Segue coluna "Sabor Particular" da revista Showroom de fevereiro.
Alquimias gastronômicas, receitas, dicas, crônicas, curiosidades, comentários sobre vinhos, restaurantes e viagens você, irriquieto internauta, encontrará neste delicioso e democrático blog!
sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014
quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014
A Moqueca de Frango
O cozimento em panela de barro dá o charme a esta variação de uma das
mais emblemáticas receitas baianas
Há algumas décadas atrás uma informação gastronômica
deveras adormecida no entremeio das gavetas de um arquivo europeu foi revelada,
uma carta do Padre Luís de Grã, datada de 1554 que é provavelmente o primeiro
documento a se referir ao “moquém”, ou carne cozida envolta em folhas. Conta o Padre
que os índios brasileiros se valiam dessa forma de preparar a carne, desconfiava
ele, às vezes humana. Moquear significava envolver a caça ou o guerreiro vencido em folha e
cozinhar no moquém, uma grelha de varas sobre o fogo. Acabou virando moqueca. A
maneira branda de assar é que pode ser considerada uma influência duradoura do
período indígena. Com esta base histórica posta à mesa, envolvemos a
tradicional moqueca – um dos pratos mais tradicionais da Bahia e do Espírito
Santo – num preparo que substitui o peixe pelo frango. A seguir a receita da Moqueca de Frango. A diferença da
moqueca baiana para a capixaba é que aquela usa coentro fresco, leite de côco, azeite
de dendê e pimenta de cheiro a mais do que a capixaba.
Ingredientes:
(para
4 pessoas)
1kg de coxas e sobrecoxas de frango desossadas e sem
pele
4 tomates sem casca
1 pimentão vermelho pequeno
1 pimentão verde pequeno
1 pimentão amarelo pequeno
1 cebola branca grande
2 dentes de alho
2 limões galegos
300 ml leite de côco
Sal, pimenta de cheiro, salsa e coentro fresco a
gosto
Salsa
Azeite Oliva
Azeite de dendê
Preparo:
Cortar o frango em pedaços de cerca de 3cm e colocar
numa tigela acrescentando o suco de um limão, assim como sal, salsa picada,
pimenta e alho picado. Cobrir com filme plástico e deixar descansar por cerca
de 1 hora. Picar um terço dos tomates, pimentões, cebolas, alhos, e colocar
estes legumes numa vasilha. Com um pilão esmagar bem para ficarem bem
misturados. Acrescentar o suco do outro limão e o sal. Refogar em uma mistura
de azeite de dendê e azeite de oliva. Estes ingredientes darão o sabor à
moqueca. O restante destes cortar em pedaços maiores e refogar igualmente mas
em separado e só no azeite de oliva. Temperar e reservar. Estes darão a textura
à moqueca. Para montar a moqueca, utilizar umapanela de barro aquecida durante
uns 20 minutos e regada com um fio de azeite de oliva. Após, acrescentar metade
dos temperos e legumes que foram socados com o pilão e refogados. Montar
camadas com os demais ingredientes maiores e finalizar com os menores novamente
que foram pilados. Deixar cozinhar por cerca de 15 minutos. Juntar o frango e
acrescentar então a pimenta esmagada em um pouco de água fervente, o coentro
picado e o leite de côco. Em seguida adicionar cerca de 3 colheres de sopa de
azeite de oliva. Deixar cozinhar em fogo baixo por mais 10 minutos. Quando
estiver quase pronto, acrescentar uma colher de sopa de azeite de dendê. Servir
acompanhado de pão, ou arroz branco e pirão.
quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014
A panela de barro
A produção artesanal de panela de barro é uma das maiores expressões da cultura popular de
Vitória e do Espírito Santo. A técnica na produção, assim como a estrutura
social das artesãs, pouco mudou em mais de 400 anos, desde quando era produzida
nas tribos indígenas. Para fazer as panelas, as artesãs retiram a argila do
Vale do Mulembá, na Ilha de Vitória. Do manguezal que margeia a região de
Goiabeiras é extraída a casca da Rhysophora
mangle, popularmente chamada de mangue vermelho. Essa casca permite extrair
a tintura impermeabilizante de tanino, com a qual são pintadas de negro as
panelas, quando quentes. A arte de confeccionar as panelas de barro foi herdada
das culturas tupi-guarani e transmitida por várias gerações. Desde 2002 o
ofício de fazer panelas de barro é reconhecido nacionalmente como um Bem
Cultural de Natureza Imaterial e titulado como Patrimônio Cultural Brasileiro.
