Tinha tudo
para ser de um argentino, até mesmo um brasileiro tentou, mas no fim, foi um
alemão que levou!
Faz algum tempo mas ainda
recordo da namorada do Julinho! Não só eu, mas a nossa turma de amigos inteira
ainda saboreia as lembranças daquelas curvas esculturais covardemente
acomodadas nas vestes justíssimas... O Julinho fez um intercâmbio numa ocasião
na Argentina, dizendo que iria estudar, quando na verdade todos sabiam que o
que mais queria era zoar e, por lá, conheceu Lorena, uma castanha portenha de
“metroeoitenta” e esplendor cisplatino. O nosso garoto, com a ginga e o papo
lapidado por anos de investidas e corridas pro gol gamou a gringa. No início
ela estava relutante, achava que os argentinos eram os melhores do mundo, que
Maradona foi melhor que Pelé – e naquela época sequer o Papa era argentino! - e
coisa e tal, mas não demorou muito para o falatório e a gentileza pentacampeã
converter mais uma torcedora. Eis que o Julinho findou o seu curso e retornou a
cidade de mãos dadas com a namorada hermana.
Na apresentação da moça, quase convulsionamos, afinal, quem de nós nunca havia
sonhado em arrebatar um easy love com
uma argentina e devolver a derrota de inúmeros verões nas baladas catarinenses
com os hermanos nos goleando nas
conquistas amorosas? E eis que o Julinho nos vingou! Por muitos dias ele
assumiu a condição de nosso venerável ídolo e livrou-nos por instantes das
mazelas e humilhações praianas. A Lorena inundou a cidade com o seu sex appeal
jovial e seu sotaque castelhano. Julinho foi considerado persona non grata em Buenos Aires e os argentinos até cânticos
difamatórios compuseram para ele e os entoavam nos estádios. Foi o estopim para
o explodir desta história de argentino não gostar de brasileiro... Mas Julinho
ignorou que morava numa cidade de colonização alemã, carregadora dos princípios
germânicos, com descendentes de fisionomia nórdica e disciplina quase militar,
mas de uma geração informatizada, estudada, gentil e organizada. Não tardou e a
Lorena se acobertou nos braços de um alemão, que desde o primeiro instante que a
viu, se preparou, tratou de melhorar, ensaiou sorrisos e quando juntou a isso
um pouco do molejo brasileiro, não teve para ninguém, conquistou a desejada e o
mundo em pleno Brasil! Os argentinos choraram, nós não acreditamos... Lorena se
foi, mãos dadas com o deutsch, ficando
somente a saudade, levou consigo lágrimas e suspiros e deixou um aprendizado ao
Julinho e a todos nós: não basta ter o melhor gingado, não basta ser o mais
valente, o que vale mesmo é a base e a preparação para conquistar! Ah, ia
esquecendo, a Lorena adorava o Entrecote
com Legumes Salteados, cuja receita segue abaixo.
Ingredientes:
(para
4 pessoas)
4 bifes de entrecote com cerca
de 250g cada e 3cm de espessura
1 berinjela pequena cortada em
fatias
1 cenoura cortada em fatias
1 abobrinha cortada em fatias
1 pimentão vermelho cortado em
pedaços
3 colheres de sopa de uva
passa escura
1 colher de sopa de manteiga
Pitadas de orégano
Azeite de oliva
Sal e pimenta do reino à gosto
Chimichurri para complementar
Preparo:
Aqueça uma frigideira com uma
boa regada de azeite de oliva. Assim que aquecer, vá adicionando os legumes
pela seguinte ordem: pimentão, cenoura, berinjela e abobrinha. Tempere com sal
e pimenta e vá virando cada fatia para dourar. Some mais azeite de oliva, junte
o orégano e as passas. Reserve. Em outra frigideira em fogo alto aqueça a
manteiga com um fio de azeite de oliva e prepare os bifes de entrecote, um a
um, deixando cerca de 3 minutos cada lado, assim ficará no ponto. Para passar
um pouco mais, vire mais duas vezes por cerca de 1 minuto cada lado. Sirva o
entrecote com boas colheradas de chimichurri acompanhado dos legumes salteados.
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