O vinho comentado desta semana
é o chileno do Vale do Colchágua Casa
Silva Viognier Reserva 2010 e não poderia ser diferente, depois destes últimos
dias extremamente quentes! De coloração amarelo-palha intenso, possui um aroma potente
e elegante, mineral, com nuances de pêssegos, damascos, frutas brancas cítricas,
flor de laranjeira e floral silvestre destacado. Em boca seu equilíbrio é notável,
harmonizando bem a fruta, a acidez, a madeira (pois 60% do vinho é envelhecido
em barris de carvalho francês durante 8 meses) e a mineralidade, muito fresco e
com um final persistente. Traz mel, damascos, pêssego, tangerina.
Possui 14,5% de teor alcoólico
e o ideal é servi-lo na temperatura entre 8 e 10oC. Harmoniza muito
bem com molhos agridoces, saladas, peixes brancos grelhados, alguns queijos
leves e com sushi e sashimi.
A origem da uva Viognier é
desconhecida, mas sugere-se que foi levada à Europa pelo imperador romano
Probus em 281 D.C. Viognier já foi bastante cultivada, mas em 1965 a espécie
foi quase extinta. Atualmente sua popularidade vem crescendo e o cultivo
também. O seu cultivo é considerado difícil, tem baixo rendimento e a uva só
deve ser colhida quando completamente madura. Quando colhida precocemente, a
uva não desenvolve toda a extensão de seus aromas e sabores e quando colhida
tardiamente, a uva produz um vinho oleoso e sem o perfume característico.
Quando maduras as uvas têm uma cor de fundo amarelo e produção de vinho com um
perfume forte e com alto teor alcoólico. A uva prefere ambientes mais quentes e
uma longa estação de crescimento, mas pode crescer em áreas mais frias também.
A idade da vinha também tem um efeito sobre a qualidade do vinho produzido,
vinhas Viognier começam a acertar o seu pico após 15-20 anos.
Desde 1990 a uva Viognier vem
sendo plantada mais extensivamente ao redor do mundo. EUA e Austrália tem uma
quantidade significativa de terra dedicada à esta variedade. O declínio da
Viognier na França a partir do seu pico histórico tem muito a ver com a
introdução desastrosa da praga filoxera da América do Norte na Europa em meados
e final do século 19, seguido pelo abandono das vinhas, devido ao caos da
Primeira Guerra Mundial. Em 1965, apenas cerca de 30 hectares (120.000 m2) de
vinhas Viognier permaneceram na França, e a variedade foi quase extinta. Até os
anos 80 o cultivo de Viognier na França foi ameaçado. Paralelamente ao
crescimento da Viognier no resto do mundo, as plantações em França têm crescido
dramaticamente desde então. A uva vem desfrutando de algum sucesso na Itália
central e na região do Piemonte, bem como a África do Sul, Nova Zelândia,
Grécia e no Japão. Na América do Sul, é cultivada na Argentina, Chile, Brasil e
Uruguai.
Vinhos Viognier são conhecidos
por seus aromas florais, aromas de pêssego, damasco e violeta, devido à
presença de terpenos que também são encontrados em vinhos Muscat e Riesling.
São vinhos feitos para serem consumidos jovens, vinhos com mais de 3 anos
costumam perder o aroma floral. Mas é possível encontrar vinhos Viognier com
dez anos sem perder a qualidade. A cor e aroma sugerem um vinho doce, mas o
vinho Viognier é predominantemente seco, embora sejam feitos também vinhos
doces para sobremesas de colheira tardia. É uma uva com baixa acidez e é usada
também para amaciar os vinhos tintos feitos com uva Syrah.
As uvas são colhidas com
freqüência no início da manhã para produzir um suco o mais claro possível. A casca da Viognier é rica em
compostos fenólicos. Algumas vezes o vinho é submetido à fermentação
maloláctica para obter mais peso e diminuir a acidez.
Você encontra os vinhos Casa
Silva na Wein Haus, loja especializada em vinhos, pelo site www.weinhaus.com.br ou fone 51.3711.3665.
E lembre-se: se beber, NÃO DIRIJA!
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