A aplicação do tanino nas panelas é feita da
seguinte forma: com uma vassorinha embebida em tanino, bate-se, vigorosamente,
na peça ainda quente, imediatamente após sua retirada do fogo. Esse processo de
impregnação é conhecido como "açoite". Como resultado, o tanino
penetra nos poros da cerâmica, cobrindo fissuras e tornando-a impermeável,
servindo também para impedir a proliferação de fungos, que, com o correr do
tempo, esfarelam o barro.
Com a coloração escura da panela é possível
obter uma melhor concentração do calor, facilitando, dessa forma, o cozimento e
a conservação dos alimentos. As panelas, depois de modeladas, ficam em lugar
ventilado e protegido do sol até secarem completamente. Só depois é efetuada a
queima, não em forno, mas em fogueiras a céu aberto - método bastante primitivo
adotado por tribos indígenas.
A queima também é feita dentro de um
procedimento ecologicamente correto, já que não há desmatamento de árvores da
região. Para fazer o fogo são utilizados restos de madeiras, principalmente da
construção civil. Apesar desse tipo de madeira nem sempre possuir o melhor
poder calorífico, o resultado final é satisfatório desde que o calor produzido
seja intenso, uniforme e dure o tempo necessário.
Fabricação
Mesmo em tempos de refinados designers e alta
tecnologia, a panela ainda é fabricada do modo tradicional. A massa da mistura
de argila, terra e água é moldada numa máquina e é manualmente que os ajustes
de rebarba e sobras são feitos, dando aquele toque especial nos contornos. O
torno ainda precisa de um artesão habilidoso para a massa não virar só um
amontoado de barro e virar uma panela ou utensílio de cozinha. Em média, alguém
com bastante experiência na moldagem leva menos de 5 minutos para dar forma a
uma tradicional panela de barro. Depois de moldadas elas vão para o forno de
lenha e ficam por volta de 40 horas já ganhando aquele brilho natural. Após
esfriar ainda ganham um banho de esmalte. Depois ainda passam por um processo
de um túnel de calor por 18 horas para definitivamente evitar rachaduras e dar
mais durabilidade, para a peça ser resistente nas chamas por longos anos.
São as melhores para a saúde
Quando os mais velhos dizem que as panelas de
ferro e barro são as melhores para a saúde, não é exagero. As panelas mais
modernas feitas com revestimento antidaderente e alumínio vão com o tempo de
uso transferindo esse material para a comida, causando problemas no sistema
nervoso ou até provocando cefaléia e anemia. As panelas de barro com menos de
20 anos já entram nesse processo de banho de esmalte e são mais seguras e não
contém chumbo, o que as mais antigas feitas sem o tratamento químico geralmente
tinham.
É aconselhável ao comprador das panelas de
barro fazer uma outra queima antes de utilizá-las na cozinha. Para isso,
deve-se colocar dentro da panela 2 colheres de óleo de cozinha, de preferência
óleo de oliva, levando-a em contato com o fogo. O óleo queimará e, quando a fumaça
começar a ficar preta, o fogo deve ser apagado. Tudo isso para que os materiais
usados na confecção das panelas não interfiram no sabor da comida.
Todas as comidas de fazenda, geralmente
cozidas nos fogões a lenha como o arroz, feijão e carnes eram feitas com a
panela de barro. Ela é mais indicada também para comidas que têm bastante molho
ou líquidos como as feijoadas. Demora mais tempo para o preparo, mas todos
concordam no final que o sabor compensa a espera. A galinhada feita no Paraná e
o vatapá dos baianos geralmente são melhores quando feitos em fogo de lenha e
panela de barro.
Fonte:
Secretaria de Turismo Prefeitura Municipal de Vitória
terça-feira, 25 de fevereiro de 2014
Os melhores vinhos argentinos 2014: 8a. Edição do Argentina Wine Awards
Mais de 650 amostras foram
avaliadas pelo seleto júri internacional
Na última sexta-feira, 21 de
fevereiro, no coquetel oportunizado na Bodega Escorihuela Gascón, foram
anunciados os vencedores do Argentina Wine Awards 2014, certame
organizado pela Wines of Argentina. Após a criteriosa degustação
realizada por 12 juízes internacionais e 6 nacionais que degustaram mais de 650
amostras, foram anunciados os Trophies das 20 categorias, divididas cada uma em
5 faixas de preços.
