Os vinhos franceses muitas vezes assustam aos degustadores amadores por terem em seu âmago o DNA da história do vinho, pois a França pode ser entendida como o berço desta magnífica bebida. Das suas barricas saíram rótulos-ícones até hoje imbatíveis e de sua tradicional dupla borgonha-bourdeaux as referências para a produção no Novo Mundo. O vinho comentado de hoje é o francês Delas Freres Saint-Esprit 2008 – Côtes-du-Rhône, de excepcional relação custo-benefício por se tratar de um exemplar que cravou 90 pontos na avaliação de Robert Parker. Trata-se de um assemblage composto de 90% Syrah e 10% Grenache. Apresenta Cor rubi, límpido, com lágrimas rápidas e numerosas. No nariz é frutado trazendo os aromas tradicionais da Syrah de violeta e framboesas e lembrando morango e tutti-frutti, além de algo mineral e especiarias. Na boca é ligeiro, médio corpo, leve amargor mas muito fácil de beber, com taninos macios e agradáveis. Possui 13% de graduação alcoólica e ideal ser bebido na temperatura de 18°C. Ideal para harmonizar com a culinária provençal, carnes de caça e grelhados.
Resumidamente a CÔTES-DU-RHÔNE - o Vale do Ródano - fica localizado no sudeste da França, produz vinhos há mais de 500 anos e é caracterizada pelo cultivo da Syrah, Grenache, Mourvèdre, entre outras tintas; e Roussane, Marsanne e outras variedades brancas. É dividida entre norte e sul. Na parte norte da região, a única variedade tinta permitida é a Syrah, sendo esta a estrela dos grandes vinhos de Hermitage, muito estruturados e que devem ser guardados em torno de 10 anos, antes de degustados. Côte-Rotie é outra sub-região ao norte, onde a Syrah também é a principal uva, mas a Viognier, variedade branca, pode fazer parte da composição do vinho tinto, proporcionando mais finesse e aromas florais ao vinho. Ao sul do Rhone, 23 uvas podem entrar na composição dos vinhos. Os vinhos regionais são chamados de Côtes du Rhone e são vinhos frutuosos e de corpo leve, com pouca acidez e taninos suaves, no caso dos tintos. Os brancos são pouco produzidos e não muito comuns. Já o Châteauneuf-du-Pape – subregião de maior prestígio – tem suas principais variedades entre a Grenache, a Mourvedre e a Syrah, apesar de seus vinhos serem uma mistura de até treze variedades. Os melhores têm corpo pleno, alto teor alcoólico e são bastante complexos, chegando a envelhecer por quinze ou vinte anos. Os mais acessíveis são menos complexos, mais frutuosos e mais macios.
E lembre-se: se beber, NÃO DIRIJA!
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