Acompanhamos o
17o Salão Internacional do Vinho que reuniu 400 expositores, 5.000
rótulos e público superior a 30.000 pessoas
A Expovinis Brasil - Salão
Internacional do Vinho - encerrou sua 17ª. edição e reuniu nos pavilhões do
Expocenter Norte, em São Paulo, de 24 a 26 de abril, mais de 400 expositores
com cerca de 5 mil rótulos para degustação durante os 3 dias de feira,
direcionada a profissionais, importadores, sommeliers, blogueiros, enófilos, compradores
de grandes varejistas, restaurantes e amantes do vinho.
O evento já consolidou-se
como uma referência em tendências e lançamentos de vinhos para a América
Latina, pois avaliza o potencial de mercado e lança anualmente novos players aumentando a já imensa oferta de rótulos ao consumidor. Grandes, médios e pequenos produtores usaram em seus estandes ações de
relacionamento em busca de mais mercado para os seus produtos. E o Brasil, um
dos integrantes do bloco emergente denominado BRIC (Brasil, Rússia, Índia e
China) é visto com olhos vorazes pelo produtores, afinal é um mercado de
duzentos milhões de habitantes com consumo anual de cerca de 300 milhões de
litros de vinho.
Chamou-me atenção que muitos - quem sabe mais da metade destes expositores - não
possuem representação no território brasileiro. E, independente do tamanho da vinícola e do volume, alguns produzem excepcionais vinhos. Também serve de alerta a carga tributária e margem dos importadores e distribuidores, pois alguns ótimos vinhos que na Europa paga-se cerca de 10 euros pode chegar ao consumidor final brasileiro por mais de R$ 120,00!
Dentro dos pavilhões, centenas
de estandes de produtores e vinícolas do mundo todo, pois Austrália, França,
Itália, Espanha, Portugal, Estados Unidos, Argentina, Chile, Uruguai entre
outros fizeram-se representar por alguns de seus melhores rótulos, afinal, a
Expovinis é a maior vitrine de vinhos da América Latina e uma ótima
oportunidade para comunicar os seus produtos e realizar degustações e
avaliações junto a um seleto público.
Praticamente de hora em hora as degustações ditas "premium" ficavam lotadas e o público em geral podia participar de provações apresentadas pelos próprios enólogos e produtores, tomando parte de todo o processo produtivo daquela vínicola.
Parafraseando o jornalista
uruguaio Daniel Arraspide, “o foco das vinícolas expositoras estava em conseguir um bom negócio
aumentando a presença de rótulos internacionais em um mercado tão disputado
como o brasileiro, enquanto o vinho brazuca luta para ganhar uma quota de
mercado em sua própria terra, os produtores de todo o mundo se esforçam para
entrar na área”.
Anualmente a Expovinis elege
os Top Ten, ou seja, os "dez melhores vinhos do Salão", um de cada
categoria. Este ano houveram 11 elegidos, pois um empate na categoria
"tinto velho mundo" somou um representante a mais num total de 250 vinhos
inscritos para a avaliação que teve o crivo de um corpo de jurados de peso: Mario Telles Júnior (ABS-SP), o chileno Hector
Riquelme, eleito o melhor sommelier do Chile em 2005, Jorge Carrara (Prazeres
da Mesa e site Basílico), Manoel Beato (sommelier do Fasano), José Luiz Alvim
Borges (ABS-SP), Ricardo Farias (ABS-RJ), Gustavo Andrade de Paulo (ABS-SP),
Celito Guerra (Embrapa Uva e Vinho), Mauro Zanus (Embrapa Uva e Vinho), Márcio
Oliveira (site Vinotícias e Sbav-MG), José Luiz Pagliari (Sbav-SP e Senac-SP) e
Roberto Gerosa (Blog do Vinho).
Acompanhe a relação dos Top
Ten Expovinis 2013:
Melhor Espumante Importado:
Ainda Maria Reserva 2007
Melhor Espumante Nacional:
Villaggio Grando Brut Rosé 2012
Melhor Branco Importado: Obra
Prima Sauvignon Blanc 2012
Melhor Branco Nacional: Lídio
Carraro Dádivas Chardonnay 2012
Melhor Rosé: Maquis Rosé 2012
Melhor Tinto Nacional Outras
Regiões: Pericó Basaltino 2012
Melhor Tinto Nacional Serra
Gaúcha: Perini Quatro 2009
Melhor Tinto Novo Mundo:
Vistalba Corte A 2008
Melhor Tinto Velho Mundo:
Scagliola Barbera D’Asti Superiore DOCG 2009
Melhor Tinto Velho Mundo: Santa Vitória Grande Reserva Tinto 2008
Melhor Fortificado e Doce:
Porto Quinta do Noval Tawny 40 Anos
Atividades paralelas também
estiveram fazendo parte do Salão, como a Epicure (cachaças) e a Olive (azeites
de oliva).