Na oitava edição dos prêmios
Argentina Wine Awards participaram 150 vinícolas com 650 amostras de vinho e
foram entregues 4 Trophies Regionais, 12 Trophies, 58 medalhas de ouro, 256
medalhas de prata e 276 de bronze.
Lista de ganhadores de
Trophies – AWA 2014:
SPARKLING –
méthode traditionelle
TROPHY Categoria: sparkling
mt >13.00 <19.99 Zuccardi Blanc de Blancs 2007- Familia
Zuccardi
TORRONTÉS
TROPHY Categoria:
torrontés >13.00 <19.99 Colomé Torrontés 2013- Bodega Colomé
CABERNET
FRANC
TROPHY Categoria: cabernet
franc >20.00 <29.99 Numina Cabernet Franc 2011- Bodegas
Salentein SA
TROPHY Categoria: cabernet franc >50.00 Andeluna Pasionado Cabernet
Franc 2010- Andeluna Cellars Srl
CABERNET
SAUVIGNON
TROPHY Categoria: cabernet
sauvignon >30.00 <49.99 Bramare Luján de Cuyo Cabernet Sauvignon
2011- Viña Cobos SA
MALBEC
TROPHY Categoria:
malbec >13.00 <19.99 Es Vino Reserve Malbec 2012- Es Vino
Wines
TROPHY Categoria:
malbec >20.00 >29.99 Alta Vista Terroir Selection Malbec
2011- La Casa del Rey SA- Alta Vista
TROPHY Categoria:
malbec >30.00 <49.99 Vineyard Selection Malbec
2012- Riccitelli Wines
TROPHY Categoria:
malbec >50.00 Republica del Malbec – Blend de Terroirs
2012- Riccitelli Wines
RED BLENDS
TROPHY Categoria: red
blend >13.00 <19.99 Paz Blend 2012- Finca Las Moras
TROPHY Categoria: red blend >30.00 <49.99 Field Blend 2011- Zorzal Wines
TROPHY Categoria: red blend >50.00 Decero Amano, Remolinos Vineyard
2011- Finca Decero
Incorporou-se pela primeira
vez um Trophy especial para cada uma das principais regiões da Argentina -
Norte, Mendoza, San Juan e Patagônia. Estes Troféus Regionais surgiram a partir
das pontuações mais altas do primeiro ciclo de degustação.
Os grandes vencedores desta
nova categoria foram:
VALES DE
MENDOZA
Lindaflor Malbec
2009, Monteviejo
VALES DO
NORTE
Serie Fincas
Notables Malbec 2011, Bodega El Esteco
VALES DE SAN
JUAN
Paz Blend
2012, Finca Las Moras
VALES
PATAGÔNICOS
Fin Single
Vineyard Cabernet Franc 2010, Bodega del Fin Del Mundo
O Argentina Wine Awards:
De 16 a 21 de fevereiro de 2014 realizou-se
em Mendoza a oitava edição do Argentina Wine Awards. Este ano a prioridade foi
trabalhar com personalidades de experiência e trajetória no mundo do vinho de
cada mercado com o objetivo de reforçar o posicionamento da Argentina e para
que a qualidade dos nossos vinhos e a diversidade de estilos e terroirs que o
nosso país possui seja conhecida através destes grandes experts. Desta maneira
a Wines of Argentina continua colaborando para que a imagem do vinho argentino
continue crescendo no cenário mundial.
Wines of Argentina é a entidade responsável pela
marca VINO ARGENTINO no mundo. Desde 1993, a organização promove a imagem dos
vinhos locais no exterior, além de ajudar a orientar a estratégia exportadora
da Argentina, estudando e analisando as mudanças que acontecem nos mercados de
consumo. Seu objetivo é colaborar com a consolidação da Argentina entre os
principais países exportadores de vinho do mundo e contribuir ao sucesso global
da indústria vitivinícola, procurando elevar a percepção positiva no trade, nos
líderes de opinião e nos consumidores.
