Alquimias gastronômicas, receitas, dicas, crônicas, curiosidades, comentários sobre vinhos, restaurantes e viagens você, irriquieto internauta, encontrará neste delicioso e democrático blog!
segunda-feira, 31 de outubro de 2011
Noite de Gala Dall'Onder
A mais elegante e glamourosa festa da Serra Gaúcha já tem data e atrações definidas. A 15ª edição da Noite de Gala dos Vinhos e Espumantes Premiados do Dall'Onder Grande Hotel ocorre no dia 4 de novembro. Entre as atrações estão cerca de 20 vinícolas, a gastronomia de três países (Itália, França e Portugal, além de uma ilha de ostras), que estará sob responsabilidades dos chefs Mané Young, de Campos do Jordão, e Orlando Baumel, de Curitiba, além, do show nacional com a banda The Originals. Cerca de mil pessoas são esperadas para o evento, que se transformou em vitrine e comemoração para as conquistas dos vinhos nacionais no exterior. O evento é realizado em três ambientes do hotel. Salão Sauvignon, Salão Chardonnay e Centro de Eventos Carmenére (este inaugurado recentemente), recebem ilhas gastronômicas, apresentações musicais e espaços de distribuição de vinhos e espumantes. A Noite de Gala é tradicional atrativo de celebridades nacionais, chefs, enófilos e amantes da alta gastronomia. Vinhos e espumantes, grandes estrelas do evento, são uma atração a parte. Apenas vinícolas premiadas internacionalmente nos dois últimos anos participam da Noite de Gala. Ao longo dos anos o encontro ganhou status de vitrine e festa de comemoração das premiações internacionais dos vinhos do Brasil. Da Itália ganham destaque elementos como tomate, anchovas, alcaparras cozidos lentamente, como feito nas casas das ruas italianas, além do ragu nos tachos, espalhando um aroma profundo e rico. O aroma de bacalhau, presente em todas as regiões lusitanas é o grande elemento da cozinha portuguesa. De Portugal, ainda, vem o cabrito; assado lentamente, deixando seu molho escorrer para acompanhá-lo na refeição. A cozinha francesa, a mais famosa do mundo, empresta elementos como o alho-poró, cogumelos, o famoso Mirepoix (combinação fantástica de cenoura, salsão e cebola); a vitela cozida em creme de leite e, enfim, molhos, muitos molhos.
Reservas de ingressos e pacotes promocionais para hospedagem no dia já podem ser feitas com Maria da Glória Todeschini pelos telefones 54 3455 3555 e 54 9966 1139 pelos emails marketing@dallonder.com.br e neca@dallonder.com.br.
sábado, 29 de outubro de 2011
Receitinha ítalo-nipônica
A mistura da dita culinária fusion, ou seja, o uso de ingredientes e técnicas diversas advindas de várias escolas gastronômicas mundiais resultando numa inusitada receita é o que inspirou-me na criação deste prato preparado durante uma destas noites quentes/frias de primavera. Os ingredientes são facilmente encontrados nos bons supermercados e o preparo, mais fácil ainda. Com vocês o ESPAGUETE AO MOLHO DE LULA EM SUA TINTA, CRISPIS DE SHIMEJI E QUEIJO PECORINO.
Ingredientes:
(para 4 pessoas)
500g de espaguete
700g de copas de lula
5ml de tinta de lula
100g de cogumelos shimeji desidratados
150g de requeijão
Um dente de alho picado
Meia cebola pequena finamente picada
Uma dose de saquê
Um fio de azeite
Pimenta preta moída e sal à gosto
Cebolinha verde picada
Queijo pecorino ralado
Preparo:
Limpe e corte as copas de lula em pedaços de cerca de dois centímetros. Aqueça uma frigideira e nela coloque um fio de azeite de oliva, a cebola e o alho picado. Assim que dourar adicione a lula em pedaços e em fogo alto “salteie” a mesma durante dois a três minutos. Junte a tinta de lula, o sal e a pimenta e refogue por mais dois minutos, mexendo sempre. Em seguida adicione o requeijão e corrija o tempero, reservando em seguida. Numa outra frigideira aqueça um fio de azeite de oliva e adicione o shimeji cortado em fatias finas. Assim que absorver o azeite, temperar com sal e pimenta e adicionar o saquê, flambando em seguida. Muito cuidado no momento de flambar. Desligar o fogo e reservar. Cozinhe o espaguete até que fique al “dente”, escorra a massa e disponha em cumbucas altas, juntando após o molho de lula, misturando bem, assim como o crispis de shimeji, a cebolinha cortada e o queijo ralado! O ideal é degustar este espaguete com o hashi, os pauzinhos de madeira da culinária japonesa.
Ingredientes:
(para 4 pessoas)
500g de espaguete
700g de copas de lula
5ml de tinta de lula
100g de cogumelos shimeji desidratados
150g de requeijão
Um dente de alho picado
Meia cebola pequena finamente picada
Uma dose de saquê
Um fio de azeite
Pimenta preta moída e sal à gosto
Cebolinha verde picada
Queijo pecorino ralado
Preparo:
Limpe e corte as copas de lula em pedaços de cerca de dois centímetros. Aqueça uma frigideira e nela coloque um fio de azeite de oliva, a cebola e o alho picado. Assim que dourar adicione a lula em pedaços e em fogo alto “salteie” a mesma durante dois a três minutos. Junte a tinta de lula, o sal e a pimenta e refogue por mais dois minutos, mexendo sempre. Em seguida adicione o requeijão e corrija o tempero, reservando em seguida. Numa outra frigideira aqueça um fio de azeite de oliva e adicione o shimeji cortado em fatias finas. Assim que absorver o azeite, temperar com sal e pimenta e adicionar o saquê, flambando em seguida. Muito cuidado no momento de flambar. Desligar o fogo e reservar. Cozinhe o espaguete até que fique al “dente”, escorra a massa e disponha em cumbucas altas, juntando após o molho de lula, misturando bem, assim como o crispis de shimeji, a cebolinha cortada e o queijo ralado! O ideal é degustar este espaguete com o hashi, os pauzinhos de madeira da culinária japonesa.
sexta-feira, 28 de outubro de 2011
Juju e o pão de queijo
Numa de minhas idas e vindas nos aeroportos deste Brasil afora, enquanto eu aguardava o check-in no balcão da TAM em Congonhas, reparei que no balcão da concorrente Gol, alguém despertava a atenção e causava um pequeno burburinho mesmo dos sisudos executivos que aguardavam na fila.
Sustentada sobre uma bota de salto 12, erguia-se dali em diante um monumento do sexo feminino. Suas pernas grossas e bem torneadas caprichosamente bem servidas de pelinhos loiros que contrastavam com a cor da pele dourada/bronzeada, estendiam-se até o início do shortinho jeans de bainha esfarrapada e provocantemente colado as suas perfeitas formas. Dali para cima apenas o piercing acusava que aquele abdômen pertencia a um ser terreno e não a uma deusa do Olimpo. Uma miniblusa branca e de agradável decote transportava dois volumes que mesmo talvez não sendo totalmente naturais ainda assim, foram muito bem construídos! E aí ao término da inspeção visual não havia como não parar em seu rosto e no cabelo loiro preso num coque atrás e com franjinha a frente. A boca escondia um sorriso encantador e o seu pequeno e arrebitado nariz dava base a um óculos azul espelhado imenso. Foi quando ainda atônito percebi que, de repente, ela não estava mais lá, havia sumido, o que me levou até mesmo a pensar que fosse uma alucinação.
Pois bem, de volta ao mundo real fui até a uma delicatessen buscar uma água para reavivar a saliva da minha boca seca. Na fila do caixa, recebo um toque no braço e uma voz feminina atrás de mim pergunta-me: “será que o pão de queijo daqui é bom? É que eu ADORO pão de queijo...”. Quem estava me questionando e fazendo link com um pobre mortal? Sim, ela mesma, a deusa do Olimpo e do check-in da Gol! “Casualmente eu vou pegar pão de queijo e se estiver bom te falo”, comentei.. “A minha avó faz um maravilhoso”, continuou a moça estampando um sorriso maroto nos lábios. “E além de pão de queijo, do que mais tu gostas... de comer?”, perguntei! “Um monte de coisas!!!” veio respondido junto com uma gargalhada inebriante.