O evento serve ainda para
estabelecer relacionamento e troca de informações com especialistas no setor.
Enólogos, críticos, consultores, wine
experts e blogueiros são presenças constantes e recheadas de conteúdo,
donde e possível discutir tendências no cenário do vinho.
São Paulo recebeu um séquito
de produtores dos principais países vinícolas do mundo, com destaque para os
grandiosos estandes de Portugal, Espanha, França e Itália, mostrando que o Velho Mundo segue muito presente na comunicação e divulgação de seus vinhos recheados de história, mas também percebeu-se um
forte investimento dos brasileiros com destaque para Aurora, Salton, Pizzato e Miolo, além de um
trabalho conjunto da Vinhos do Brasil concentrando mais duas dezenas de
vinícolas gaúchas num espaço em que a temática era a Copa do Mundo de 2014. O
Brasil também esteve bem representado pelos produtores de Santa Catarina – dois
deles com vinhos figurando na lista dos Top Ten deste ano -, do Vale do São Francisco e de Goiás.
Países com menos tradição
vitivinícola mas nem por isso sem história no vinho, como Grécia e Rússia
também apresentaram bons rótulos, muitos deles vinhos de corte de uvas
tradicionais francesas com uvas autóctonas. Chamava a atenção um ótimo Tempranillo
Rosé da vinícola grega Ktima Pavlidis, mineral, acidez na medida e com muita
personalidade, entre outros.
Uruguai, Chile e Argentina,
como sempre, foram muito bem representados por tradicionais e novos produtores
em busca de parcerias para distribuição em solo tupiniquim. Elogiável o
trabalho da Wines of Uruguay, que trouxe a seu espaço renomados críticos e sommeliers
brasileiros para atestar, através de palestras e degustações, a qualidade já
referenciada de seus vinhos.
Alguns vinhos me chamaram muita
atenção - entre algumas dezenas de rótulos provados dos mais de 5 mil expostos
– e que não se candidataram a escolha dos Top Ten da feira, entre os quais:
- Petit Yllana Petit Verdot 2011
espanhol : frutado, taninos marcantes, muito gastronômico.
- Nicolás Granata Malbec 2003
Edición Limitada argentino : um dos melhores vinhos argentinos, com 10 anos de idade e potencial de guarda para mais 10.
- Principal Tinto Reserva 2007
português : um português de alma, corpo médio e saboroso.
- Quinta das Apegadas Douro
2009 português: outro representante com muita personalidade e classe.
- CàMaiol Prestige Lugana 2012
italiano: um maravilhoso branco italiano, quem sabe um dos melhores do Salão, cujo proprietário, um sorridente e simpático senhor italiano, pude conversar por um bom tempo!
Enfim, se fosse possível resumir em uma só
palavra a marca desta 17a. edição seria: grandiosidade!
Acompanhe alguns momentos registrados pela lente atenta deste colunista:
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França e seu estande |
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Amantes do vinho se fizeram presentes em grande número |
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Representante russo |
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Público pode degustar os mais de 5 mil rótulos disponíveis |
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Grécia e seus 5000 anos de produção de vinhos |
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França aliou alta gastronomia e vinhos |
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Ótimos vinhos! |
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Itália esteve representada por várias de suas regiões |
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O especialista Arthur Azevedo em uma de suas apresentações |
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Este colunista |
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Ótimo português, tanto o tinto quanto o rosé! |
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Grécia e seus espumantes! |
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Prova de aromas |
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Alemães além de promoverem seus pinots e rieslings também estavam motivados com os times do Bayern e Borússia |
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Didú Russo, um dos presentes na divulgação dos vinhos do Uruguai |
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Adriano Miolo e seus sócios Raul Randon e Galvão Bueno marcaram presença no evento |
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Estande chileno
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Argentina e seus bons vinhos |
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Itália marcante como sempre |
Olá, Emerson! Obrigado pelas palavras gentis, fico feliz em saber que gostou de nosso THEMA TEMPRANILLO ROSÉ. Para mais informações, visite a página da KTIMA PAVLIDIS BRASIL no FACEBOOK.
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