quarta-feira, 29 de abril de 2015

Todos os detalhes da Expovinis Brasil 2015


 Por mais que saibamos sobre vinhos, ainda assim sabemos muito pouco!

Esta é a frase que resume a grandiosidade da Expovinis Brasil 2015, ocorrida em São Paulo na semana passada, cidade que foi palco mais uma vez da maior feira de vinhos da América Latina – em sua 19ª. edição – e reuniu nos pavilhões do Expo Center Norte um leque de 500 expositores – em sua maioria produtores de vinho – de todas as principais regiões vinícolas do mundo que trouxeram mais de 5.000 rótulos para avaliação e degustação.  

Um público de milhares de pessoas formado por profissionais do setor, importadores, imprensa, enófilos, compradores de grandes varejistas e amantes do vinho puderam interagir com o que há de melhor em representatividade de vinhos e lançar olhos sobre as novidades e tendências do setor nos 3 dias de exposição. 

Como funcionou?


Na entrada do evento o público adquiria uma taça e com ela percorria as dezenas de estandes que abrigaram as centenas de produtores – cada qual com cerca de 10 rótulos na mostra – e degustavam o que tinham interesse, além de poder conversar pessoalmente com os vinhateiros da maioria das regiões produtoras do planeta. Paralelo ao evento ocorreram palestras, degustações premium, bate-papos sobre tendências e comercialização.  Muitas foram as novidades apresentadas, algumas das quais podem ser acompanhadas a seguir.

O vinho em minigarrafas:


Chamou atenção o pequeno estande no espaço de Portugal pela intensa movimentação. Lá estava Ricardo Aleixo, produtor português da vinícola Real Cave do Cedro, da cidade de Aveiro, divulgando seus vinhos comercializados em pequenas garrafas de 255ml, destinada ao consumo rápido e com um perfil mais jovem. A vinícola fundada pelo seu avô e pai guinou a direção quando ele assumiu e propôs a ideia que aqui no Brasil usualmente se vê em espumantes vendidos em pequenas garrafas e muito consumidos em baladas e bares descolados. Segundo Ricardo, hoje a produção representa o maior percentual do total engarrafado pela vinícola, número a dar inveja a 98% das vinícolas brasileiras. Na Europa é comercializado a 1 euro e a participação na Expovinis teve o intuito de buscar importador para o produto. São quatro short wine engarrafados: um branco e três tintos, entre os quais um Syrah com 14,5% de graduação alcoólica e um dos tintos para ser degustado gelado.  



Os Vignerons:


A região produtora de Champagne na França é largamente conhecida por ser berço do espumante homônimo mais espetacular do mundo. “Os” Champagnes que mais conhecemos no Brasil são aqueles engarrafados pelas marcas das “Maisons” (“Casas”), que apesar de terem fama internacional, representam menos de 2% dos produtores de Champagne. Os outros 98% são chamados de “Vignerons” (vinhateiros), ou seja, são aqueles que além de elaborar o Champagne, cultivam as próprias uvas, controlando assim o processo por inteiro, do plantio até a comercialização. 


Os Vignerons produzem um sem-número de Champagnes, que revelam expressões de cada terroir e de cada “savoir-faire” do vinhateiro, carregando a tradição vitivinícola das gerações passadas. A fim de dar notoriedade aos Champagnes produzido nos vinhedos, o Sindicato Geral dos Vignerons do Champagne criou em 2001 a marca coletiva “os Champagnes de Vignerons” que agrupa todos os viticultores e cooperativas de viticultores que comercializam o próprio Champagne. A entidade congrega mais de 5 mil Vignerons (de um total de 16 mil existentes) que são responsáveis por 90% da área cultivada da região de Champagne; 34% das vendas totais da bebida e produção de 100 milhões de garrafas.

Os vinhos laranjas:

A Importadora Decanter é uma das pioneiras na comercialização de vinhos laranjas importados da Europa para o Brasil. Tais vinhos remetem aos primeiros vinhos produzidos no mundo, lá na antiguidade, mais precisamente na região do Cáucaso onde hoje é a República da Geórgia. Possuem em geral coloração alaranjada decorrente da maceração das uvas brancas com o mosto, tal como o processo produtivo dos vinhos tintos a partir de uvas tintas. A vinificação oxidativa reforça esta pigmentação da matéria colorante e alguns produtores utilizam as peculiares ânforas da Geórgia. Tais vinhos são absolutamente sui generis, únicos, com coloração do turvo ao límpido e aromas carregados de notas florais, compotas de frutas cítricas e frutas secas e também nuances minerais. Em boca geralmente são firmes e estruturados, tal como um tinto, mas com o frescor e a mineralidade de um bom branco. A Itália é a precursora como produtora atual de vinhos laranjas.  Sua diversidade gastronômica também impactam pois acompanham muito bem desde peixes e crustáceos até carnes vermelhas.