E aquela portentosa loira de metro e oitenta desenrolou uma boa conversa naqueles minutos de fila, até que fora questionada por mim sobre a sua identidade. Calmamente com os seus dedos lânguidos ponteados por unhas pintadas imensas ela retirou o óculos, fitou-me e respondeu “ Sou Juliana Salimeni, a Juju do Pânico na TV!”. Gelei! A mulher eleita a mais sexy do mundo pela Revista VIP de 2010 e uma das capas de Playboy mais vendidas da história, estava ali, flertando comigo. Ela sorriu e enquanto mordiscava com seus lábios voluptuosos o pão de queijo complementou: “como eu adoro bater um bom papo com alguém interessante e que não está comigo só por causa de minha fama e do meu corpo”!
Em seguida puxou sua bolsa ao ombro, recolocou os óculos de sol, desprendeu-me um estalado beijo na bochecha e despediu-se com um estimulante “tchau seu fofo!” e foi-se feliz e sorridente imaginando que este homem que escreve não aproximou-se dela somente pelo seu corpo escultural... Preferi deixá-la a pensar assim, afinal de contas, por que ser tão sincero sempre?
A seguir a receita do Pão de Queijo da Juju:
Ingredientes:
500g de polvilho doce
300ml de leite
150ml de óleo de canola ou girassol
2 ovos
400g de queijo minas meia cura ralado
óleo para untar
sal a gosto
Preparo:
Coloque o polvilho em uma tigela e à parte, aquecer o leite e o óleo de canola. Assim que ferver, escaldar o polvilho com essa mistura, mexendo bem para desfazer as bolinhas. Deixe esfriar. Acrescente os ovos um a um, alternando com o queijo e sovando bem após cada junção. Unte as mãos com óleo, se for preciso. Preparar bolinhos de cerca de 2cm e colocá-los em uma assadeira untada. Levar ao forno pré-aquecido a 180º C. Assar até ficarem douradinhos e servir morno.
quinta-feira, 27 de outubro de 2011
Ora, favas!
A chegada da primavera além e trazer dias mais ensolarados e campos floridos acaba sendo uma época de colheita de muitos legumes e verduras sazonais. Entre elas uma de minhas leguminosas preferidas, a fava.
O seu cultivo remonta há séculos atrás pelas mãos de povos antigos - Gregos, Egípcios e Romanos – mas também com cultivar no Oriente Médio. Tornou-se mais conhecida por seu consumo em Portugal e no Arquipélago da Madeira onde é consumida desde o século XVI, vindo para o Brasil na época da colonização portuguesa. A fava (Vicia faba) é semelhante a uma grande vagem de feijão, dentro da qual se formam as sementes que devem ser retiradas do casulo para serem preparadas. Contém um bom percentual de proteínas e carboidratos, embora seja acanhada nas vitaminas contendo somente a B.
Diversas receitas podem ser preparadas com a fava, muitas delas com origem na cozinha portuguesa, tal como a fava com paio, fava refogada, fava e carne de porco na panela e enraizou-se na culinária de nosso país trazendo mais um leque de preparos e utilidades. Há apenas alguns anos deu a honra de apresentar-se na alta gastronomia, servindo de vedete em muitos pratos nas mais variadas combinações. A receita de hoje é um destes preparados cheios de sabor, a Bruschetta de Fava e Hortelã!
Ingredientes:
(para 4 pessoas)
1 xícara de favas frescas
1 dente de alho sem pele
5 cebolinhas verdes picadinhas
Uma colher de sopa de hortelã fresco picado
Meia xícara de maionese industrializada
Uma colher de sopa de azeite de oliva extra virgem
Suco de meio limão
Sal e pimenta do reino moída à gosto
Um pão preferencialmente italiano
Preparo:
Preparar as favas cozinhando-as em água fervente junto com o alho por cinco minutos. Em seguida escorrer e colocá-las em água com gelo para dar um choque térmico. Isso facilitará a retirada da pele da fava. Misture as favas sem pele com os demais ingredientes e metade da cebolinha verde – inclusive o alho que foi cozido - e bata no processador de forma leve apenas para macerar. Faça aos poucos e corrija os sabores adicionando mais sal ou pimenta, ou mais hortelã, de acordo com a preferência. Monte as bruschettas cortando o pão em fatias de um centímetro de espessura e de cerca de 5 a 6cm de diâmetro, regando com um fio de azeite de oliva, disponha em uma assadeira e leve ao forno pré-aquecido a 180oC por cerca de 7 minutos ou até tostar. Retire colocando sobre cada uma generosa colher da pasta processada. Regue com um fio de azeite, decore com hortelã e o resto da cebolinha e sirva de entrada.
A bruschetta surgiu no período da Antigüidade, entre os trabalhadores rurais italianos, que inventaram a fórmula para aproveitar as sobras dos pães do dia anterior. O antepasto à base de pão tostado pode ser preparado com as mais variadas combinações de patês, geléias, queijo, embutidos ou frutas. A palavra bruschetta deriva de “bruscato” que em italiano significa tostado ou torrado e tem origem nas regiões do Lazio e de Abruzzo. Na região de Toscana o antepasto é chamado “fetunta”, que na Itália quer dizer fatia untada.
Artigo publicado hoje no Jornal Gazeta do Sul
E aqui eis mais algumas receitas no preparo de favas:
Fava com Paio
Ingredientes:
400g de fava
4 colheres (sopa) de óleo
100g de toucinho defumado
1 cebola cortada em rodelas
2 dentes de alho picados
2 ou 3 gomos de paio
1 amarrado de salsa e manjericão
3 tomates picados, sem pele nem sementes
Sal e pimenta do reino à gosto
2 xícaras (chá) de caldo de carne
Preparo:
Ponha a fava numa tigela com água fria e deixe de molho de um dia para o outro. Depois, escorra e tire a pele com uma faca.Reserve. Aqueça o óleo e frite o toucinho picado, a cebola e o alho. Fure os paios com um garfo e acrescente ao refogado, junto com a fava e o amarrado de salsa e manjericão. Adicione o tomate e tempere com sal e pimenta do reino. Acrescente o caldo de carne, tampe a panela e deixe cozinhar, em fogo baixo, por 1 hora. Se achar necessário, acrescente mais caldo. Retire do fogo e elimine o amarrado de salsa e manjericão. Coloque a fava numa travessa e distribua por cima o paio cortado em rodelas. Sirva com salada.
Fava com Ovos Escalfados
Ingredientes:
1 cebola
Favas quanto baste
4 fatias de peito de peru defumado
1 cenoura
1 tomate
Meio copo de vinho branco
Ovos
Sal e azeite à gosto
Preparo:
Pique a cebola e leve-a a alourar no azeite. Acrescente o peito peru cortado em pedaços, a cenoura cortada em rodelas e o tomate picado (ou um pouco de molho de tomate). Regue com o vinho e tempere com sal. Deixe apurar um pouco. Adicione as favas e cubra com água. Deixe cozinhar. Quando as favas estiverem quase prontas, parta os ovos e coloque-os, com muito cuidado, lá dentro. Tape e deixe cozinhar sem mexer.
Salada de Favas
Ingredientes:
Meio quilo de favas
1 ramo de coentro
1 ramo de salsa
1 cebolinha perde picada
1 cebola
Azeite de oliva extra virgem
Gotas de vinagre
Sal e pimenta do reino à gosto
Preparo:
Colocar as favas num tacho com água, juntamente com o coentro, a salsa, a cebola descascada e cortada a meio, e o sal. Deixar cozinhar durante cerca de 50 minutos. Depois de cozidas, deixar as favas esfriarem e retirar a casca. Juntar às favas e temperar com azeite, vinagre e orégano.
quarta-feira, 26 de outubro de 2011
Maestrale Brut Rosé - o primeiro espumante da Sanjo
O lançamento do espumante Maestrale Brut Rosé marca a entrada da vinícola Sanjo ao segmento de Espumantes. Elaborada pelo tradicional método champenoise, uma técnica artesanal de fermentação na garrafa, que resulta em produtos de sabor autêntico.
Elaborado a partir de um corte de três uvas - a branca Chardonnay e as tintas Merlot e Cabernet Sauvignon, o espumante revela toda a complexidade e sofisticação desenvolvidas ao longo dos 20 meses em que o vinho permaneceu nas caves em contato com as leveduras no interior da garrafa – cedendo assim, notas aromáticas ricas que deixam o paladar mais intenso e sofisticado.
Ideal para ser servido como aperitivo, acompanhando canapés, frutos do mar, peixes (salmão, congrio e linguado) e outros pratos de sabor leve e delicado. O Maestrale Brut Rosé deve ser refrescado em balde de gelo a uma temperatura entre 6 e 8ºC e consumido preferencialmente em taças do tipo flute.
