3. Bolo de Rolo
Origem e história
Bolo de rolo é doce brasileiro, típico de Pernambuco. A massa é feita
com farinha de trigo, ovos,manteiga e açúcar. Essa massa é enrolada com uma
camada de goiabada derretida, dando a aparência de um rocambole. No entanto, as
camadas de massa e goiabada são bem mais finas e o sabor completamente
diferente. Sua origem está na adaptação do bolo português "colchão de
noiva", uma espécie de pão-de-ló enrolado com recheio de nozes. Ao
chegarem aqui, os portugueses passaram a trocar o recheio pela goiaba, fruta
abundante no nordeste brasileiro, sempre dosada com muito açúcar dos engenhos
da região. Até hoje é comum polvilhar-se o bolo de rolo com açúcar em sua
camada externa, arrematando a apresentação da sobremesa. Esta iguaria oriunda
dos portugueses foi introduzida no Brasil unicamente pelo Estado de Pernambuco.
O verdadeiro bolo de rolo, muitas vezes comparados a outros tipos de “bolos
enrolados” como rocambole, bolo de goiaba, entre outros, tem uma receita e
forma única de ser feito. Durante muitos anos esse bolo ficou restrito aos
senhores de engenho, e posteriormente aos governadores de Pernambuco, se
tornando popular posteriormente.
Curiosidade
Dona Fernanda Dias, 71 anos, não esquece os tempos de juventude. Era
adolescente e já gostava de fazer bolos para encantar o namorado. Tempos de
gentilezas de amor, de tomar gosto pela culinária e dar os primeiros passos da
vida adulta. A menina que fazia sobremesas para agradar o namorado cresceu, mas
não perdeu o prazer pela arte de cozinhar. Descobriu um talento inesgotável,
trabalhou duro, quase virou noites de sono no batente, mas deixou sua marca na
história. Foi nas mãos dela que o bolo de rolo se popularizou e, hoje,
conquistou o status de Patrimônio Cultural e Imaterial de Pernambuco, de acordo
com lei ordinária 379/2007 sancionada pelo governador Eduardo Campos.
Receita
Ingredientes:
Massa:
2 ½
xícaras de manteiga sem sal em temperatura ambiente2 ¾ de xícara de açúcar
8 gemas
4 xícaras de farinha de trigo
8 claras em neve
Recheio:
700
g de goiabada picada4 colheres(sopa) de água ou vinho branco
Cobertura:
6
colheres(sopa) de açúcar cristalPreparo:
Prepare o recheio: leve ao fogo brando a goiabada com água ou vinho,
mexendo até obter uma pasta. Retire do fogo, deixe esfriar e divida em oito
porções. Reserve. Bata a manteiga na batedeira até ficar clara. Junte o açúcar
aos poucos e bata por 5 minutos. Acrescente as gemas, uma a uma e bata até
obter um creme claro. Diminua a velocidade da batedeira e adicione a farinha,
aos poucos, até obter uma massa homogênea. Junte as claras em neve,
delicadamente, sem bater, misturando com um batedor de varas ou uma espátula.
Unte uma assadeira de 28cm x 48cm x 1cm de altura e espalhe 1 xícara da massa,
usando uma faca ou uma espátula, para a camada ficar uniforme. Leve ao forno
pré aquecido em temperatura quente (200C) por 4 minutos. A massa não deve
dourar. Desenforme sobre um pano seco polvilhado com açúcar cristal, com
cuidado para a massa não quebrar. Espalhe uma parte da goiabada derretida sobre
a massa e, com ajuda do pano, enrole como rocambole, deixando-o na beirada do
pano. Polvilhe o pano novamente com açúcar cristal e reserve. Lave a assadeira,
enxugue bem e unte novamente. Espalhe uma xícara da massa, procedendo como da
primeira vez. Asse e desenforme sobre o pano. Espalhe mais goiabada sobre a
massa e ponha o rocambole pronto na borda da massa. Enrole. Repita até terminar
a massa. Deverá render 8 massas. Deixe o bolo esfriar, corte as pontas, passe-o
para o prato de servir e polvilhe com o açúcar.
Dica do chef
O mistério em torno da
iguaria ajudou a popularizá-la. Hoje, cada chef,
ou curioso prefere deixar sua marca durante o preparo do doce, acrescentando um
ingrediente aqui e tirando outro acolá. Mas nada que deixe para trás os
segredos do bolo de rolo, cuja receita é marcada pela difícil técnica de
enrolar a massa e o recheio de goiabada. Quanto mais finas as camadas de massa
e de doce, melhor.