A Corporação Vitivinícola Argentina:
A Corporação Vitivinícola
Argentina gere e articula as ações necessárias para cumprir com os objetivos do
Plano Estratégico Argentina Vitivinícola 2020, assumindo o desafio de
transformar o setor vitivinícola e potenciar, com visão estratégica, suas
fortalezas e oportunidades no mercado global do vinho, do suco concentrado de uva,
das uvas passas e uvas de mesa. O Plano Estratégico foi projetado para criar
valor mediante a organização e integração dos atores da cadeia e com vistas à
produção de vinhos de maior qualidade e consistência em todos os segmentos e
produtos.
Fonte:
Wines of Argentina
segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014
Crios Torrontés 2011
A uva Torrontés pode ser
entendida como a mais emblemática uva branca argentina! Nascida de um manejo
genético de duas variedades incorporadas durante o longo período colonial
principalmente pelas mãos dos jesuítas, a uva preta e a moscatel de Alejandria,
este varietal que é produzido somente na Argentina, tomou personalidade e corpo
e hoje está distribuída em três variantes - mendocina, sanjuanina e riojana –
esta última a mais importante.
O Valle de Cafayate, em Salta, no extremo norte
do país, possui um microclima ideal para os melhores representantes desta
casta: vinhedos 3.000 m acima do nível do mar, pouca chuva e temperaturas
baixas. A Torrontés é a única uva criolla originada na América.
O Crios Torrontés 2011 é o vinho da linha
de entrada da vinícola Dominio Del Plata, sob o comando da enóloga Susana
Balbo, uma das mais respeitadas da Argentina. É um varietal 100% Torrontés sem estágio
em carvalho.
Possui coloração amarelo palha brilhante com reflexos
esverdeados e matizes dourados. Apresenta aromas doces e intensos bem
característicos da Torrontés, muita fruta branca, maça verde, abacaxi, lima, pêssego,
melão, maracujá e jasmim destacado. Também mel e flor de laranjeira. É muito
fresco e sua mineralidade se expressa já ao olfato.
Boca fresca e mineral. Notas florais, frutas
tropicais cítricas – lima - acidez leve mas presente e com uma certa
untuosidade que preenche o palato. Quando a sua temperatura sobre um pouco na
taça traz um adocicado exótico que lembra coentro.
É um vinho fácil de beber e harmoniza bem com
saladas de folhas verdes, peixes brancos grelhados, canapés variados, queijos
suaves, frutos do mar e mesmo sushis. Pode se dar bem – dependendo da carga de
temperos - com os pratos aromáticos indianos, chineses e tailandeses.
Possui 13,8% de graduação alcoólica e o ideal
é degusta-lo na temperatura de 7 °C.
Você encontra os vinhos da casta Torrontés na
Wein Haus, loja especializada em vinhos, localizada na Rua João Pessoa 895, em
Santa Cruz do Sul, fone 51.3711.3665 e site www.weinhaus.com.br
Fonte: WofA
quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014
Entrecote Chapado com Molho de Cogumelos e Pimentões
O entrecote é um dos cortes nobres mais versáteis que existem
e faz uma ótima companhia a cogumelos e pimentões
Um bom corte de carne se dá
bem em qualquer tipo de preparo: brasa, forno ou fogão! A maciez e suculência
da peça merece apenas o respeito e a atenção do cozinheiro, que precisa ter o
cuidado necessário com o ponto da carne e também com a preparação dos
acompanhamentos ou molhos. Um destes molhos agrega ingredientes ricos em sabor,
cada qual com muita personalidade, mas que quando unidos não conflitam, pelo
contrário, formam um mix intrigante e robusto, como o que acontece na feitura
deste molho acompanhante do entrecote de hoje, pimentão assado ao forno para
tornar-se mais digestivo e adocicado e o cogumelo seco hidratado, que confere
características amadeiradas ao molho. Para acomodar estes derradeiros
componentes e quebrar a sua rusticidade, o requeijão e sua textura aveludada. A
seguir, a receita do Entrecote Chapado
com Molho de Cogumelos e Pimentões.