Ao contrário do que se indica para os vinhos tradicionais, os espumantes que seguem na preferência dos brasileiros devem ser armazenados com as garrafas em pé, para que a rolha de cortiça utilizada para tampar a garrafa preserve ao máximo a pressão e a espuma do produto quando aberto.
A Sanjo Cooperativa Agrícola de São Joaquim (SC) é uma das maiores produtoras de maçãs do Brasil. A partir de 2002, a empresa passou a investir também na produção de vinhos finos de altitude, utilizando-se dos mesmos processos de qualidade e tecnologia que integram os valores essenciais de sua fruticultura.
segunda-feira, 24 de outubro de 2011
Casa Silva Reserva Sauvignon Blanc 2010
A chegada da primavera merece um brinde e que tal com um belo e gelado vinho branco?
Os vinhos brancos refletem jovialidade, pois na sua maioria são vinhos elaborados para consumo rápido, com um ou dois anos de garrafa, mostrando-se refrescantes e ideais para acompanhar desde saladas e entradinhas até mesmo algumas sobremesas. Um belo exemplar é o chileno Casa Silva Reserva Sauvignon Blanc safra 2010, vinho de coloração amarelo-palha com nuances esverdeados, aroma bastante floral e elegante e com notas cítricas de abacaxi, pomelo e damasco. Na boca, mostra-se surpreendente, mineral e fresco, com acidez correta e paladar equilibrado, resultando num vinho refrescante e agradabilíssimo de ser degustado. Harmoniza bem com saladas, peixes de carne firme, alguns queijos e até mesmo com massas com molhos brancos não muito condimentados. Ideal ser servido na temperatura de 8 a 10°C e possui graduação alcoólica de 13%.
Os vinhos brancos refletem jovialidade, pois na sua maioria são vinhos elaborados para consumo rápido, com um ou dois anos de garrafa, mostrando-se refrescantes e ideais para acompanhar desde saladas e entradinhas até mesmo algumas sobremesas. Um belo exemplar é o chileno Casa Silva Reserva Sauvignon Blanc safra 2010, vinho de coloração amarelo-palha com nuances esverdeados, aroma bastante floral e elegante e com notas cítricas de abacaxi, pomelo e damasco. Na boca, mostra-se surpreendente, mineral e fresco, com acidez correta e paladar equilibrado, resultando num vinho refrescante e agradabilíssimo de ser degustado. Harmoniza bem com saladas, peixes de carne firme, alguns queijos e até mesmo com massas com molhos brancos não muito condimentados. Ideal ser servido na temperatura de 8 a 10°C e possui graduação alcoólica de 13%.
domingo, 23 de outubro de 2011
Brasil a gosto - A culinária tupiniquim legitimamente preparada!
São Paulo é uma cidade que pelo fato de ser gigantesca, acomoda confortavelmente todo o ecletismo representado nas raças, culturas e hábitos dos que lá se misturam. E entre tantos componentes cosmopolitas, um merece destaque: a gastronomia.
E foi em São Paulo que pude encontrar a fiel representação da culinária brasileira, tão ampla na sua diversidade e tão específica na sua localização. Uma cozinha brasileira moderna, de novos mas ao mesmo tempo tradicionais ingredientes, novas texturas e apresentações, enfim releituras daquilo que é tão nosso. O ponto em que estas linhas convergem e se encontram chama-se Brasil a Gosto, um pequeno e charmoso restaurante fincado num antigo sobrado no Bairro Jardins e comandado pela inquieta e minimalista chef Ana Luiza Trajano.
A atenciosa e competentíssima chef Ana Trajano
Do alto de sua simpatia e competência comanda diariamente a labuta na cozinha criando pratos, repetindo antigas receitas. e gerenciando uma eficiente e jovem equipe de trabalho que tão bem conduz os clientes a uma verdadeira viagem aos melhores recôncavos de sabor de nosso país. Ana tirou de suas andanças pelo mundo e pelo Brasil as idéias para os dedicados pratos servidos. Formou-se na Itália, viajou pela Europa, bateu perna pelo Brasil e trouxe para a sua mesa um resumo do que viu, mas com o filtro do seu bom gosto.
O elegante ambiente do salão
No restaurante requintadamente decorado com alguns objetos antigos e muito artesanato principalmente do Norte e Nordeste, pude provar o Menu Degustação, numa seqüência para lá de sensacional. Para beliscar foram servidos chips de raízes variadas fritos com patês diversos em curiosos potinhos cerâmicos. De entrada o palmito pupunha cozido em baixa temperatura com cobertura de tomate na manteiga de garrafa impressiona pela textura. O primeiro prato que juntou mini-acarajés, vatapá cremoso e pescada-cambucu e o pirarucu com purê de batata-doce e abóbora revelou-se digno de uma matéria especial...somente dele! O segundo prato apresentou miolo de alcatra com quirela de milho e carne de cabrito com chip de aipim frito no dendê, numa junção muito interessante.
O couvert é criativo e delicioso
E por fim a sobremesa: sorvete de nata sobre base de bananada com canudo de biju, cocadinha mole e alguns docinhos muito especiais. Um fechamento de ouro para um restaurante que conjuga qualidade, inovação e um dos melhores atendimentos de São Paulo (parêntese para o detalhe da preocupação com a satisfação do cliente: uma das eficientes atendentes percebeu que eu estava mexendo em minha máquina fotográfica e ofereceu-se perguntando se pilhas me faltavam. Disse a ela, com ar surpreso, que sim. Pediu-me um minuto e voltou com uma caixinha cheia de pilhas alcalinas para escolha! E confidenciou diante de meu ar maravilhado que além de pilhas, óculos, sombrinhas e outros equipamentos faziam parte do rol de utilidades para os clientes).
A sobremesa servida é indescritível no sabor
O Brasil a Gosto de Ana Trajano foi eleito pela Revista Veja São Paulo e Revista Gula como o “Melhor restaurante de comida brasileira” de São Paulo. E é apenas o começo desta vibrante história da culinária nacional.
A fachada do restaurante no bairro Jardins
O Restaurante Brasil a Gosto está localizado na Rua Professor Azevedo do Amaral, 70, Jardins – São Paulo /SP, fone 11.3086.3565.
E foi em São Paulo que pude encontrar a fiel representação da culinária brasileira, tão ampla na sua diversidade e tão específica na sua localização. Uma cozinha brasileira moderna, de novos mas ao mesmo tempo tradicionais ingredientes, novas texturas e apresentações, enfim releituras daquilo que é tão nosso. O ponto em que estas linhas convergem e se encontram chama-se Brasil a Gosto, um pequeno e charmoso restaurante fincado num antigo sobrado no Bairro Jardins e comandado pela inquieta e minimalista chef Ana Luiza Trajano.
A atenciosa e competentíssima chef Ana Trajano
Do alto de sua simpatia e competência comanda diariamente a labuta na cozinha criando pratos, repetindo antigas receitas. e gerenciando uma eficiente e jovem equipe de trabalho que tão bem conduz os clientes a uma verdadeira viagem aos melhores recôncavos de sabor de nosso país. Ana tirou de suas andanças pelo mundo e pelo Brasil as idéias para os dedicados pratos servidos. Formou-se na Itália, viajou pela Europa, bateu perna pelo Brasil e trouxe para a sua mesa um resumo do que viu, mas com o filtro do seu bom gosto.
O elegante ambiente do salão
No restaurante requintadamente decorado com alguns objetos antigos e muito artesanato principalmente do Norte e Nordeste, pude provar o Menu Degustação, numa seqüência para lá de sensacional. Para beliscar foram servidos chips de raízes variadas fritos com patês diversos em curiosos potinhos cerâmicos. De entrada o palmito pupunha cozido em baixa temperatura com cobertura de tomate na manteiga de garrafa impressiona pela textura. O primeiro prato que juntou mini-acarajés, vatapá cremoso e pescada-cambucu e o pirarucu com purê de batata-doce e abóbora revelou-se digno de uma matéria especial...somente dele! O segundo prato apresentou miolo de alcatra com quirela de milho e carne de cabrito com chip de aipim frito no dendê, numa junção muito interessante.
O couvert é criativo e delicioso
E por fim a sobremesa: sorvete de nata sobre base de bananada com canudo de biju, cocadinha mole e alguns docinhos muito especiais. Um fechamento de ouro para um restaurante que conjuga qualidade, inovação e um dos melhores atendimentos de São Paulo (parêntese para o detalhe da preocupação com a satisfação do cliente: uma das eficientes atendentes percebeu que eu estava mexendo em minha máquina fotográfica e ofereceu-se perguntando se pilhas me faltavam. Disse a ela, com ar surpreso, que sim. Pediu-me um minuto e voltou com uma caixinha cheia de pilhas alcalinas para escolha! E confidenciou diante de meu ar maravilhado que além de pilhas, óculos, sombrinhas e outros equipamentos faziam parte do rol de utilidades para os clientes).