História
Quando os exploradores
europeus chegaram aqui, a tapioca já era parte do cardápio nacional e olha que
nem nação havia, no sentido em que a gente usa hoje. A mandioca, na forma de
tapioca ou como farinha, aparece no relato de muitos cronistas que, depois de
pisarem nessas terras, contaram à Europa que o mundo não só era maior, mas
também mais saboroso do que se supunha. É com sua farinha que os brasileiros
(...) fazem o pão, escreveu em 1640 o viajante holandês Johan Nieuhof, em seu
relato "Memorável Viagem Marítima e Terrestre ao Brasil", por
exemplo. A tapioca é feita com a goma da mandioca amarga. É que existem algumas
variedades de mandioca. As mais utilizadas na culinária são a doce, que
conhecemos com o nome de macaxeira ou aipim, e a amarga, que serve para fazer a
goma de tapioca e a farinha. Ambas têm desde sempre lugar importante no paladar
e na alimentação de grande parte dos brasileiros, especialmente nas regiões
Norte e Nordeste. As mil e uma utilidades da mandioca foram parar até no nome
científico que ganhou, no século 18: Manihot
utilissima. Os colonizadores portugueses, claro, aderiram. O jeito de
fabricar a goma e a farinha de mandioca ainda hoje é bem artesanal, parecido
com o do período colonial. Casas de farinhas espalhadas pelo Norte, Nordeste e
em algumas regiões do Sudeste fazem nos meses de agosto período mais comum da
farinhada um processo que se resume assim: descascada, a mandioca é deixada de
molho para ser, depois, espremida. Da parte sólida se faz a farinha. A goma que
se acumula no fundo do tacho que recebeu o caldo servirá de matéria-prima para
a tapioca cujo nome, como dá para imaginar, vem da língua tupi: typi-og, o que significa tirado do
fundo.
A goma umedecida é peneirada e assada em uma panela rasa, como uma frigideira circular, ou numa assadeira de barro, como fazem os índios da Amazônia. É aí que ela ganha sua forma final. Um detalhe: se a tapioca ficar mais tempo em fogo alto, algo em torno de 15 a 20 minutos, ela endurece. Suas extremidades ficam fininhas e formam um biscoito crocante e seco. É o beiju!
A goma umedecida é peneirada e assada em uma panela rasa, como uma frigideira circular, ou numa assadeira de barro, como fazem os índios da Amazônia. É aí que ela ganha sua forma final. Um detalhe: se a tapioca ficar mais tempo em fogo alto, algo em torno de 15 a 20 minutos, ela endurece. Suas extremidades ficam fininhas e formam um biscoito crocante e seco. É o beiju!
A tapioca é bem parecida a
uma panqueca
ou crepe, podendo
ser servida recheada com manteiga, queijo, coco ralado, e as mais exóticas, com banana, chocolate, carne-de-sol
e outras. A tapioca era o alimento básico dos índios brasileiros e ainda
faz parte do cardápio dos brasileiros. Mais tarde, os colonizadores
portugueses descobriram que a tapioca servia como bom substituto para o pão. Não faz muito
tempo, porém, que ela atraiu a atenção de alguns criativos chefs de cozinha
brasileiros, que decidiram transformar a tapioca numa moda em seus restaurantes.
Hoje a tapioca é um sucesso na culinária brasileira, tornando muitos restaurantes
famosos por causa dela. Os chefs criaram versões inovadoras da tapioca, para
agradar uma clientela mais seleta, e usam suas habilidades para dar uma cara
nova à versão tradicional.
Preparo
Numa vasilha de tamanho
médio, borrife um pouco de água sobre a goma e o sal e mexa a
mistura com a ponta dos dedos. Aos poucos vá colocando mais água e esfarele a
mistura entre as mãos até que essa mistura esfarelada não grude na mão. Daí
passe essa mistura por uma peneira. Agora aqueça uma frigideira
anti-aderente de 20 centímetros de diâmetro em fogo brando. Espalhe uma porção
na frigideira e com as costas de uma colher cubra o fundo da frigideira de modo
uniforme. Asse por 2 a 4 minutos, ou até que a mistura se pareça a uma panqueca, e
suas bordas se desprendam da frigideira. Vire-a com uma espátula plástica e
asse por mais um minuto. Repita o processo com o restante da mistura. Os
recheios darão um toque especial à tapioca.
Para o café da manhã experimente passar manteiga na
tapioca ainda quente e adicionar duas colheres de sopa de coco fresco ralado. Ou
espalhe leite condensado sobre a tapioca, adicione coco,
dobre-a ao meio e sirva.
Receita
Tapioca
de carne de sol com queijo coalho:
Ingredientes:
Goma de tapioca 500 g de carne de sol desalgada e desfiada
250 g de queijo coalho
1 cebola média
Salsa a gosto
Recheio
Refogue a cebola com um pouco de azeite. Acrescente a carne de sol e a
salsa. Deixe cozinhar por dez minutos.
Tapiocas
Aqueça uma frigideira por cinco minutos. Coloque uma porção de goma
para cobrir o fundo. Modele com uma colher e, quando as bordas soltarem, vire.
Recheie com carne de sol e uma fatia de queijo coalho. Feche a tapioca e sirva
tão logo fique pronta.
Dica do Chef
Manuseio correto da goma é essencial. O segredo da tapioca está na
goma, que precisa ser bem delicada para não azedar. Se a goma for preparada com
côco, só dura dois dias, mesmo na geladeira. Mas se a fécula de mandioca for
acrescida apenas de água, bem conservada no refrigerador dura um mês ou mais.
Para um quilo de fécula usa-se meio litro de água. Mas, a medida pode variar,
dependendo do tipo de goma. Após misturada à água, quanto mais a goma descansa
mais delicada fica. O resultado é uma tapioca mais fina. Quem preferir, pode
comprar no supermercado a goma já pronta para ir ao fogo.
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