita desta iguaria deliciosa!
Ingredientes:
(para 4 pessoas)
1kg de carne para bife (coxão mole, alcatra,
filé)
Folhas de rúcula
100g tomates cereja
100g queijo cheddar em fatias
Meia taça vinho branco
Pasta de alho
Sal
Pimenta do reino
Pasta de raiz forte
Preparo:
Abrir os bifes e
temperar com sal e pimenta e temperar. Em um dos lados passar delicadamente a
pasta de alho – pouquíssima quantidade – e a pasta de raiz forte. Somar uma
fatia de queijo, tomates cereja cortados pela metade e temperados com sal e
dispor a folha de rúcula. Regar com um fio de azeite de oliva e em seguida
enrolar como se fosse um rocambole, prendendo com palitos. Em uma frigideira
anti-aderente fritar os enroladinhos em fogo médio virando constantemente. Após
a “selagem”, adicionar meia taça de vinho branco e cozinhar por alguns minutos
até o vinho evaporar. Retirar do fogo, sacar fora os palitos e cortar em fatias.
Pode ser servido como petisco ou como prato principal, acompanhado de arroz
branco ou batatas.
Você encontra cortes de carne premium das raças Angus e Hereford, além
de geleias, vinhos e cervejas especiais na Best Beef Boutique, na Rua Marechal
Deodoro 05, fone 51.3902-0630, em Santa Cruz do Sul. Confira!
domingo, 16 de agosto de 2015
Tarima Monastrell Orgânico 2012
Os vinhedos da Bodegas Volver
localizam-se no sudeste da Espanha, na região de Alicante, entre as cadeias de
montanhas de Sierra de Salinas, Sierra de L’allet e Sierra de la Sima, cerca de
700m acima do nível do mar.
A vinícola possui 185 hectares somente da casta
Monastrell, cujas videiras mais jovens já tem 35 anos. A uva Monastrell é como
é conhecida na Espanha a francesa Mourvèdre.
Avaliada com 90 pontos por Robert
Parker, o Tarima Monastrell Orgânico
2012 denota a maestria do cuidado de seu manejo vinificado apenas com uvas
orgânicas e sem o uso de produtos químicos, este vinho é uma grata surpresa.
Possui coloração rubi profundo,
límpido e vibrante. Após uma espanada alcoólica, apresenta aromas de frutas
negras e vermelhas (ameixas, mirtilo, groselha, cereja negra e framboesa) e especiarias
(pimenta Jamaica, cravo e noz-moscada) além de algumas notas minerais. Boca com
fruta negra, quente e fresco, corpo médio e taninos doces. Persistência media e
agradável retrogosto com alcaçuz na lembrança.
Possui 14,5% de graduação
alcoólica e o ideal é ser degustado na temperatura de 16°C
Harmoniza com carnes vermelhas
assadas, carnes de porco com molhos agridoces, carnes de caça na panela, risoto
de cogumelos, massas com molho vermelho e de carne, queijos médios e legumes
grelhados.
Você encontra o vinho Tarima na
Wein Haus, loja especializada em vinhos, localizada na Rua João Pessoa 895, em
Santa Cruz do Sul, fone (51) 3711.3665 e site www.weinhaus.com.br.
E lembre-se: se beber, NÃO
DIRIJA!
sexta-feira, 14 de agosto de 2015
23ª Avaliação Nacional de Vinhos – Safra 2015 inicia as degustações da Seleção
120 enólogos participarão do
processo que avaliará 312 amostras inscritas na 23ª Avaliação Nacional de
Vinhos
A 23ª Avaliação Nacional de
Vinhos – Safra 2015 chega a um de seus
momentos mais emblemáticos após a inscrição e coleta das 312 amostras
provenientes das cinco regiões produtoras do país. O Laboratório de Análise Sensorial
da Embrapa Uva e Vinho será palco entre os dias 18 e 27 de agosto das
degustações que irão selecionar os 30% representativos da safra. O resultado
será apresentado para um público de cerca de 850 apreciadores no dia 26 de
setembro, no Parque de Eventos de Bento Gonçalves.
Divididos em oito grupos, os
120 enólogos degustarão amostras às cegas seguindo critérios internacionais. A
degustação de seleção, além de ser uma vivência sensorial, é um momento de
troca de experiências e integração dos profissionais, que compartilham suas
impressões e agregam conhecimento. Cada grupo terá dois dias para realizar as
degustações. Nos dias 18 e 19 de
agosto, os grupos A e B serão os responsáveis. Nos dias 20 e 21, será a vez dos
grupos C e D. Enólogos pertencentes aos grupos E e F degustarão as amostras nos
dias 24 e 25. Por fim, em 26 e 27 de agosto, os grupos G e H finalizam as
degustações.
