Muitos devem o sabor e aroma tutti-frutti
ao morango e ou cereja, mas suas propriedades são bem mais complexas
Segundo os periódicos de
plantão o segredo do tutti-frutti pode variara de lugar para lugar, mesclando
os sabores mais populares para o paladar de cada país. No Brasil, a mistura
leva laranja, banana, abacaxi, baunilha e morango. Na fórmula americana, a
principal diferença é a cereja, fruta muito popular por lá. Na Ásia,
adiciona-se o cravo e, na Europa, a mistura tem gostinho de canela. Mas não é
uma composição fixa. Em outras épocas, o tutti-frutti brasileiro já teve maçã,
groselha, framboesa e limão. "O aroma suave da maçã acabou eliminado porque
mal era percebido em meio aos sabores intensos da banana e do abacaxi. Já a
groselha e a framboesa saíram porque eram muito caras. O limão também, mas foi
substituído pela laranja", afirma o químico Moisés Galano, gerente de
criação de uma empresa que desenvolve aromas. Qualquer que seja a combinação, o
tutti-frutti surge de uma mescla de substâncias aromáticas que dão sabor às
frutas na natureza.
Cada fruta possui cerca de 300
dessas substâncias, mas apenas as principais são utilizadas para criar cada
sabor artificial. É o suficiente para sentir a parte mais importante do gosto
da fruta. Embora possa ser criado a partir de essências naturais, o mais comum
é que o tutti-frutti seja formado por substâncias aromáticas sintéticas,
produzidas em laboratório desde o fim do século 19. Nesse processo, o primeiro
passo é isolar os principais ingredientes da substância desejada, determinar
suas estruturas orgânicas e depois reproduzi-las por meio de uma série de
reações químicas. No fim vem a parte mais criativa: uma mistureba de todas as
substâncias aromáticas até chegar no ponto ideal. "O processo é todo
automatizado. Um aparelho reúne centenas de substâncias e o resultado é
degustado em um dispositivo que exala o aroma. Os ajustes finais são feitos por
computador", diz Moisés.
Fonte: Editora Abril, Mundo
Estranho
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