A sobremesa servida é indescritível no sabor
O Brasil a Gosto de Ana Trajano foi eleito pela Revista Veja São Paulo e Revista Gula como o “Melhor restaurante de comida brasileira” de São Paulo. E é apenas o começo desta vibrante história da culinária nacional.
A fachada do restaurante no bairro Jardins
O Restaurante Brasil a Gosto está localizado na Rua Professor Azevedo do Amaral, 70, Jardins – São Paulo /SP, fone 11.3086.3565.
sábado, 22 de outubro de 2011
Guia ADEGA – Vinhos do Brasil
O mercado nacional de vinhos está aquecido e a vitivinicultura brasileira tem trabalhado intensamente ao longo dos anos para atingir patamares cada vez mais altos. Assim, no momento em que o vinho nacional começa a ser reconhecido não só dentro do Brasil, mas também fora dele, a Inner Editora, responsável pela edição das revistas ADEGA e Almanaque do Vinho, lança o Guia ADEGA – Vinhos do Brasil, publicação que oferece um amplo panorama do vinho brasileiro, apontando o que há de melhor no mercado.
O guia avaliou 275 vinhos de 66 vinícolas dos mais diversos terroirs brasileiros – que também ganharam explicações sobre suas principais características. Os melhores vinhos mereceram destaque e foram listados espumantes, brancos e tintos produzidos no Brasil. Confirmando a qualidade dos nossos rótulos, 14,5% deles receberam, no mínimo, 89 pontos, o que representa 40 amostras.
“Nas degustações às cegas das primeiras edições da ADEGA, os vinhos brasileiros ficavam em categorias separadas dos demais. Quando eles começaram a vir lado a lado com vinhos de todo o mundo, chegamos à conclusão de que mais um passo precisava ser dado de nossa parte para fazer jus à coragem dos vitivinicultores brasileiros: a elaboração de um Guia de Vinhos do Brasil”, resume Christian Burgos, publisher da Inner.
Durante todo o primeiro semestre deste ano, a equipe responsável pela avaliação dos vinhos contatou vinícolas de norte a sul do Brasil para que enviassem amostras de safras em mercado. As garrafas foram recebidas, catalogadas e degustadas às cegas.
Com 164 páginas e formato 14,5 x 20,5 cm – ideal para acompanhar o leitor nas viagens e visitas a lojas de vinho –, o Guia ADEGA – Vinhos do Brasil estará a venda nas principais bancas a partir de 15 de setembro e também ficará disponível para compra online através do site www.lojaadega.com.br por R$ 24,90.
O guia avaliou 275 vinhos de 66 vinícolas dos mais diversos terroirs brasileiros – que também ganharam explicações sobre suas principais características. Os melhores vinhos mereceram destaque e foram listados espumantes, brancos e tintos produzidos no Brasil. Confirmando a qualidade dos nossos rótulos, 14,5% deles receberam, no mínimo, 89 pontos, o que representa 40 amostras.
“Nas degustações às cegas das primeiras edições da ADEGA, os vinhos brasileiros ficavam em categorias separadas dos demais. Quando eles começaram a vir lado a lado com vinhos de todo o mundo, chegamos à conclusão de que mais um passo precisava ser dado de nossa parte para fazer jus à coragem dos vitivinicultores brasileiros: a elaboração de um Guia de Vinhos do Brasil”, resume Christian Burgos, publisher da Inner.
Durante todo o primeiro semestre deste ano, a equipe responsável pela avaliação dos vinhos contatou vinícolas de norte a sul do Brasil para que enviassem amostras de safras em mercado. As garrafas foram recebidas, catalogadas e degustadas às cegas.
Com 164 páginas e formato 14,5 x 20,5 cm – ideal para acompanhar o leitor nas viagens e visitas a lojas de vinho –, o Guia ADEGA – Vinhos do Brasil estará a venda nas principais bancas a partir de 15 de setembro e também ficará disponível para compra online através do site www.lojaadega.com.br por R$ 24,90.
quinta-feira, 20 de outubro de 2011
Perfeição!
Quando eu era mais jovem – o que não faz tanto tempo assim, convenhamos! – vivia envolto com várias namoradas, nem sempre em relações academicamente monogâmicas, afinal de contas, a ordem era aproveitar e ser feliz. Pois bem, foi naquela época que conheci a Mel, uma belíssima namoradinha aportada em minha vida pelo destino. A Mel foi paixão a primeira vista: ela me viu - eu a vi - e a sintonia do olhar ajustou-se de imediato.
Era detentora de um longo cabelo loiro e mexas castanhas, dona de uma boca voluptuosa que exibia um largo sorriso estampado em muitas sessões ortodônticas. Seu corpo curvilíneo estava abraçado por um curto vestido branco que deixava a mostra boa parte de suas pernas longas e esguias. Acabamos nos conhecendo naquela noite e, em poucas semanas, eu já estava freqüentando a casa dela. Num belo almoço de domingo na casa do então sogro, enquanto virava os espetos levados a churrasqueira, refleti sobre algo perturbador: a Mel era bonita, inteligente, estudante de direito laureada nas notas, filha de boa família, charmosa, financeiramente estável e estava completamente apaixonada por mim! Uma perfeição! Não podia ser verdade! Percebi, ali, enquanto cortava um pedaço de maminha, que não iria suportar alguém tão deveras perfeita vivendo todos os dias da minha vida ao meu lado! Pensei muito nisso alguns dias e decidi desaparecer de sua vida sem dar notícias ou explicações. Sumi!
Passado alguns anos, a reencontrei - por força do destino - ainda mais altiva do que quando nos conhecemos. De imediato ela reconheceu-me mas temi por sua reação quando proferiu-me um suntuoso “olá”. Convidei-a para um café, conversamos um pouco e logo combinamos de jantar em algum restaurante oportuno. Papo vai e papo vêm, uma taça de vinho carmenére – as mulheres adoram carmenére! – outra taça e logo estávamos juntos. Eu, entusiasmado, falei de mim, sobre o que estava fazendo, do que gostava, ela idem, agora juíza, ainda solteira e o universo acabou conspirando a favor nos empurrando para um novo affair. Mas desta vez eu estava convicto que não perderia aquela mulher perfeita por nada! Logo, eu estava apaixonado!
Combinamos de passar um final de semana na orla, frente mar, espumante gelado, flores, poesias, aquelas coisas de homem apaixonado. Eu iria cozinhar para ela um de meus pratos favoritos... Viajei antes, preparei tudo e a aguardei no dia seguinte. Mas ela não apareceu. Sumiu! Mandou-me apenas um breve bilhete, escrito a mão e dobrado ao meio: “Não posso! Você é muito perfeito para mim e... ainda cozinha! Desculpe-me. Um beijo e até algum dia”.
Fiquei surpreso mas não entristecido, pois dei-me conta de que muita perfeição junta não teria como dar certo!
Segue a receita “perfeita” do CANAPÉ DE SALMÃO DEFUMADO, que acabou não sendo servido a Mel!
Ingredientes:(para 2 pessoas)
Um pacote de torradinhas para canapé ou pão de sanduíche preto cortado em quadradinhos de cerca de 4cm
100g de salmão defumado em fatias
50g de cream cheese
Meia abacate cortado em cubos de cerca de 1cm
Um limão
Pitadas de endro desidratado
Pimenta branca moída à gosto
Preparo:Se a opção for o pão de sanduíche preto, tirar a casca de cada fatia e cortar em 4 pedaços. Levar ao forno pré-aquecido por cerca de 5 minutos a 200°C. Reservar. Temperar os cubos de abacate com o suco do limão, colocando uma a duas gotas em cada para não dar muita citricidade. Rasgar com a mão pequenos pedaços de salmão defumado e montar o canapé distribuindo em cada pãozinho meia colher de chá de cream cheese, depois o salmão defumado, o abacate e por fim o endro para decorar. Temperar com a pimenta branca e servir.
terça-feira, 18 de outubro de 2011
Brindando a ousadia: a Utopia de Camarão!