A uva País:

Uma das castas mais antigas das américas, a uva País, trazida pelos padres jesuítas – e tão antiga quanto a uva Creole - , é um dos grandes resgates feitos por alguns viticultores chilenos. 
Tal uva vem apresentando um grande potencial para vinhos finos, tintos e espumantes. 
A País dá fruto a vinhos de coloração rubi clara, leves e saborosos, com uma profusão aromática muito boa – framboesa e cereja em destaque - e boca redonda e fácil de beber. Um dos bons vinhos País presente na Feira foi o Chilcas País 2011 com toque de pimenta preta e especiarias no nariz e ótima persistência.


Os vinhos brasileiros que chamaram atenção:

Guatambu Épico - blend tinto composto por 4 castas - Cabernet Sauvignon, Merlot, Tempranilo e Tannat – de 4 safras distintas – 2011 a 2014 -  mostrou-se de corpo médio, muito frutado, redondo e fácil de beber, por sinal diferente do que se esperava pelas potentes uvas usadas. 
Está longe de ser um daqueles cortes pesados e volumosos. A passagem por barrica deixou o vinho manso mas não tirou-lhe a vivacidade, o frescor e a elegância. 

Top da vinícola de Dom Pedrito Campeão na Categoria Tintos Corte no concurso Grande Prova de Vinhos do Brasil.

Pizzato Vertigo Brut Nature - como o próprio enólogo Flávio Pizzato atestou, o Pizzato Vertigo Brut Nature é o espumante mais interativo do Brasil, pois é o consumidor que escolhe quanto tempo o mesmo ficará e contato com as leveduras (vai ao mercado já com 33 meses em contato com as mesmas), pois neste borbulhante não ocorre o chamado “dégorgement” (congelamento do gargalo com consequente abertura e retirada das leveduras e sedimentos) o que dá origem a um espumante turvo, repleto de leveduras na taça, de coloração palha com reflexos esverdeados com aromas cítricos, avelãs, brioches e amêndoas. Em boca muito fresco, vivo e com fantástica acidez. Tal espumante foi destaque Espumante Revelação do Ano no Guia Descorchados 2015.


O melhor vinho provado:

É impossível algum visitante normal provar mais que 30 ou 40 rótulos num oceano de rótulos como os a mostra na Expovinis. Qualquer apaixonado pela bebida de Baco passaria uma semana somente degustando as opções dos produtores franceses, por exemplo. Ainda assim, fora os vinhos premiados pelos jurados do Top Ten – os melhores vinhos daqueles que foram inscritos da feira para o concurso – alguns rótulos chamavam muita atenção, um dos preferidos foi o espanhol de Rioja, o El Puntido 2011, da vinícola Viñedos de Páganos, um Tempranillo corpulento, sedoso, untuoso e maduro, com ótima fruta negra e leve picância e tostado nos aromas. Um vinhaço!

Além das taças - conversas nos bastidores:


- Flávio Pizzato estava eufórico com a presença de seu novo e exclusivo espumante Vertigo eleito espumante destaque do Guia Descorchados 2015

- A gaúcha ConceitoCom é a nova empresa de assessoria de imprensa da Vinícola Peterlongo

- Valter Pötter – capo da Guatambu Estância do Vinho – era só sorrisos com a receptividade ao seu vinho premium Épico elaborado pelas mãos dos enólogos Gabriela Pötter e  Alejandro Cardozo

- O Brasil é o mercado da vez mirado pelos pequenos e médios produtores europeus, em especial Portugal e França

- Dirceu Vianna Jr, o  único master wine brasileiro, desfilou simpatia, conhecimento e conteúdo pelos corredores da Feira

- A Don Guerino, vinícola gaúcha de Alto Feliz – lançou no espaço Vinhos do Brasil o seu Malbec Vintage, um vinho leve, aromático e muito fácil de beber

- Grandes vinícolas brasileiras não foram vistas no evento deste ano, entre as quais Miolo e Valduga

- Em 2014, o Brasil importou 1.075.187 garrafas de Champagne por um valor de 19 milhões de euros o que o coloca na 24ª. posição entre os maiores compradores do espumante.    

