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domingo, 15 de janeiro de 2012
O alho
Adorado por uns e odiados por outros, o alho atravessou boa parte da história dividindo sensações. E o alho é controverso até mesmo em sua origem, podendo ter nascido na Ásia – no deserto da Sibéria - ou pode ser a Europa mediterrânea o seu berço, há mais de seis mil anos. O que se tem certeza é que foi levado para o Egito por tribos mongóis, onde era utilizado largamente, tendo inscrições na pirâmide de Gisé - os egípcios usavam-no como parte do processo de mumificação dos mortos e no túmulo de Tutankamon foram encontrados dentes de alho – onde consta que uma das primeiras greves de que se tem notícia aconteceu quando os trabalhadores que construíam as pirâmides do Egito deixaram de receber sua porção diária de alho, que estava em falta no mercado, pois alho e cebola eram ingredientes essenciais na dieta de escravos e operários para que não adoecessem. Dali seguiu para o extremo oriente através das rotas do comércio com a Índia, e depois para a Europa. Dizem que o alho chegou ao Brasil junto com as caravelas de Cabral.
A hortaliça de bulbo com significativo teor de vitamina C seria parte do magro cardápio consumido pelas tripulações. Usado em larga escala na culinária do mundo todo, além combater o mal-olhado (e até vampiros!), o alho é também conhecido pelas suas propriedades terapêuticas, como por exemplo, redução de níveis de colesterol e da pressão sangüínea. Seu forte aroma deve-se à presença da alicina (óleo volátil sulfuroso) pois quando as células do alho são quebradas, libera-se uma enzima chamada aliniase que modifica quimicamente a substância alinia em alicina, que resulta no cheiro do alho. No mundo há mais de trezentos tipos de alho e é um dos mais versáteis sabores da culinária, muito utilizado na cozinha brasileira e indispensável na cozinha provençal. Polêmico como é, exige muito cuidado no seu preparo necessitando de observação de algumas dicas de como lidar com ele:
- Para tornar o alho mais digestivo, retire o pequeno germe verde que existe em seu interior.
- Para descascar vários dentes de alho, coloque-os por cinco segundos no microondas ou mergulhe-os rapidamente em água fervente. A casca deve soltar-se com facilidade.
- Ao refogar o alho em óleo ou azeite de oliva junte-o ainda no azeite frio e em fogo baixo e cuidando para que não doure muito, evitando que fique amargo.
- Assar o alho no forno com casca é uma forma de suavizar o seu sabor e aroma, deixando-o levemente adocicado.
Um dos pratos com alho mais deliciosos e conhecidos é o Espaguete ao Alho e Óleo, cuja receita segue abaixo:
Ingredientes:
(para 4 pessoas)
300 g de espaguete
4 dentes de alho
Pimenta-do-reino moída na hora
1/2 copo de azeite extra virgem
Sal
Salsa
Preparo:
Ferver a água, adicionar a massa e salgar. Quando a pasta ficar cozida, “al dente”, esquentar o azeite em uma frigideira e juntar o alho fatiado e sem a casca. Observar para não escurecer o alho, tornado-o amargo, apenas deixa-lo dourado. Escorrer a massa “al dente” e temperar com o preparo da frigideira sobre o fogão.
Servir o espaguete bem quente em pratos profundos, pré-aquecido e com um pouco de salsa picadinha por cima.
VOCÊ SABIA
Na hora de descascar o alho para o tempero, leve-o ao microondas com um pouco de água por mais ou menos dez segundos, que a casca sai bem mais fácil. Depois, para tirar aquele cheirinho do alho que fica nas mãos, é só esfregar pó de café entre elas e lavar com água e sabão.
Para não ficar com bafo de alho, recomenda-se chupar limão ou cravos da índia, beber um copo de vinho ou a melhor solução, oferecer alho às pessoas a sua volta junto com o vinho, assim ninguém notará o cheiro!
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