Ingredientes:
(para
4 pessoas)
1kg de entrecote cortado em
fatias de 2cm
150g de cogumelos desidratados
(funghi sec)
Um pimentão vermelho
Salsinha fresca picada
100g de requeijão cremoso
Uma cebola pequena fatiada
Um dente de alho finamente
picado
Farofa
Azeite de oliva extra virgem,
sal e pimenta preta à gosto
Preparo:
Hidratar os cogumelos,
deixando-os imersos em um pouco de água morna por cerca de 40 minutos. Abrir o
pimentão ao meio, tirar as sementes e colocar num assadeira levando ao forno
pré-aquecido por 15 minutos a 200oC. Após, retirar a pele do
pimentão, cortar em pedaços grandes e reservar com azeite de oliva extra virgem
e uma pitada de sal. Aquecer uma frigideira com duas colheres de sopa de óleo
de girassol ou milho, temperar as fatias de
entrecote com sal e pimenta e uma a uma selar em fogo alto, por cerca de
3 minutos cada lado. Reservar. Na mesma frigideira colocar um pouco do azeite
de oliva do pimentão e levar ao fogo novamente. Somar a cebola e o alho e
refogar. Juntar os cogumelos escorridos e refogar. Adicionar os pimentões e a
água da hidratação restante dos cogumelos. Mexer bem e temperar com sal e
pimenta. Juntar o requeijão e as fatias de entrecote. Cozinhar por cerca de 5 a
10 minutos. Somar a salsinha picada. Servir acompanhado de farofa grossa.
Você encontra cortes nobres bovinos para preparo do Barreado na Best Beef Boutique, na Rua Marechal Deodoro 05, fone 51.3902-0630 em Santa Cruz do Sul.
quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014
Setor vitivinícola pede publicação de portaria que regulamenta preço mínimo da uva
Dirigentes se reuniram com
secretário executivo do Mapa na manhã desta segunda-feira e também solicitaram a
continuidade e aperfeiçoamento das políticas de escoamento da
produção
A publicação da portaria que
regulamenta o Preço Mínimo da Uva na safra 2014 e a continuidade dos programas
de escoamento da produção foram reivindicações apresentadas por representantes
do setor vitivinícola junto ao Ministério da Agricultura, Pecuária e
Abastecimento (Mapa) na manhã desta segunda-feira (17), em Brasília. O
secretário executivo José Gerardo Fontelles recebeu os presidentes e dirigentes
de 36 Câmaras Setoriais e Temáticas que representam o agronegócio no Brasil e
que compõem Conselho Nacional do Agronegócio. Do setor vitivinícola,
participaram o diretor executivo do Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin),
Carlos R. Paviani, o coordenador da Comissão Interestadual da Uva, Olir
Schiavenin, e o diretor executivo da Federação das Cooperativas Vinícolas do
Estado do RS (Fecovinho), Helio Marchioro.
Os dirigentes reforçaram o pedido
para que o preço mínimo da uva seja oficializado imediatamente para que a
Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) publique o Manual de Operações
Comerciais (MOC). O documento fixa os preços para as diferentes variedades, com
especificações de acordo com o grau de açúcar. “Estamos em plena colheita da uva
é importante que o agricultor tenha uma segurança, com uma tabela oficial de
preços da Conab e com uma garantia de que esses preços serão praticados”,
explica Schiavenin. O secretário executivo do Mapa adiantou que ainda nesta
semana deverá ser possível uma resposta oficial por parte do
governo.
Além da publicação da portaria
que oficializa o preço mínimo a ser pago pela uva nesta safra - R$ 0,63
(sessenta e três centavos) para a variedade Isabel, com 15 graus Babo, os
dirigentes também oficializaram o pedido para que se ocorra um controle mais
rigoroso na fiscalização da produção e comercialização de sucos e vinhos.
Sobre os programas de escoamento da produção, os dirigentes sugeriram que sejam adotadas políticas e operações específicas para vinhos e sucos. Outros assuntos tratados com o secretário executivo foram a implementação do Programa de Modernização da Vitivinicultura (Modervitis) e do Cadastro Vinícola Nacional.
Sobre os programas de escoamento da produção, os dirigentes sugeriram que sejam adotadas políticas e operações específicas para vinhos e sucos. Outros assuntos tratados com o secretário executivo foram a implementação do Programa de Modernização da Vitivinicultura (Modervitis) e do Cadastro Vinícola Nacional.