Guatambu recebe cinco medalhas na Grande Prova Vinhos do Brasil

Vinho Épico foi Campeão na categoria Tintos Cortes e espumantes produzidos pela vinícola receberam medalhas de ouro e prata

Isadora, Valter e Nara Pötter, capos da Guatambu

A Guatambu Estância do Vinho, de Dom Pedrito, RS, recebeu na última quarta-feira, dia 22 de abril, cinco medalhas na Grande Prova Vinhos do Brasil 2014-2015. O evento de divulgação da avaliação, promovida pelo Ibravin em parceria com o Grupo BACO, ocorreu durante o primeiro dia da ExpoVinis 2015 e também marcou o lançamento do Anuário Vinhos do Brasil 2015.

O vinho Épico, lançamento da vinícola na feira, foi o campeão na categoria Tintos Cortes. Conforme Gabriela H. Pötter, enóloga da Guatambu, nesta categoria concorreram inúmeros vinhos brasileiros emblemáticos e bastante premiados, sendo uma das disputas mais acirradas da grande prova, e por isto este prêmio tem um grande valor e responsabilidade. Expoente de mais alta gama da vinícola, o Épico foi elaborado com pequenas reservas de vinhos de quatro diferentes safras (2011, 2012, 2013, e 2014) das melhores parcelas dos vinhedos de Cabernet Sauvignon, Merlot, Tannat e Tempranillo, sendo que todos passaram por carvalho francês e americano.

O nome “Épico” representa a trajetória do projeto da vinícola, iniciado há 12 anos, além do grande período de produção desse rótulo, desenvolvido ao longo de cinco anos e coroando um novo estágio na produção da Guatambu. O rótulo já está à venda no site da vinícola e em seus pontos de venda, lojas especializadas e restaurantes, ao preço médio de R$140,00.

Os espumantes da Guatambu conquistaram quatro medalhas, duas de ouro e duas de prata. Da safra 2013, os rótulos Brut Rosé e Rastros do Pampa Brut receberam ouro. Os espumantes Extra Brut safras 2012 e 2011 alcançaram prata na categoria Espumante Extra Brut, Nature Branco.

O Anuário Vinhos do Brasil 2015, uma publicação bilíngue (português-Inglês), em formato de revista Premium, editada em parceria entre o Grupo BACO Multimídia e o Ibravin, traz um panorama completo da indústria do vinho brasileira, com um raio-X das regiões produtoras, dos vinhos, do enoturismo. A publicação é distribuída no Brasil e em mais de 100 postos e embaixadas pelo Ministério das Relações Exteriores (MRE). O anuário traz ainda entrevistas nacionais e internacionais e matérias abordando atualidades e tendências do setor.

A Grande Prova Vinhos do Brasil 2015 ganhou destaque especial na publicação. A prova reuniu cerca de 700 rótulos, de 87 produtores de sete estados, apresentados em 22 categorias, com 23 vencedores. Para o presidente do júri, o jornalista especializado em vinhos Marcelo Copello, uma medalha garante a visibilidade do rótulo no Brasil e nos demais países em que o Anuário circula. "Este resultado ainda é utilizado como referência para elaboração de portfolio de importadoras e cartas de vinho em hotéis e restaurantes, por exemplo", acrescenta.


O júri foi composto por 17 profissionais de vários estados e convidados internacionais, como o master sommelier português João Pires, radicado em Londres, além de representantes do Ibravin, do Sindicato da Indústria do Vinho, do Mosto de Uva, dos Vinagres e Bebidas Derivados da Uva e do Vinho (Sindivinho/RS), da Associação Brasileira de Sommeliers (ABS), da Fundação Getúlio Vargas (FGV), do Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac), de jornalistas especializados e de sommeliers. A degustação ocorreu entre os dias 8 e 12 de dezembro, no Rio Othon Palace Hotel, em Copacabana, no Rio de Janeiro, sendo auditada durante toda a sua realização.

domingo, 26 de abril de 2015

Expovinis Brasil 2015 - um grande evento!