A degustação às cegas ocorre
depois de minucioso trabalho de coleta das amostras, quando profissionais da
Embrapa Uva e Vinho e diretores da Associação Brasileira de Enologia (ABE)
percorreram o país, recolhendo os vinhos diretamente dos tanques, barricas ou
já em garrafas.
Os vinhos classificados entre
os mais representativos da Safra 2015 serão conhecidos no dia 26 de setembro.
As inscrições para o público participar do evento abrem dia 03 de setembro pelo
site www.enologia.org.br, a partir das 8h 30min.
A Avaliação Nacional de Vinhos
é uma promoção da ABE com a coordenação técnica da Embrapa Uva e Vinho.
PROGRAMAÇÃO:
Grupos A e B
18 e 19 de Agosto
Grupos C e D
20 e 21 de Agosto
Grupos E e F
24 e 25 de Agosto
Grupos G e H
26 e 27 de Agosto
GRUPO A
Alberto Miele - Embrapa Uva e
Vinho
André Donatti – Vinícola
Campestre
Daiane Badalotti – Vinícola
Salton
Fabiano Demoliner –
Cooperativa Vinícola São João
Fábio Góes – Vinícola Góes
Gilson Berselli – Courmayeur
do Brasil
João Valduga – Casa Valduga
Vinhos Finos
José Venturini - Casa
Venturini Vinhos e Espumantes
Jurandir Nosini - Cooperativa
Vinícola Aurora
Larissa Dias Ávila – IFRS-BG
Nelson Rotta Randon –
Laboratório Randon
Neuri Bruschi – Vêneto
Mercantil
Paula Schenatto – Aracuri
Vinhos Finos
Plínio Manosso – Secretaria da
Agricultura
Sandra Valduga Dutra –
Laboratório de Referência Enológica
GRUPO B
Alejandro Cardozo – Cia
Piagentini
André Peres Jr. – Cooperativa
Vinícola Aurora
Bruno Cisilotto – IFRS-BG
Christian Bernardi – Natural
Products
Edvaldo Gallon – Vinícola
Monte Lemos
Gilberto Carnieli –
Laboratório ode Referência Enológica
Irineo Dall'Agnol – Embrapa
Uva e Vinho
Ismar Pasini – Cooperativa
Vinícola São João
Jorge Cattani – Cooperativa
Vinícola Garibaldi
Leandro Santini – Vinícola
Perini
Leonardo Feyh – Amazon Group
Maiquel Vignatti – Cooperativa
Vinicola Garibaldi
Marina Santos – Vinha Unna
Regina Vanderlinde –
UCA/Ibravin
Thomas Bolzan – Sociedade de
Bebidas Panizzon
quinta-feira, 13 de agosto de 2015
A Galinha ao Molho Pardo
A Galinha ao Molho Pardo tem sua
origem na culinária portuguesa e foi trazida para o Brasil pelos colonizadores
no século 16. Também é conhecida no Nordeste como Galinha de Cabidela (pois em
Portugal são usados miúdos e extremidades chamadas de “cabos”, por isso o
“cabidela”) e é feita a partir de uma galinha carneada na hora de onde se
aproveita o sangue misturado a um pouco de vinagre para que não coagule – daí a
base do molho pardo. Entre uma torcida de nariz e outra dos comensais pelo
exotismo do preparo, o sabor é irrepreensível e digno de um banquete.
Ingredientes:
(para 4 pessoas)
1 galinha com o sangue misturado
a uma colher sopa de vinagre
2 tomates picados
1 pimentão picado
3 colheres de sopa de extrato de
tomate
1 cebola grande em rodelas
1 tablete de caldo de galinha
1 folha de louro, sal, salsinha
2 gemas de ovos
4 dentes de alho socados com sal
a gosto
Pimenta do reino moída à gosto
1 colher de sopa de amido de milho
1 colher de sopa de farinha de
mandioca
2 colheres de sopa de óleo para
refogar
Preparo:
Guardar o sangue da galinha com o
vinagre (assim o sangue não talha) e temperar a ave limpa e lavada e já partida
pelas juntas com tomates, pimentão, extrato de tomate, folha de louro, cebola e
alho socado com sal e a pimenta. Deixar pegar gosto por cerca de duas horas.