Fontelles garantiu que as
demandas serão sistematizadas de acordo com cada área. Ele adiantou que os
pleitos comuns entre as câmaras temáticas serão avaliados em conjunto e, a
partir de março, novos encontros serão realizados para o acompanhamento das
solicitações.
terça-feira, 18 de fevereiro de 2014
Chuvas prejudicam vindima no Uruguai
Para aqueles que apreciam os
bons vinhos uruguaios as notícias que se tem da vindima da safra 2014 por enquanto não são
nada boas. Segundo o jornalista e sommelier Daniel Arraspide, do portal Vino y
Bebidas, o volume de precipitação nas últimas semanas deixou boa parte dos
vinhedos do Uruguai em uma situação comprometedora em matéria de qualidade e
sanidade, com maior impacto nos vinhedos elaboradores dos vinhos de mesa, mas
também com respingos naqueles dedicados a produção de vinhos finos.
As fortes e longas chuvas
causaram estragos nas plantas e frutos, ocasionaram baixo grau de açúcar nos
frutos e trouxeram o fungo Botrytis Cinerea que produz a chamada "podridão
cinzenta". Em 20 dias foram 730 milímetros de precipitação principalmente
na região de Canelones, ou seja, quase 60% dos 1.200 milímetros previstos para
o ano todo.
A forte onda de calor parada sobre o sul do Brasil que trouxe
temperaturas recordes foi a principal causa da manutenção por tantos dias da
umidade e chuva sobre o país hermano. Ainda assim, os produtores garantem que
não faltaram bons vinhos uruguaios para beber, pois ainda há um certo tempo para recuperação de parte das videiras.
Que assim seja!
Confira as informações na íntegra acessando:
http://www.vinoybebidas.com
segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014
Núbio Cabernet Sauvignon Rosé 2011
Tenho experimentado alguns
bons vinhos ditos “de altitude”, ou seja, produzidos principalmente em São
Joaquim, na Serra Catarinense, a cerca de 1300 metros acima do nível do mar. Os
brancos e rosés possuem destaque, um deles, o Núbio Cabernet Sauvignon Rosé 2011, da Vinícola Cooperativa Sanjo é
o comentado de hoje.
Vinho de coloração cobre/ocre
com nuances rosadas, muito límpido e brilhante. Possui aromas de frutas
silvestres, marmelo, morango, maçã e goiaba, também frutas passadas e toques
florais além de tostado e algo químico. Em boca é redondo, macio, leve e
refrescante, com boa persistência e final frutado com um residual de açúcar mascavo.
Equilibrado na acidez e com uma boa vocação gastronômica.
Harmoniza bem com salmão,
peixes brancos, camarão, comida japonesa, cortes de carne vermelha magros e
assados e carnes brancas.
Possui 13% de graduação
alcoólica e o ideal é bebê-lo na temperatura de 10 a 12oC.
A Vinícola:
A Sanjo iniciou suas atividades
vitivinícolas em 2002, inicialmente com a variedade Cabernet Sauvignon, seno
que logo depois agregou a Merlot, a Chardonnay e a Sauvignon Blanc cultivados
com as mais avançadas tecnológicas de produção de uvas para elaboração de
vinhos. As áreas escolhidas para o plantio videiras sempre respeitaram uma altitude
mínima de 1.000 metros. O sistema de condução utilizado, quase em sua
totalidade, é o de espaldeira, voltados para baixas produções e alta qualidade
dos frutos. As altitudes elevadas da Região Serrana de Santa Catarina propiciam
uma vitivinicultura de altitude resultando em uvas com grande potencial de cor
e açúcar, com o desenvolvimento de aromas mais finos e delicados, devido a
maturação das uvas ocorrer de maneira mais lenta e controlada, proporcionada
pelas baixas temperaturas.
Você encontra os vinhos da
Vinícola Sanjo na Wein Haus, loja especializada em vinhos, localizada na Rua
João Pessoa 895, em Santa Cruz do Sul, fone 51.3711.3665 e site
www.weinhaus.com.br
E lembre-se: se beber, NÃO DIRIJA!
quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014
Salmão Assado com Açúcar Mascavo
Para aqueles que curtem uma cozinha inventiva, a receita a seguir trabalha bem esta questão, pois mistura alguns ingredientes que poderiam torcer o nariz da formalidade, mas que unidos tornam a experiência muito agradável.
A seguir o prato preferido das
deusas, o Salmão Assado com Açúcar
Mascavo!