Na última enquete feita por este blog a preferência do internauta na pergunta “qual o seu fruto do mar preferido?” foi pelo camarão, com 63% dos votos, seguido pelo bacalhau com 18%. O camarão ainda é a vedete da maioria dos a la carte distribuidos nos menus dos restaurantes, principalmente no Brasil. Flexível no preparo, o camarão possui vários tipos espalhados pela costa de nosso país-continente:
- Camarão Branco: graúdo com até 20cm de comprimento é encontrado em alto mar e geralmente pescado profissionalmente;
- Camarão Rosa: pesca profissional em alto mar e um pouco menor que o branco;
- Camarão Laguna: pesca artesanal de lagoa ou cativeiro;
- Camarão 7 barbas: também conhecido como “de areia” é de pesca artesanal atinge 7 a 8cm no máximo;
- Camarão Santana ou Vermelho: pesca profissional, muito confundido com rosa, porém com pouco valor comercial por ser um camarão de textura um tanto quanto massudo.
No Jantar dos Cozinheiros da Liga Feminina de Combate ao Câncert de Santa Cuz do Sul deste ano apresentei uma criação com o referido fruto do mar em conjunto com o amigo e parceiro de cozinha Sandro Laste, prato denominado Utopia de Camarão ou na nomenclatura explicativa “camarão salteado em manteiga de açafrão e alho negro e provençal de cheiro verde; crostini de polenta com leite de côco coberto com patê de ricota defumada, cream cheese e haddock em molho demi glace desconstruído”.
O prato Utopia de Camarão
A junção destes diferentes sabores resultou numa nova e única construção culinária idealizada para homenagear a ousadia e criatividade da cozinha contemporânea brasileira, elaborada e servida a quatro mãos, no jantar benemerente as nobres causas da LFCC.
Criar um novo prato não é uma tarefa fácil, pois exige muito conhecimento técnico e uma certa habilidade sensorial elevada, afinal de contas dosar seus sabores, manter as características originais de cada um de seus principais elementos, fazer as correções necessárias em busca da excelência do sabor e pensar numa apresentação e decoração elegante são apenas alguns predicativos a serem seguidos. Alguns ingredientes e preparos podem parecer desconfortáveis aos olhos, mas com uma boa dose de parcimônia e dedicação os mistérios da receita do comentado Utopia de Camarão poderão ser elucidados em 4 didáticos atos a seguir, apresentados nesta e na próxima semana, passo à passo, oferecendo ao leitor a possibilidade de mergulhar no universo criativo da culinária amadora mas ainda assim sedutora e apreciativa.
O amigo Sandro Laste e este colunista num dos testes do prato
Primeiro Ato: o Molho Demi Glace Desconstruido:
O molho demi glace é preparado a partir de um fundo de carne escuro bovino e mais o molho espanhol, e é obtido pela redução de partes iguais destes dois molhos até atingirem um quarto do seu volume original. O demi glace possui sabor rico e complexo, cor marrom escuro e textura encorpada. O fundo escuro de carne bovina leva cerca de quatro quilos de ossos bovinos limpos, óleo de canola ou soja, água, uma mistura de mirepoix (cebola, salsão e cenoura picados), extrato de tomate e sache de ervas como estragão, alecrim entre outras. Os ossos são assados no forno e depois levados a panela, somados os ingredientes e cozidos por várias horas. Já o molho espanhol utiliza farinha de trigo, manteiga, caldo de carne, vinho branco seco, extrato de tomate, bacon, cenoura e cebola entre outras coisas. Ambas receitas destes molhos requerem preparo de quase um dia de trabalho portanto a dica é adquirir este molho pré-pronto em mercado ou delicatessens. Assim que o demi glacê fica pronto numa consistência quase gelatinosa, “desconstrói-se” o mesmo levando-o novamente ao fogo, adicionando a mesma quantidade de água fervente, mexendo bem e coando-o, separando o mosto do líquido e depois encorpando-o delicadamente com um roux claro, que nada mais é que manteiga aquecida com farinha de trigo bem misturada.
Uma das apresentações testadas
Segundo Ato: o Crostini de Polenta com Leite de Coco:
O termo crostini significa na culinária italiana um pão ciabata que é levado ao forno para ser tostado ou torrado e que depois serve de base para variadas coberturas de patês, legumes e queijos. Utilizou-se este conceito para criar o crostini de polenta, ou seja, prepara-se uma tradicional polenta onde além de seus habituais ingredientes coloca-se uma quantidade de leite de côco, atribuindo um sabor que irá casar mais harmonicamente com o camarão que comporá o prato. A polenta deve atingir uma consistência firme e ao ser aberta em formas, observar altura média de dois centímetros. Após o esfriamento usa-se discos de aço inox para cortar as polentas em “bolachas” individuais com cerca de sete centímetros de diâmetro. Finaliza-se estas polentas no forno besuntadas com um fio de azeite de oliva, assadas em assadeiras untadas com manteiga por cerca de vinte minutos.
Terceiro Ato: o Patê de Cream Cheese, Ricota Defumada e Haddock
O haddock é um peixe da família do bacalhau e é encontrado no Brasil somente defumado e que sugere diversas preparações. Utiliza-se um a parte pequena cozida por cerca de um minuto no microondas e depois é levado ao processador junto com o cream cheese e a ricota defumada esmigalhada batendo vigorosamente. Esta mistura é levada a um bowl de cerâmica ou metal onde adiciona-se mais outra parte da ricota, um pouco mais de cream cheese e queijo parmesão ralado, além de pimenta do reino moída na hora para ser mexida para incorporar os ingredientes.
O laboratório e a alquimia
Quarto Ato: o Camarão Salteado em Manteiga de Açafrão e Alho Negro e Provençal de Cheiro Verde
Inicialmente deve ser preparada a manteiga de açafrão que sugere uma fácil tarefa, pois basta levar os tabletes de manteiga ao microondas por cerca de 20 segundos para amolecerem. Num recipiente adicionar esta manteiga e juntar as especiarias como o alho negro picadinho, o açafrão em pó em quantidade até alaranjar a mistura, o gengibre em pó, a páprica picante e os demais temperos como alho em pasta, sal e pimenta do reino moída na hora. Mexer bem e dispor pequenas quantidades formando cilindros desta manteiga em papel alumínio. Deve ser enrolado e levado a geladeira para readquirir consistência e conservar. Para este preparo é necessário eviscerar o camarão preferencialmente de tamanho grande restando apenas a rabeta e temperá-lo pouco antes de saltear com cheiro verde picadinho, alho em pasta, gengibre picadinho e pimenta preta. Aquecer uma frigideira com pedaços da manteiga aromatizada e em fogo alto saltear os camarões temperando apenas com sal.
A apresentação ao público no Jantar dos Cozinheiros 2010
Por fim basta a montagem do prato cuidando para não se ter uma poluição visual ou o uso de ingredientes que discordem da proposta de sabor. Uma boa e limpa forma de monta-lo é dispondo no centro do prato o crostini de polenta, por cima deste uma generosa colher de patê e sobre este uma unidade do camarão salteado. Envolver a polenta com uma concha do molho demi glace e decorar usando ceboullettes e raspas de limão siciliano desidratadas com salsinha. Após uma longa jornada de muito estudo, troca de idéias, provas, preparos, montagens e apresentações chega-se ao ápice que é servir tal criação e ver no rosto dos comensais o sorriso de satisfação estampado que paga todo o investimento criativo de um gourmet.
- Camarão Branco: graúdo com até 20cm de comprimento é encontrado em alto mar e geralmente pescado profissionalmente;
- Camarão Rosa: pesca profissional em alto mar e um pouco menor que o branco;
- Camarão Laguna: pesca artesanal de lagoa ou cativeiro;
- Camarão 7 barbas: também conhecido como “de areia” é de pesca artesanal atinge 7 a 8cm no máximo;
- Camarão Santana ou Vermelho: pesca profissional, muito confundido com rosa, porém com pouco valor comercial por ser um camarão de textura um tanto quanto massudo.
No Jantar dos Cozinheiros da Liga Feminina de Combate ao Câncert de Santa Cuz do Sul deste ano apresentei uma criação com o referido fruto do mar em conjunto com o amigo e parceiro de cozinha Sandro Laste, prato denominado Utopia de Camarão ou na nomenclatura explicativa “camarão salteado em manteiga de açafrão e alho negro e provençal de cheiro verde; crostini de polenta com leite de côco coberto com patê de ricota defumada, cream cheese e haddock em molho demi glace desconstruído”.
O prato Utopia de Camarão
A junção destes diferentes sabores resultou numa nova e única construção culinária idealizada para homenagear a ousadia e criatividade da cozinha contemporânea brasileira, elaborada e servida a quatro mãos, no jantar benemerente as nobres causas da LFCC.