Refogar no óleo dourando os pedaços em todos os lados. Juntar os temperos
reservados, a água e o extrato de tomate. Tampar a panela e cozinhar no fogo
baixo até a galinha ficar macia. Se necessário, adicionar mais água
quente. Quando a galinha estiver macia,
separar o caldo para fazer a cabidela (molho pardo). Em outra panela, misturar
um pouco do caldo de galinha com um pouco do sangue, colocar o tablete de
galinha e duas gemas de ovos desmanchadas com um pouco de amido de milho e farinha de
mandioca. Acrescentar, aos poucos, mais caldo e mais sangue até dar o ponto
cuidando para nunca ferver. Junte, então, os pedaços de galinha. Misturar bem
com cuidado para não talhar e nem embolar. Aquecer um pouco e na hora de
servir, adicionar a salsinha. Servir com arroz.
quarta-feira, 12 de agosto de 2015
O catchup caseiro!
Este
delicioso molho pode ser facilmente feito em casa, bastando apenas um pouco de
atenção aos detalhes
O catchup tem sua origem na
China milenar. Algo parecido ao condimento mas sem ao menos levar tomate como
ingrediente era consumido no sul da China cerca de 300 a.C. preparado à base de
peixe fermentado com as vísceras e carne do mesmo que em chinês era chamado
“ke-tsiap”. Lá por 1.500 o tomate chegou a Europa pelas mãos dos mercantilistas
trazidos da América do Sul. A mudança do molho de peixe para o preparado com
tomate foi efetivamente desenvolvido em 1812, pelo cientista americano James
Mease. Mas inevitavelmente a mundialização deste ingrediente ocorreu quando
Henry J. Heinz lançou o “Tomato Ketchup”, o feito em escala industrial,
embalado em garrafas de vidro. O catchup deve reunir algumas características
que unidas resultem num molho de excelência: deve ser salgado, doce, picante,
condimentado e ácido ao mesmo tempo. Acompanhe a receita do Catchup Caseiro!
Ingredientes:
1 kg de tomate cereja maduro
2 cebolas roxas picadas
1 colher chá de gengibre
picadinho
2 latas de tomate pelado
1 maço de manjericão fresco
2 dentes de alho picadinho
2 colheres de sopa de azeite
1 colher de chá de coentro em
pó
1 colher de chá de semente de
erva-doce
1 pitada de cravo-da-índia em
pó
3 colheres de chá de sal
Pimenta-do-reino moída na hora
à gosto
Meia xícara chá de vinagre de
vinho branco
Meia xícara de chá de açúcar
mascavo
Preparo:
Leve os tomate cereja ao forno
pré-aquecido a 200oC por 10 minutos. Reserve. Em um recipiente
apropriado soque as sementes de erva doce, as sementes de coentro e os cravos
da índia. Reserve. Refogue a cebola no azeite até murcharem e adicione o
gengibre, o alho, a pimenta e misture bem. Tempere com sal e junte o tomate
cereja saído do forno. Corte o maço de manjericão pela metade, separe as folhas
e pique os talos. Junte os tomates pelados, o vinagre de vinho tinto e o açúcar
mascavo e cozinhe por cerca de 40 minutos. Junte os temperos socados e mexa. Desligue
o fogo, junte as folhas de manjericão, misture e leve tudo ao liquidificador. Peneire,
deixe esfriar e condicione em potes esterilizados podendo guardar na geladeira
por até 1 mês.
segunda-feira, 10 de agosto de 2015
Clos Floridene Grand Vin de Graves 2012
O tinto francês da região de
Bordeaux – AOC Graves, Clos Floridene
Grand Vin de Graves 2012 é um
corte de Cabernet Sauvignon (70%) e Merlot (30%) carregando o vinho em
estrutura e aromas.
Possui coloração rubi muito escura, quase negra, entregando
a taça lágrimas médias e lentas. Logo no primeiro ataque os aromas disparam
frutas negras, groselha, cassis, ameixas, morango, alcaçuz e um leve toque
defumado, tostado. Em boca mostra-se um vinho tranquilo, desce sedoso mas nem
por isso passa desapercebida a sua potência e estrutura. Seus taninos são
redondos e frescos.
Acompanha bem principalmente
pratos com carnes de caça, carnes vermelhas na panela, na brasa ou no forno,
alguns queijos maturados e uma imensidão de massas com molhos estruturados.
Possui 13% de graduação alcoólica
e o ideal é ser degustado na temperatura entre 16 e 18ºC.
Você encontra o vinho Clos
Floridene na Wein Haus, loja especializada em vinhos, localizada na Rua João
Pessoa 895, em Santa Cruz do Sul, fone (51) 3711.3665 e site www.weinhaus.com.br
E lembre-se: se beber, NÃO DIRIJA!