São Paulo sediou a 19ª. edição da maior feira de vinhos da América Latina que reúne 500 expositores e 5.000 rótulos

Os olhares do mundo para São Paulo nesta semana saíram da famosa esquina da Ipiranga com a São João, e foram para os pavilhões do Expo Center Norte, que abrigou mais uma edição de uma das mais importantes feiras vitivinícolas do planeta e a maior da América Latina. A Expovinis Brasil - Salão Internacional do Vinho – somou mais de 500 expositores que levaram ao público formado por profissionais do setor, importadores, sommeliers, blogueiros, imprensa, enófilos, compradores de grandes varejistas, restaurantes e amantes do vinho cerca de 5 mil rótulos para degustação em seus 3 dias de exposição.  




O evento é uma referência em negócios e tendências de vinhos para a América Latina e os expositores mundiais miram o potencial de consumo brasileiro estimado em 350 milhões de litros de vinho por ano podendo no médio prazo chegar a quase 1 bilhão de litros. A busca por parceria e importadores é um dos principais objetivos dos produtores. A Wines of Argentina – entidade que representa a maioria das bodegas hermanas, esteve em todas as edições e avalizou o evento como um grande prospector de novos negócios, podendo levar o que há de melhor nos vinhos argentinos para atuais e novos consumidores. E o Brasil é um ferrenho importador de vinhos argentinos assim como chilenos que juntos são responsáveis por 70% do total de volume de vinhos que entram no país. Só o Chile contribuiu com 50% nesta conta e Argentina com 18,9%, segundo dados de 2014 da União Brasileira de Vitivinicultura (Uvibra).




Foi possível encontrar na Feira produtores de variadas regiões vinícolas, de dezenas de países, com destaque para os estandes da França, Portugal, Espanha, Itália, Chile, Argentina e Brasil que participou de forma maciça através do Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin), ocupando um dos maiores espaços do evento. 

Na sua 19ª edição atividades paralelas foram realizadas, como o projeto Dr. Wine, desenvolvido para atender quem está iniciando o próprio negócio ou ainda não tem consultoria de especialistas para montar uma carta de vinhos. A atividade possibilitou ao visitante marcar dia e horário para conversar com os consultores do evento, que deram dicas e sugestões para compor a carta de restaurantes, pizzarias e bares. 

Outra novidade em 2015 foram as Palestras Premium com verdadeiras aulas sobre o universo dos vinhos com os maiores especialistas do mercado, trazendo informações de forma descomplicada sobre os principais temas do momento. Para ministrar uma das Palestras Premium, veio de Londres o único Master of Wine brasileiro, Dirceu Vianna Junior que comandou a palestra ‘Ferramentas de vendas usadas em países europeus’. Além dos novos projetos, o ExpoVinis Brasil realizou as Degustações Premium, altamente concorridas durante o evento que trouxe ao público a oportunidade para quem quer engrandecer seu conhecimento sobre vinhos. “Com sessões experimentais e sensoriais, informam, ensinam e exemplificam, estimulando os paladares dos participantes”, explicou Ana Ishida, Ana Ishida, show manager da feira.  


Diariamente, também aconteceu o Glass Tasting Riedel: a marca de taças fez demonstrações de como uma taça pode influenciar na degustação de diferentes tipos de uvas e onde a forma (tamanho do bojo e diâmetro da borda) pode alterar significativamente o vinho, interferindo na percepção de seus aromas. O evento serviu ainda para estabelecer relacionamento e troca de informações com especialistas no setor. Enólogos, críticos, consultores, wine experts e blogueiros foram presenças constantes e recheadas de conteúdo, donde foi possível discutir tendências no cenário do vinho.


Anualmente a Expovinis elege os Top Ten, ou seja, os "dez melhores vinhos do Salão", um de cada categoria. Num total de quase 200 inscritos, o júri formado por especialistas do setor, elegeu os vinhos mais representativos, os Top Ten Expovinis 2015, eleitos por um júri formado por importantes profissionais do mundo do vinho, como o sommelier chileno Héctor Riquelme e Manoel Beato, sommelier-chefe do grupo Fasano, Celito Guerra (Embrapa-RS), Jorge Carrara (revista Prazeres da Mesa e site Basilico), José Luiz Borges Alvin (ABS-SP), José Luiz Pagliari (SENAC-SP), José Maria Santana (revista Gosto), Márcio Oliveira (Site Vinotícias), Mario Telles Junior (ABS-SP), Ricardo Farias (ABS-Rio), Roberto Gerosa (Blog do Vinho) e Tiago Locatelli (sommelier do grupo Varanda) com presidência do consultor Jorge Lucki – único membro brasileiro da tradicional Académie Internationale du Vin.
Confira abaixo a lista dos vencedores desta edição:

Espumante Nacional: Aracuri Brut Chardonnay 2013/Aracuri Vinhos Finos
Tinto Velho Mundo (II): A Sirio Rosso IGT 2007/Azienda Agricola Sangervasio
Tinto Novo Mundo: Renacer Malbec 2011/Bodega y Viñedos Renacer
Branco Importado: Casas del Toqui Terroir Selection Sauv. Blanc Gran Reserva 2014/Bodegas de Los Andes Comércio de Vinhos
Rosado: Saint Sidoine Côte de Provence Rosé 2014/Cellier Saint Sidoine
Fortificados e Doces: Alambre Moscatel de Setúbal 20 Anos José Maria da Fonseca
Tinto Velho Mundo (I): Pêra Grave Reserva Tinto 2011
Espumante Importado: Champagne Georges de la Chapelle Nostalgie/Champagne Georges de la Chapelle
Branco Nacional: Vigneto Sauvignon Blanc 2014/Vinícola Pericó
Tinto Nacional: Valmarino Cabernet Franc Ano XVIII 2012/Vinícola Valmarino














quinta-feira, 23 de abril de 2015

Dia Internacional da Sauvignon Blanc - Nova Zelândia convida a celebrá-lo


Exuberante e intensa, a Sauvignon Blanc alçou a Nova Zelândia a uma posição de destaque no mundo do vinho; neste ano, a celebração acontece nesta sexta-feira, 24 de abril

Em 1973, quando as primeiras videiras da Sauvignon Blanc foram plantadas na região de Marlborough, no extremo norte da Ilha Sul da Nova Zelândia, ninguém poderia imaginar o sucesso que suas uvas fariam algumas décadas mais tarde. Os sabores marcantes da Sauvignon Blanc neozelandesa há muito tempo deslumbram críticos de todo o mundo, o que pouco a pouco tornou a uva referência internacional quando se fala de vinho.

Para marcar a importância desta casta para o setor no país, a NZ Winegrowers celebra no dia 24 de abril de 2015 o Dia Internacional da Sauvignon Blanc. 

Uma das ações para a celebração é estimular que fotos e posts em redes sociais referentes à uva, vinho ou vinícola de Sauvignon Blanc seja marcado com as hashtags  #SauvBlancDay, #SauvBlanc e #nzwine. Hoje, a Sauvignon Blanc corresponde a 72% do total da produção de vinho no país.

Região de Marlborough


Não importa como você chega a Marlborough, por via aérea ou terrestre, uma coisa é certa:  é difícil não se deslumbrar com sua paisagem, marcada por um mar de videiras. Desde a década de 70, quando começou a ser explorada por produtores de vinho, o local converteu-se em um cartão postal da Nova Zelândia. Marlborough é a maior região vinícola em crescimento no país e berço da Sauvignon Blanc. Existem mais de cem vinícolas por ali, entre elas a famosa Cloudy Bay Vineyards, uma das exportadoras de maior sucesso, e a Allan Scott Wines and Estates, pioneira na plantação de uvas na região.



Blenheim é a maior cidade na região de Marlborough e uma ótima base para quem quer explorar seus arredores. Ali, as montanhas emolduram a área e detêm o calor do verão (temperaturas acima de 30°C são absolutamente normais em fevereiro e março). Você também encontrará uma agradável seleção de cafés, restaurantes, bares, lojas, mercados de alimentos artesanais e campos de golfe.


Toda a região desfruta de altas horas de sol e de um clima temperado e muitos dos vinhedos se alinham nos vales Wairau e Awatere, que são vastas áreas planas perfeitas para um tranquilo passeio de bicicleta.

A Rota do Vinho

Os aficionados por vinho também podem explorar outras variedades de uva da Nova Zelândia. Na Ilha Norte, por exemplo, são produzidos tintos encorpados, a exemplo do Merlot. Já a região de Auckland, maior cidade do país, destaca-se pela produção de Cabernet Sauvignon. Waikato, Bay of Plenty, Gisborne e Hawke’s produzem bons Chardonnays. Em Wairapapa e Central Otago, o foco é a uva Pinot Noir. De Nelson e Canterbury saem Chardonnay, Pinot Noir e Riesling.