Ingredientes:
(para 4 pessoas)
4 filés de salmão (cerca de 250g cada)
4 colheres de sopa de açúcar mascavo
3 colheres de sopa de molho de soja
Uma colher de chá de gergelim
2 colheres de sopa de azeite de oliva
Suco de um limão
Fatias de laranja
Sal e pimenta do reino
Preparo:
Misturar o açúcar mascavo, o
molho de soja, as sementes de gergelim, o azeite de oliva e o suco de limão. Aquecer
o forno a 200oC por cerca de 15 minutos. Temperar o salmão
pincelando o molho sobre os filés. Deixar pegar gosto por cerca de 30 minutos e
usar o sal e a pimenta à gosto. Cobrir os filés com as fatias de laranja e
levar ao forno para assar por cerca de 20 minutos. Servir com batatas cozidas!
terça-feira, 11 de fevereiro de 2014
Casa Venturini Chardonnay Reserva 2011
O Casa Venturini Chardonnay Reserva 2011, da vinícola homônima de
Flores da Cunha – RS chamou-me atenção há alguns anos numa das Avaliações
Nacionais de Vinhos que participei. Pois este vinho talvez seja o vinho recorde
em fazer parte do rol dos 16 vinhos mais representativos das safras, já há um
bom tempo (ANV safra 2012; 2011; 2010; 2009 e 2007).
Possui coloração amarelo palha com reflexos
esverdeados, é muito límpido e brilhante. Ao nariz trouxe aromas de frutas
tropicais (abacaxi, pêssego, maracujá, marmelo, melão e banana) e de flores
brancas. Em boca muita refrescância e mineralidade, vinho com acidez
equilibrada e boa persistência. Retrogosto frutado e agradável. Em resumo um
ótimo vinho que atesta todos os prêmios e referências que já ganhou!
Mostra a
vocação do terroir brasileiro para os vinhos brancos.
Este Chardonnay vem de
videiras cultivadas na região da Campanha Gaúcha, em Santana do Livramento e não
possui passagem por barricas de carvalho.
Acompanha bem carnes brancas,
peixes, queijos leves, saladas e canapés diversos.
Possui 12,6% de graduação
alcoólica e o ideal é ser servido na temperatura de 8 a 10˚C.
Você encontra os vinhos da
variedade chardonnay na Wein Haus, loja especializada em vinhos, localizada na
Rua João Pessoa 895, em Santa Cruz do Sul, fone 51.3711.3665 e site www.weinhaus.com.br.
E lembre-se: se beber, NÃO DIRIJA!
segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014
Setor vitivinícola projeta crescimento em 2014
Aumento de quase 10% nas
vendas, perspectiva otimista para os vinhos brasileiros e a parceria com o varejo devem contribuir para
um cenário positivo no ano
A retomada de mercado para os
vinhos brasileiros no mercado interno com o aumento em cerca de 10% nas vendas
em 2013 deverá ter sequência neste ano. Esta é a expectativa de representantes
do varejo e do setor vitivinícola que participaram na tarde de ontem (4), em
Bento Gonçalves, do workshop Avaliação do Mercado de Vinhos, Sucos e Espumantes
- Estratégias e Perspectivas para 2014, promovido pelo Instituto Brasileiro do
Vinho (Ibravin) em parceria com a Associação Brasileira dos Supermercados
(Abras). No evento, que contou com a presença de 150 pessoas, foram
apresentados os dados de comercialização, com destaque para a retomada do
crescimento da venda de vinhos finos (7%) e de mesa (3,1%) e a continuidade da
expansão de mercado para os espumantes e suco de uva(7,7% e 40%
respectivamente).
O consultor de vinhos do Grupo
Pão de Açúcar, Carlos Cabral, anunciou o aumento de espaço para os rótulos
brasileiros na rede que é a maior vendedora do produto no Brasil na última
década. O especialista falou sobre a atenção especial que a rede tem com o segmento,
capacitando atendentes – são 220 em todo o grupo – buscando novidades e
trabalhando na formação de clientes. “O consumidor de vinho de mesa de hoje é o
consumidor de vinho fino amanhã. Temos que ter essa consciência na hora de
atendê-los sem querer impor um ou outro produto”, ensinou o consultor.