Criar um novo prato não é uma tarefa fácil, pois exige muito conhecimento técnico e uma certa habilidade sensorial elevada, afinal de contas dosar seus sabores, manter as características originais de cada um de seus principais elementos, fazer as correções necessárias em busca da excelência do sabor e pensar numa apresentação e decoração elegante são apenas alguns predicativos a serem seguidos. Alguns ingredientes e preparos podem parecer desconfortáveis aos olhos, mas com uma boa dose de parcimônia e dedicação os mistérios da receita do comentado Utopia de Camarão poderão ser elucidados em 4 didáticos atos a seguir, apresentados nesta e na próxima semana, passo à passo, oferecendo ao leitor a possibilidade de mergulhar no universo criativo da culinária amadora mas ainda assim sedutora e apreciativa.
O amigo Sandro Laste e este colunista num dos testes do prato
Primeiro Ato: o Molho Demi Glace Desconstruido:
O molho demi glace é preparado a partir de um fundo de carne escuro bovino e mais o molho espanhol, e é obtido pela redução de partes iguais destes dois molhos até atingirem um quarto do seu volume original. O demi glace possui sabor rico e complexo, cor marrom escuro e textura encorpada. O fundo escuro de carne bovina leva cerca de quatro quilos de ossos bovinos limpos, óleo de canola ou soja, água, uma mistura de mirepoix (cebola, salsão e cenoura picados), extrato de tomate e sache de ervas como estragão, alecrim entre outras. Os ossos são assados no forno e depois levados a panela, somados os ingredientes e cozidos por várias horas. Já o molho espanhol utiliza farinha de trigo, manteiga, caldo de carne, vinho branco seco, extrato de tomate, bacon, cenoura e cebola entre outras coisas. Ambas receitas destes molhos requerem preparo de quase um dia de trabalho portanto a dica é adquirir este molho pré-pronto em mercado ou delicatessens. Assim que o demi glacê fica pronto numa consistência quase gelatinosa, “desconstrói-se” o mesmo levando-o novamente ao fogo, adicionando a mesma quantidade de água fervente, mexendo bem e coando-o, separando o mosto do líquido e depois encorpando-o delicadamente com um roux claro, que nada mais é que manteiga aquecida com farinha de trigo bem misturada.
Uma das apresentações testadas
Segundo Ato: o Crostini de Polenta com Leite de Coco:
O termo crostini significa na culinária italiana um pão ciabata que é levado ao forno para ser tostado ou torrado e que depois serve de base para variadas coberturas de patês, legumes e queijos. Utilizou-se este conceito para criar o crostini de polenta, ou seja, prepara-se uma tradicional polenta onde além de seus habituais ingredientes coloca-se uma quantidade de leite de côco, atribuindo um sabor que irá casar mais harmonicamente com o camarão que comporá o prato. A polenta deve atingir uma consistência firme e ao ser aberta em formas, observar altura média de dois centímetros. Após o esfriamento usa-se discos de aço inox para cortar as polentas em “bolachas” individuais com cerca de sete centímetros de diâmetro. Finaliza-se estas polentas no forno besuntadas com um fio de azeite de oliva, assadas em assadeiras untadas com manteiga por cerca de vinte minutos.
Terceiro Ato: o Patê de Cream Cheese, Ricota Defumada e Haddock
O haddock é um peixe da família do bacalhau e é encontrado no Brasil somente defumado e que sugere diversas preparações. Utiliza-se um a parte pequena cozida por cerca de um minuto no microondas e depois é levado ao processador junto com o cream cheese e a ricota defumada esmigalhada batendo vigorosamente. Esta mistura é levada a um bowl de cerâmica ou metal onde adiciona-se mais outra parte da ricota, um pouco mais de cream cheese e queijo parmesão ralado, além de pimenta do reino moída na hora para ser mexida para incorporar os ingredientes.
O laboratório e a alquimia
Quarto Ato: o Camarão Salteado em Manteiga de Açafrão e Alho Negro e Provençal de Cheiro Verde
Inicialmente deve ser preparada a manteiga de açafrão que sugere uma fácil tarefa, pois basta levar os tabletes de manteiga ao microondas por cerca de 20 segundos para amolecerem. Num recipiente adicionar esta manteiga e juntar as especiarias como o alho negro picadinho, o açafrão em pó em quantidade até alaranjar a mistura, o gengibre em pó, a páprica picante e os demais temperos como alho em pasta, sal e pimenta do reino moída na hora. Mexer bem e dispor pequenas quantidades formando cilindros desta manteiga em papel alumínio. Deve ser enrolado e levado a geladeira para readquirir consistência e conservar. Para este preparo é necessário eviscerar o camarão preferencialmente de tamanho grande restando apenas a rabeta e temperá-lo pouco antes de saltear com cheiro verde picadinho, alho em pasta, gengibre picadinho e pimenta preta. Aquecer uma frigideira com pedaços da manteiga aromatizada e em fogo alto saltear os camarões temperando apenas com sal.
A apresentação ao público no Jantar dos Cozinheiros 2010
Por fim basta a montagem do prato cuidando para não se ter uma poluição visual ou o uso de ingredientes que discordem da proposta de sabor. Uma boa e limpa forma de monta-lo é dispondo no centro do prato o crostini de polenta, por cima deste uma generosa colher de patê e sobre este uma unidade do camarão salteado. Envolver a polenta com uma concha do molho demi glace e decorar usando ceboullettes e raspas de limão siciliano desidratadas com salsinha. Após uma longa jornada de muito estudo, troca de idéias, provas, preparos, montagens e apresentações chega-se ao ápice que é servir tal criação e ver no rosto dos comensais o sorriso de satisfação estampado que paga todo o investimento criativo de um gourmet.
domingo, 16 de outubro de 2011
Sabor e sensibilidade
Cheiroso e muito perfumado, o manjericão, planta sensível e frágil, é originário da Índia, onde é tido como uma planta sagrada e pouco usada na culinária, mas sim plantado nas portas das casas para espantar assim, o mal olhado. Há 4 mil anos, os hindus, responsáveis pela cultura do manjericão, o exportaram para o Egito. Seu nome científico é Ocimum Basilicum e é composto de cálcio e vitaminas A e B2. Seu nome quer dizer "planta do rei" e foi introduzido na Europa na antigüidade onde devido à forma de suas folhas, (coração), era considerado símbolo do amor, na Itália, e do luto, na Grécia.
As folhas verdes e aromáticas são utilizadas no preparo de saladas, molhos, sopas, temperos, pizzas e variada decoração de pratos. Grande parte da fama do manjericão se deve à culinária italiana, onde reina há séculos nos melhores pratos de sua cozinha. Seu casamento com o tomate, sua “alma gêmea” na culinária, foi fundamental para ser conhecido em todo o mundo. Também se tornou célebre por sua utilização na pizza Margherita, feita em homenagem a rainha de mesmo e na deliciosa Insalata Caprese. Mas sua receita mais famosa é mesmo a do pesto genovês (um molho feito com folhas de manjericão, pinólis ou nozes, óleo de oliva, alho e queijo parmesão ou pecorino, triturados em pilão).
Como o seu sabor se perde com o cozimento, assim como seus princípios ativos, é conveniente adicioná-lo ao prato, no final do cozimento. O vinagre não combina muito bem com o manjericão, pois a erva combina melhor com o azeite e limão.
O manjericão favorece aos que têm digestão difícil, gazes, asia, dores de cabeça em conseqüência de alimentação pesada ou inadequada. Facilita o funcionamento dos intestinos, é diurético. Também têm propriedades antifúngicas, analgésicas, anti-estresse e antidepressivas.
Oriunda da ilha de Capri, na Itália, a Insalata Caprese citada anteriormente tem união perfeita do manjericão e da muzzarella de búfala. E a receita segue adiante:
Ingredientes:200g de muzzarella de búfala
2 tomates médios bem maduros
Folhas de manjericão basílico
Azeite de oliva extra-virgem
Sal à gosto
Pimenta-do-reino moída
Preparo:Cortar as “bolas” de muzzarella de búfala em fatias de cerca de meio centímetro de espessura, assim como os tomates. Separar as melhores e maiores folhas de manjericão e que sejam em mesmo número que as fatias de tomate. Cuidado para não lavar o manjericão, pois o ideal é passar um pincel de cozinha ou então um algodão para tirar as impurezas. A montagem é fácil: em um prato ir colocando uma fatia de tomate, depois uma de muzzarella, por fim o manjericão e iniciar o processo novamente, formando uma bela e colorida sobreposição. Temperar com sal, pimenta e regar com o azeite de oliva. Servir em seguida.