Quem quiser conhecer um pouco de tudo pode circular pela Classic New Zealand Wine Trail (www.wellingtonnz.com/classic-new-zealand-wine-trail), com distância total de 380 km. A Rota do Vinho pode ser facilmente percorrida de carro e é ideal para aqueles que procuram um caminho fora do comum. A viagem passa por cinco das regiões mais interessantes do país.


Eu, Gourmet presente na Expovinis 2015


Acompanhe durante o dia pelos meios digitais www.gaz.com.br e www.eu-gourmet.com além do jornal Gazeta do Sul e rádio Gazeta FM a cobertura online da 19ª. Expovinis em São Paulo, maior feira voltada ao vinho da América Latina, que estará sendo realizada por este colunista. Fique ligado e confira todos os detalhes exclusivos deste grande evento!

 

quarta-feira, 22 de abril de 2015

Calça Suplex e Pimentões


Pode parecer estranho, mas os dois tem muito haver!



Não há mulher que não fique com formas bem definidas em uma calça suplex! As pernas deliciosamente acomodadas dentro daquele pano, quase uma plastificação do conteúdo. Uma mulher que não fique bem na calça de tal colante tecido é quase uma heresia! Iniciando logo após o tornozelo afinado, ela vai subindo costurando-se nas rijas panturrilhas que ficam ainda mais bolotudas, contornam as sinuosas e delicadas curvas do joelho e vizinhança, formam quase um vácuo torneando as coxas volumosas e revestem a preferência dos brasileiros de tal jeito que fazem com que esta preferência só aumente a cada nova pesquisa. Aff! Decididamente a calça suplex transforma uma fêmea adversa a atividades físicas numa competidora olímpica! Sempre que compro um pimentão, lembro-me da tal calça suplex. O pimentão possui um exterior liso e brilhante, uma membrana que o reveste e que convida ao toque da mão, sua textura lisa e perfeita acomoda todo o aroma e sabor contidos em seu interior, que ao ser levada ao calor abre-se em cheiros inebriantes e singulares. O pimentão revestido por aquela película seduz ao olhar e torna-se impossível não amá-lo! Repleto com aquele desejo e volúpia, acho o pimentão muito mais sexy que o afrescalhado morango, ícone da canalhice sexual. Sou muito mais pimentão & tinto que morango & espumante. O morango e suas limitações possa quem sabe fazer às vezes de uma calça de linho. Até pode ser confortável e tal, só que tal calça não veste as mulheres da mesma forma que uma suplex. Prefiro muito mais os pimentões!  A seguir a receita de Pimentão Recheado ao Mediterrâneo


Ingredientes:
(para 6 pessoas)

12 pimentões vermelhos médios
150g de pão dormido
40g de azeitonas pretas sem caroço
40g de alcaparras em conserva já escorridas
6 filetes de anchovas
Meio copo de leite
Salsinha picada
Sal e pimenta preta moída à gosto

Preparo:


Esmigalhe o pão com a mão e adicione leite para amaciá-lo. Corte em pedacinhos as azeitonas e as anchovas. Disponha todos os ingredientes na vasilha do pão com leite e misture com cuidado, o recheio deve ficar na textura média (nem muito leite, nem pouco que vire um mingau). Tempere com sal e pimenta. Abra com uma faca os pimentões pelo talo, num movimento circular em torno deste. Não jogue fora, servirão para serem reposicionados no pimentão. Tire as sementes com os dedos e deixe a cavidade do pimentão limpo.  Recheie cada pimentão com a mistura preparada, coloque-os numa assadeira untada com oliva, cubra cada pimentão com os seus tampões e asse no forno pré-aquecido a 180oC por cerca de 40 minutos.

Confira os Top Ten da Expovinis 2015

Maior feira de vinhos da América Latina acaba de anunciar os 10 melhores rótulos da 19ª edição do evento! 