Cabral destacou a importância de descomplicar
a bebida e de disseminar a qualidade do vinho brasileiro, algo que vem se
intensificando nos últimos anos. O consultor abordou a necessidade de aumentar
o consumo per capita no país, que hoje é de 1,8 litro por ano e do esforço
conjunto que vem sendo encampado junto à cadeia produtiva após o acordo de
cooperação firmado em outubro de 2012 para aumentar o espaço do vinho
brasileiro no varejo. “Valorizando o consumidor podemos atingir ótimos
resultados como já constatamos em janeiro deste ano, com um crescimento
significativo nas vendas”, antecipou.
O workshop iniciou com a
apresentação dos dados de comercialização de 2013 pelo diretor técnico do
Ibravin, Leocir Bottega. Em seguida quatro representantes de vinícolas
discorreram sobre as perspectivas para os vinhos finos e de mesa, sucos e
espumantes. O local das apresentações foi alterado do Centro da Indústria,
Comércio e Serviços (CIC) de Bento Gonçalves para o auditório da Embrapa Uva e
Vinho, devido à queda de energia elétrica registrada ontem em diversos estados
brasileiros.
O diretor Geral da Vinícola
Aurora, Alem Guerra, falou do crescimento acentuado da comercialização do suco
de uva nos últimos anos e a previsão de continuidade nos números positivos em
2014. “É uma bebida que agrada ao paladar do brasileiro. Estamos buscando a
excelência na qualidade e com embalagens diferenciadas. Esperamos crescer 25%
neste ano”, projetou. Sobre o mercado do vinho de mesa, o diretor Geral da
Vinícola Góes, Cláudio Góes, prevê um resultado semelhante ao do ano passado.
Segundo o empresário, o produto engarrafado, com maior valor agregado, tem
lugar cativo no paladar do consumidor brasileiro. “É um trabalho de formiguinha
para conquistar novos mercados. Esse cenário vai melhorar na medida em que o
consumidor estiver mais próximo do vinho brasileiro”, ponderou o empresário
amparado nos dados do ano passado. O segmento de vinho de mesa engarrafado
cresceu 9,36% sobre o ano anterior.
A retomada do mercado dos
vinhos finos e a concorrência com os importados foram abordados pelo presidente
da importadora Decanter e das vinícolas Hermann e Quinta da Neve, Adolar
Hermann. O empresário comparou o mercado brasileiro ao de países tradicionais
na produção e consumo da bebida, como Chile, Argentina, Portugal, Espanha,
França e Itália. Hermann citou o custo de produção, a tributação que taxou como
excessiva e o fato da cultura do vinho ser recente no país como fatores que
dificultam o mercado. “Precisamos explorar e divulgar o nosso estilo e as
características regionais, aportar mais recursos em marketing e racionalizar o
sistema produtivo com atenção especial para variedades viníferas”,
elencou.
O diretor Comercial da
Vinícola Perini, Franco Perini, ao falar sobre o cenário favorável para o
espumante brasileiro, projetou um futuro ainda mais promissor para a bebida.
Segundo o empresário, alguns fatores como ser um produto ideal para atrair
novos e jovens consumidores, o reconhecimento da qualidade e a vantagem
competitiva com os países da América do Sul justificam o otimismo. “A
desmistificação da bebida tem contribuído para a quebra da sazonalidade. Isto,
aliado à ascensão econômica e cultural e a preocupação das pessoas em consumir
produtos com qualidade são fundamentais para acreditarmos numa expansão ainda
maior do mercado de espumantes no Brasil”, destacou.
A diretora de Promoção do
Ibravin, Andreia Gentilini Milan, apresentou as ações da entidade em 2014,
citando como novidade a segmentação por tipo produto nas atividades que serão
desenvolvidas. A diretora mencionou o trabalho junto ao trade, com a realização
do Circuito Brasileiro de Degustação em seis capitais e a participação em
feiras.
O relacionamento junto a
profissionais do setor e formadores de opinião, o estreitamento de ações
desenvolvidas com o varejo, a capacitação de restaurantes e campanhas voltadas
para o consumidor final integram as atividades de promoção comercial do
Ibravin. “Procuramos segmentar os eventos por perfil de vinícolas e estamos
dando ênfase à visibilidade que teremos em função da Copa do Mundo. A
aproximação cada vez maior com entidades supermercadistas e restaurantes e a
consolidação do espumante brasileiro como o melhor do Novo Mundo também estão
na nossa agenda de trabalho para 2014”, concluiu.