As folhas verdes e aromáticas são utilizadas no preparo de saladas, molhos, sopas, temperos, pizzas e variada decoração de pratos. Grande parte da fama do manjericão se deve à culinária italiana, onde reina há séculos nos melhores pratos de sua cozinha. Seu casamento com o tomate, sua “alma gêmea” na culinária, foi fundamental para ser conhecido em todo o mundo. Também se tornou célebre por sua utilização na pizza Margherita, feita em homenagem a rainha de mesmo e na deliciosa Insalata Caprese. Mas sua receita mais famosa é mesmo a do pesto genovês (um molho feito com folhas de manjericão, pinólis ou nozes, óleo de oliva, alho e queijo parmesão ou pecorino, triturados em pilão).
Como o seu sabor se perde com o cozimento, assim como seus princípios ativos, é conveniente adicioná-lo ao prato, no final do cozimento. O vinagre não combina muito bem com o manjericão, pois a erva combina melhor com o azeite e limão.
O manjericão favorece aos que têm digestão difícil, gazes, asia, dores de cabeça em conseqüência de alimentação pesada ou inadequada. Facilita o funcionamento dos intestinos, é diurético. Também têm propriedades antifúngicas, analgésicas, anti-estresse e antidepressivas.
Oriunda da ilha de Capri, na Itália, a Insalata Caprese citada anteriormente tem união perfeita do manjericão e da muzzarella de búfala. E a receita segue adiante:
Ingredientes:200g de muzzarella de búfala
2 tomates médios bem maduros
Folhas de manjericão basílico
Azeite de oliva extra-virgem
Sal à gosto
Pimenta-do-reino moída
Preparo:Cortar as “bolas” de muzzarella de búfala em fatias de cerca de meio centímetro de espessura, assim como os tomates. Separar as melhores e maiores folhas de manjericão e que sejam em mesmo número que as fatias de tomate. Cuidado para não lavar o manjericão, pois o ideal é passar um pincel de cozinha ou então um algodão para tirar as impurezas. A montagem é fácil: em um prato ir colocando uma fatia de tomate, depois uma de muzzarella, por fim o manjericão e iniciar o processo novamente, formando uma bela e colorida sobreposição. Temperar com sal, pimenta e regar com o azeite de oliva. Servir em seguida.
sábado, 15 de outubro de 2011
Azeitando! Olivas do Sul - o primeiro azeite de oliva extra virgem produzido em escala comercial no Brasil
Há mais de 6 mil anos o óleo proveniente das oliveiras era usado pelos povos da Mesopotâmia – hoje Iraque - como um agente protetor da pele contra o frio, quando untada com ele. Para extração do azeite a Síria Antiga é que primeiramente explorou o cultivo de oliveiras sendo comercializado pelos povos egípcios e armênios. A propagação da cultura do azeite pelas demais regiões mediterrâneas, provavelmente, deve ter ocorrido por meio dos fenícios e dos gregos. Trazidas pelos portugueses as mudas de oliveiras espalharam-se pelo território do Brasil Colônia servindo de sombra, alimento e óleo caseiro.
Mas foi somente no ano passado, pelas mãos de um empreendedor que o Brasil plantou, centrifugou e engarrafou o primeiro azeite de oliva virgem extra com fins comerciais e bem pertinho daqui, em Cachoeira do Sul. O projeto Olivas do Sul iniciou pelo olhar entusiasta de José Alberto Aued, engenheiro aposentado, que pesquisou, leu, viajou as regiões produtivas do globo e decidiu apostar num projeto ousado: o plantio de oliveiras em pleno Rio Grande do Sul e mais, extrair e engarrafar um azeite de oliva extra-virgem de qualidade mundial. Localizado a cerca de 4 km de Cachoeira do Sul, na localidade de Alto dos Casemiros, os doze hectares plantados com as variedades Arbequina e Arbosana deram os primeiros frutos com oliveiras com apenas três anos e meio, enquanto o normal são as frutíferas produzirem a partir do sétimo ou oitavo ano.
O primeiro lote de azeite virgem extra foi engarrafado no ano passado e a safra 2010 pontuada entre as melhores do mundo, já no primeiro ano de vida, pelo respeitado guia italiano Flos Olei com acidez de apenas 0,4% que foi superada pela safra 2011, já a venda nas gôndolas dos supermercados, que apresenta apenas 0,3% de acidez. Depois disto o “suco da azeitona” nunca foi tão referenciado e a tamanha visibilidade cabe unicamente ao empresário Aued.
O empresário aposta numa variedade de azeitona grega - a koroneike - como a grande representante brasileira nos próximos anos, as quais mudas e árvores juvenis ele está cuidando como se fossem um filho caçula. Vários empreendimentos ligados ao plantio e extração estão saindo do papel no estado, alguns com mais de quatrocentos hectares de oliveiras localizados em Caçapava do Sul, Bagé, Dom Pedrito, Canguçú, Vacaria e Santana do Livramento cujas condições de clima e solo colaboram para a olivicultura.
Na degustação o Olivas do Sul Arbequina Virgem Extra 2011 mostrou-se um azeite leve, fresco, aromático e amplo, capaz de harmonizar muito bem com saladas, como complemento de sabores na finalização de alguns pratos e em carreira solo, apenas degustado com pedaços de pães. Sua cor é amarelo dourado com reflexos esverdeados. Na boca traz leveza e frutado, diferente dos azeite normais extra virgem – principalmente alguns produzidos na Europa – que são pesados e excessivamente untuosos na boca, trazendo a lembrança de herbáceo do campo e amêndoas.
Aued além de ser um entusiasta e conhecer todos os entremeios produtivos é um apreciador de vinhos, tanto que produz os seus próprios, um ótimo espumante extra brut - o Alberto Maria - pelo método champenoise de chardonnay e pinot noir e um tinto cabernet sauvignon, com parreirais plantados junto as oliveiras, num casamento perfeito que mostra uma nova perspectiva para a viticultura gaúcha: bons vinhos com bons azeites!
As variedades:
A Olivas do Sul Agroindústria possui 3 variedades de oliveiras plantadas:
- arbequina: de origem espanhola, é uma das variedades mais conhecidas, com frutos com grande percentual de extração de óleo e é originário de Arberca, na Catalunha, por isso o seu nome. É um azeite aromático, frutado e fresco, com agradáveis toques herbáceos. Equilibrado, doce e com boca trazendo leve picância, amêndoa verde, maçã, tomate e alcachofra.
- arbosana: é um azeite que revela um frutado médio, com notas de tomates maduros, picância média, também chá verde e camomila, com leve amargor ao final.
- koroneike: de origem grega, representando dois terços das olivas cultivadas naquele país. É frutado, com toques de maçã verde e grama, possui picância mais presente e um leve amargor. Herbáceo, frutado verde e nozes são remetidos à lembrança. Esta variedade ainda não está em fase de colheita e produção.
Para Aued a explicação de tamanha qualidade, segundo ele, está na localização das oliveiras, entre o paralelo 30º e 45º, em Cachoeira do Sul. “Esta é a faixa ideal”, pois a escolha do tipo de cultivar, preparo do solo, precipitação, clima, o ponto exato de maturação do fruto e a tecnologia para extração estão diretamente relacionados com o resultado do azeite final. Para trazer tamanha qualidade as mudas, Aued equilibrou o PH do solo, montou um laboratório de pesquisas e uma ampla estufa na qual as mudas se desenvolvem antes de irem ao solo. Testou e escolheu a variedade correta e ainda mesclou variedades intercaladas para trazer o máximo de produtividade e pureza do pomar. Com isso, o método tradicional de prensagem a frio quase não existe mais e classifica-se o azeite segundo seu processo de produção da seguinte forma:
Azeite Extra Virgem De OlivaÉ o azeite de oliva de primeiríssima qualidade, extraído de azeitonas maduras, rigorosamente selecionadas. É o produto da primeira prensagem das olivas e não passa por nenhum tipo de refino químico, por isso sofre menos oxidação e perda de nutrientes. O azeite não pode passar de 0,8% de acidez e nem apresentar defeitos.
Azeite Virgem De OlivaÉ o azeite de oliva extraído de frutas que não apresentam rigorosamente as qualidades e especificações para serem utilizadas para um azeite Extra Virgem.