O júri formado por importantes profissionais do mundo do vinho, como o sommelier chileno Héctor Riquelme e Manoel Beato, sommelier-chefe do grupo Fasano, Celito Guerra (Embrapa-RS), Jorge Carrara (revista Prazeres da Mesa e site Basilico), José Luiz Borges Alvin (ABS-SP), José Luiz Pagliari (SENAC-SP), José Maria Santana (revista Gosto), Márcio Oliveira (Site Vinotícias), Mario Telles Junior (ABS-SP), Ricardo Farias (ABS-Rio), Roberto Gerosa (Blog do Vinho) e Tiago Locatelli (sommelier do grupo Varanda) com presidência do consultor Jorge Lucki – único membro brasileiro da tradicional Académie Internationale du Vin.

Confira abaixo a lista dos vencedores do Top Ten ExpoVinis Brasil 2015:

Espumante Nacional: Aracuri Brut Chardonnay 2013/Aracuri Vinhos Finos
 

Tinto Velho Mundo (II): A Sirio Rosso IGT 2007/Azienda Agricola Sangervasio 

Tinto Novo Mundo: Renacer Malbec 2011/Bodega y Viñedos Renacer 

Branco Importado: Casas del Toqui Terroir Selection Sauv. Blanc Gran Reserva 2014/Bodegas de Los Andes Comércio de Vinhos 

Rosado: Saint Sidoine Côte de Provence Rosé 2014/Cellier Saint Sidoine 

Fortificados e Doces: Alambre Moscatel de Setúbal 20 Anos José Maria da Fonseca

Tinto Velho Mundo (I): Pêra Grave Reserva Tinto 2011

Espumante Importado: Champagne Georges de la Chapelle Nostalgie/Champagne Georges de la Chapelle 

Branco Nacional: Vigneto Sauvignon Blanc 2014/Vinícola Pericó 


Tinto Nacional: Valmarino Cabernet Franc Ano XVIII 2012/Vinícola Valmarino 


ExpoVinis Brasil 2015 | 19º Salão Internacional do Vinho
22 a 24 de abril de 2015
Expo Center Norte – Pavilhão Azul – Vila Guilherme – São Paulo
Informações, credenciamento visitantes e novidades: www.expovinis.com.br


domingo, 19 de abril de 2015

Amalaya Gran Corte 2011

A região vitivinícola de Salta na Argentina, localizada a cerca de 2 mil metros acima do nível do mar, produz vinhos muito particulares – de Malbecs violetados a Cabernet Franc mentolados – todos com uma mineralidade sui generis devido ao terroir no qual são criados. 

A Bodega Colomé produz o Amalaya Gran Corte 2011, como diz o nome, um blend com 85% Malbec, Cabernet Franc 10% e Bonarda 5%. Na boca e aos olhos é possível notar-se a influência das cepas minoritárias deste vinho, trazendo aroma e cor, além de participação na estrutura. 

Possui cor vermelho púrpura profundo com reflexos violáceos e lágrimas lentas. Aroma mineral, frutas vermelhas, cereja e framboesa realçadas, violetas, pimenta preta, alcaçuz, tostado, chocolate e toque mentolado. Boca muito fresca e com adstringência, acidez equilibrada, longa e marcante persistência, chocolate, mentol e frutas vermelhas no retrogosto. Leve picância. Corpo médio, estruturado e muito concentrado, explodindo em boca. Com certeza mais 3 anos de garrafa no mínimo lhe farão muito bem! Descansa 12 meses em barricas de carvalho francês e americano, novas e de 2° uso.

Possui 14,5% de graduação alcoólica e o ideal é ser degustado na temperatura de 16°C.
Pode ser harmonizado com legumes salteados em oliva, churrasco, pratos um pouco mais picantes, carnes de caça na panela, linguiças, copas e salames e queijos duros.

Você encontra o vinho Amalaya na Wein Haus, loja especializada em vinhos, localizada na Rua João Pessoa 895, em Santa Cruz do Sul, fone 51.3711.3665 e site www.weinhaus.com.br


E lembre-se: se beber, NÃO DIRIJA!

quinta-feira, 16 de abril de 2015

O Dia Internacional do Malbec, comemore!

17 de Abril é conhecido como o Dia Internacional do Malbec! 


Esta emblemática uva oriunda da França e que é o cartão de visitas da Argentina vitivinícola conquistou esta especial data para ser celebrada entre os amantes dos vinhos finos que rendem-se aos encantos de aromas e palatos desta grande uva. nada melhor para saudar tal momento com um mosaico de alguns grandes Malbecs já bebidos por este colunista! Saúde e vida longa ao vinho Malbec!