segunda-feira, 29 de abril de 2013

Todos os detalhes da Expovinis 2013



Acompanhamos o 17o Salão Internacional do Vinho que reuniu 400 expositores, 5.000 rótulos e público superior a 30.000 pessoas



A Expovinis Brasil - Salão Internacional do Vinho - encerrou sua 17ª. edição e reuniu nos pavilhões do Expocenter Norte, em São Paulo, de 24 a 26 de abril, mais de 400 expositores com cerca de 5 mil rótulos para degustação durante os 3 dias de feira, direcionada a profissionais, importadores, sommeliers, blogueiros, enófilos, compradores de grandes varejistas, restaurantes e amantes do vinho. 


O evento já consolidou-se como uma referência em tendências e lançamentos de vinhos para a América Latina, pois avaliza o potencial de mercado e lança anualmente novos players aumentando a já imensa oferta de rótulos ao consumidor. Grandes, médios e pequenos produtores usaram em seus estandes ações de relacionamento em busca de mais mercado para os seus produtos. E o Brasil, um dos integrantes do bloco emergente denominado BRIC (Brasil, Rússia, Índia e China) é visto com olhos vorazes pelo produtores, afinal é um mercado de duzentos milhões de habitantes com consumo anual de cerca de 300 milhões de litros de vinho. 


Chamou-me atenção que muitos - quem sabe mais da metade destes expositores - não possuem representação no território brasileiro. E, independente do tamanho da vinícola e do volume, alguns produzem excepcionais vinhos. Também serve de alerta a carga tributária e margem dos importadores e distribuidores, pois alguns ótimos vinhos que na Europa paga-se cerca de 10 euros pode chegar ao consumidor final brasileiro por mais de R$ 120,00! 
     

Dentro dos pavilhões, centenas de estandes de produtores e vinícolas do mundo todo, pois Austrália, França, Itália, Espanha, Portugal, Estados Unidos, Argentina, Chile, Uruguai entre outros fizeram-se representar por alguns de seus melhores rótulos, afinal, a Expovinis é a maior vitrine de vinhos da América Latina e uma ótima oportunidade para comunicar os seus produtos e realizar degustações e avaliações junto a um seleto público.


Praticamente de hora em hora as degustações ditas "premium" ficavam lotadas e o público em geral podia participar de provações apresentadas pelos próprios enólogos e produtores, tomando parte de todo o processo produtivo daquela vínicola.   

Parafraseando o jornalista uruguaio Daniel Arraspide, “o foco das vinícolas expositoras estava em conseguir um bom negócio aumentando a presença de rótulos internacionais em um mercado tão disputado como o brasileiro, enquanto o vinho brazuca luta para ganhar uma quota de mercado em sua própria terra, os produtores de todo o mundo se esforçam para entrar na área”.


Anualmente a Expovinis elege os Top Ten, ou seja, os "dez melhores vinhos do Salão", um de cada categoria. Este ano houveram 11 elegidos, pois um empate na categoria "tinto velho mundo" somou um representante a mais num total de 250 vinhos inscritos para a avaliação que teve o crivo de um corpo de jurados de peso:  Mario Telles Júnior (ABS-SP), o chileno Hector Riquelme, eleito o melhor sommelier do Chile em 2005, Jorge Carrara (Prazeres da Mesa e site Basílico), Manoel Beato (sommelier do Fasano), José Luiz Alvim Borges (ABS-SP), Ricardo Farias (ABS-RJ), Gustavo Andrade de Paulo (ABS-SP), Celito Guerra (Embrapa Uva e Vinho), Mauro Zanus (Embrapa Uva e Vinho), Márcio Oliveira (site Vinotícias e Sbav-MG), José Luiz Pagliari (Sbav-SP e Senac-SP) e Roberto Gerosa (Blog do Vinho).


Acompanhe a relação dos Top Ten Expovinis 2013:

Melhor Espumante Importado: Ainda Maria Reserva 2007
Melhor Espumante Nacional: Villaggio Grando Brut Rosé 2012
Melhor Branco Importado: Obra Prima Sauvignon Blanc 2012
Melhor Branco Nacional: Lídio Carraro Dádivas Chardonnay 2012
Melhor Rosé: Maquis Rosé 2012
Melhor Tinto Nacional Outras Regiões: Pericó Basaltino 2012
Melhor Tinto Nacional Serra Gaúcha: Perini Quatro 2009
Melhor Tinto Novo Mundo: Vistalba Corte A 2008
Melhor Tinto Velho Mundo: Scagliola Barbera D’Asti Superiore DOCG 2009
Melhor Tinto Velho Mundo:  Santa Vitória Grande Reserva Tinto 2008
Melhor Fortificado e Doce: Porto Quinta do Noval Tawny 40 Anos

Atividades paralelas também estiveram fazendo parte do Salão, como a Epicure (cachaças) e a Olive (azeites de oliva).

O evento serve ainda para estabelecer relacionamento e troca de informações com especialistas no setor. Enólogos, críticos, consultores, wine experts e blogueiros são presenças constantes e recheadas de conteúdo, donde e possível discutir tendências no cenário do vinho.


São Paulo recebeu um séquito de produtores dos principais países vinícolas do mundo, com destaque para os grandiosos estandes de Portugal, Espanha, França e Itália, mostrando que o Velho Mundo segue muito presente na comunicação e divulgação de seus vinhos recheados de história, mas também percebeu-se um forte investimento dos brasileiros com destaque para Aurora, Salton, Pizzato e Miolo, além de um trabalho conjunto da Vinhos do Brasil concentrando mais duas dezenas de vinícolas gaúchas num espaço em que a temática era a Copa do Mundo de 2014. O Brasil também esteve bem representado pelos produtores de Santa Catarina – dois deles com vinhos figurando na lista dos Top Ten deste ano -,  do Vale do São Francisco e de Goiás. 


Países com menos tradição vitivinícola mas nem por isso sem história no vinho, como Grécia e Rússia também apresentaram bons rótulos, muitos deles vinhos de corte de uvas tradicionais francesas com uvas autóctonas. Chamava a atenção um ótimo Tempranillo Rosé da vinícola grega Ktima Pavlidis, mineral, acidez na medida e com muita personalidade, entre outros.


Uruguai, Chile e Argentina, como sempre, foram muito bem representados por tradicionais e novos produtores em busca de parcerias para distribuição em solo tupiniquim. Elogiável o trabalho da Wines of Uruguay, que trouxe a seu espaço renomados críticos e sommeliers brasileiros para atestar, através de palestras e degustações, a qualidade já referenciada de seus vinhos.


Alguns vinhos me chamaram muita atenção - entre algumas dezenas de rótulos provados dos mais de 5 mil expostos – e que não se candidataram a escolha dos Top Ten da feira, entre os quais:

- Petit Yllana Petit Verdot 2011 espanhol : frutado, taninos marcantes, muito gastronômico.


- Nicolás Granata Malbec 2003 Edición Limitada argentino : um dos melhores vinhos argentinos, com 10 anos de idade e potencial de guarda para mais 10.  

- Principal Tinto Reserva 2007 português : um português de alma, corpo médio e saboroso.


- Quinta das Apegadas Douro 2009 português: outro representante com muita personalidade e classe. 


- CàMaiol Prestige Lugana 2012 italiano: um maravilhoso branco italiano, quem sabe um dos melhores do Salão, cujo proprietário, um sorridente e simpático senhor italiano, pude conversar por um bom tempo!  


Enfim, se fosse possível resumir em uma só palavra a marca desta 17a. edição seria: grandiosidade!

Acompanhe alguns momentos registrados pela lente atenta deste colunista:

França e seu estande 

Amantes do vinho se fizeram presentes em grande número

Representante russo

Público pode degustar os mais de 5 mil rótulos disponíveis

Grécia e seus 5000 anos de produção de vinhos
França aliou alta gastronomia e vinhos

Ótimos vinhos!

Itália esteve representada por várias de suas regiões

O especialista Arthur Azevedo em uma de suas apresentações

Este colunista

Ótimo português, tanto o tinto quanto o rosé!

Grécia e seus espumantes!

Prova de aromas

Alemães além de promoverem seus pinots e rieslings também estavam motivados com os times do Bayern e Borússia

Didú Russo, um dos presentes na divulgação dos vinhos do Uruguai

Adriano Miolo e seus sócios Raul Randon e Galvão Bueno marcaram presença no evento 
 
Estande chileno
Argentina e seus bons vinhos

Itália marcante como sempre

Um comentário:

  1. Olá, Emerson! Obrigado pelas palavras gentis, fico feliz em saber que gostou de nosso THEMA TEMPRANILLO ROSÉ. Para mais informações, visite a página da KTIMA PAVLIDIS BRASIL no FACEBOOK.

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