Azeite Puro De OlivaÉ o azeite de oliva resultante de nova prensagem da pasta que sobrou após a extração do azeite de oliva extra virgem, adicionando-se a esta as frutas rejeitadas na seleção das olivas para extração do azeite extra virgem. É um azeite puro, porém com o teor de acidez e de pureza alterados, sensível ao paladar humano.
Azeite Fino De Oliva
Este azeite é adquirido através de nova prensagem do bagaço resultante do processo de extração do azeite de oliva puro, utilizando-se ainda métodos auxiliares, como calor e lavagem para obtenção de melhores resultados. O sabor do suco adquirido através deste processo fica fortemente alterado.
Azeite De Oliva
Trata-se na maioria das vezes de outros tipos de óleos vegetais (por exemplo óleo de soja) ao qual é adicionada pequena quantidade de azeite de oliva (normalmente do tipo puro ou fino) para dar um leve sabor de oliva. É obtido da mistura do azeite lampante, inadequado ao consumo, reciclado por meio de processos físico-químicos e sua mistura com azeite virgem e extra-virgem.
Diferentemente da uva onde a colheita é efetivada no ponto de maturação ideal, a azeitona pode ser colhida em diferentes estágios de amadurecimento sinalizado pela cor do fruto: passa do verde ao violáceo até chegar ao roxo-escuro e ao negro. Durante a mudança de cor, o azeite vai se formando na polpa da azeitona. E o grau de maturação do fruto é um dos fatores determinantes no sabor do azeite. O empresário lembra que o ponto ideal de colhimento é a cor lilás, estágio que aponta a melhor qualidade do azeite a ser extraído, mas o ponto que mais azeite se tira da azeitona é quando a coloração negra toma conta do fruto, mas neste ponto a qualidade do óleo já não é a mesma. Também o sumo da azeitona pode adquirir aromas mais ou menos frutados, e pode ter maior ou menor picância e amargor dependendo da variedade e da época em que o fruto for colhido. Quanto mais tarde, mais amarelo para dourado fica a cor do azeite e mais doces os sabores. Quanto mais cedo for a colheita, o azeite nasce mais jovem e fresco, mais esverdeado na cor, frutado no nariz e amargo e picante na boca fica o azeite.
E os bons olivas virgem extra devem ser consumidos logo, pois diferentemente dos vinhos o passar do tempo pode estragá-los.
O processo de produção do azeite Olivas do Sul pode ser resumido na seguinte ordem:
1. Lavagem da fruta e a retirada das folhas;
2. As frutas são trituradas até atingir a granulação correta;
3. As frutas são batidas para que as moléculas do óleo se juntem, formando gotas;
4. É obtida uma pasta que, após processada, resulta em água e óleo. Em poucos minutos o óleo fica por cima da água, iniciando-se o processo de retirada.
A Olivas do Sul apresenta o seguinte perfil:
- pomar formado há três anos e meio;
- 12 hectares cultivados e mais 8 em preparação;
- possui 350 oliveiras plantadas por hectare;
- a cada 7 kg de azeitonas produz 1 litro de azeite de oliva;
- produz atualmente 1,5 mil litros de azeite de oliva extra virgem;
- possui um processo mecanizado e de última geração na extração do azeite.
A produção mundial de azeite de oliva chega a 2 milhões de toneladas o que significa 4% da produção mundial de óleos vegetais. Os maiores produtores são: Espanha, Itália, Grécia, Tunísia e Turquia. A América do Sul apresenta vários pomares e conseqüente produção mais representativa na Argentina, Chile e Uruguai.
Olivas do Sul Agroindústria Ltda, Rua João Trevisan, 455 | Cachoeira do Sul | RS | Brasil CEP 96501-541 fone 51. 3722.6714, site www.olivasdosul.com.br
quarta-feira, 12 de outubro de 2011
Os vinhedos de Encruzilhada do Sul
Quando se fala em diversificação da economia o caminho parece ser longo, difícil e doloroso, principalmente porque ocorre mudança e a mudança é desconfortável. Mas quando a comunidade e o empreendedorismo se unem o sucesso fica muito palpável. E é isso que está acontecendo com um município vizinho ao nosso antes conhecido como a “Terra da Ovelha” e agora já como a “Terra da Ovelha e do Vinho”.
Encruzilhada do Sul está se firmando como o segundo pólo viticultor ficando atrás apenas da Serra Gaúcha. A paisagem para quem está chegando na cidade dá a impressão de que é um pedaço da Itália, com o sol latente, a brisa fria e os parreirais que acompanham o asfalto e os olhos até perder de vista. Seu clima e solo são ideais ao cultivo de uvas varietais – aquelas destinadas à produção de vinhos finos. O município fica situado na região chamada Serra do Sudeste onde os solos são originados de rochas graníticas, arenosos e com baixa retenção de umidade. A altitude do município fica 427 metros acima do nível do mar, em média. O clima tem como principais características temperaturas médias anuais em torno de 17°C, com dias quentes e secos e noites frias com uma variação média de quase 10oC. Durante o período de setembro a março a insolação alcança mais de 1500 horas de sol bem acima das 1250 horas que é o mínimo necessário para a videira. Essas condições contribuem para uma uva com bastante grau de açúcar o que gera bom percentual alcoólico e uma qualidade superior ao vinho além de baixa acidez e excelente concentração de matérias corantes e aromas.. Descoberta há mais de dez anos por algumas vinícolas gaúchas – hoje já conta com dezesseis – começou há pouco mais de três anos a sua vindima e, pasmem, já expressando vinhos com mais de 15% de álcool, semelhante em estrutura aos originários do Nappa Valley na Califórnia. E mais, comenta-se que a safra deste ano está sendo considerada a melhor de todas. São cultivados mais de 360 hectares de vinhedos e neles estão sendo feitos testes com novas uvas inéditas no Brasil e que vêm se adequando muito bem ao gosto dos enólogos responsáveis.
Entre as novas castas podemos elencar a Tempranillo, a Teroldego, a Touriga Nacional e a Barbera quase todas originárias da Europa. Podem ser encontradas extensões das vinícolas Casa Valduga, Angheben, Garibaldi, Dal Pizzol, Tormentas e Lídio Carraro entre outras, cada qual com vinhedos próprios e outro tanto produzido em parceria com viticultores da cidade. Já se encontram no mercado vinhos elaborados a partir dos vinhedos de Encruzilhada como o Angheben Terodelgo, casta da região Trentina, norte da Itália, que possui coloração violácea bastante intensa e aromas complexos com acidez baixa e taninos macios; ou o Tormentas Anima Mundi, vinho de excepcional qualidade produzido pelo enólogo Marco Danielle em conjunto com a Lídio Carraro. A Associação Brasileira de Someliers afirmou que os vinhos originários do município são uma grande promessa nacional e que no futuro estarão disputando as prateleiras com os melhores exemplares sulamericanos e o gosto do consumidor mais exigente. Para quem curte dar uma esticada no final de semana, o passeio até a cidade vale a pena e para quem não conhece esta nova realidade, voltará impressionado!
Encruzilhada do Sul está se firmando como o segundo pólo viticultor ficando atrás apenas da Serra Gaúcha. A paisagem para quem está chegando na cidade dá a impressão de que é um pedaço da Itália, com o sol latente, a brisa fria e os parreirais que acompanham o asfalto e os olhos até perder de vista. Seu clima e solo são ideais ao cultivo de uvas varietais – aquelas destinadas à produção de vinhos finos. O município fica situado na região chamada Serra do Sudeste onde os solos são originados de rochas graníticas, arenosos e com baixa retenção de umidade. A altitude do município fica 427 metros acima do nível do mar, em média. O clima tem como principais características temperaturas médias anuais em torno de 17°C, com dias quentes e secos e noites frias com uma variação média de quase 10oC. Durante o período de setembro a março a insolação alcança mais de 1500 horas de sol bem acima das 1250 horas que é o mínimo necessário para a videira. Essas condições contribuem para uma uva com bastante grau de açúcar o que gera bom percentual alcoólico e uma qualidade superior ao vinho além de baixa acidez e excelente concentração de matérias corantes e aromas.. Descoberta há mais de dez anos por algumas vinícolas gaúchas – hoje já conta com dezesseis – começou há pouco mais de três anos a sua vindima e, pasmem, já expressando vinhos com mais de 15% de álcool, semelhante em estrutura aos originários do Nappa Valley na Califórnia. E mais, comenta-se que a safra deste ano está sendo considerada a melhor de todas. São cultivados mais de 360 hectares de vinhedos e neles estão sendo feitos testes com novas uvas inéditas no Brasil e que vêm se adequando muito bem ao gosto dos enólogos responsáveis.
Entre as novas castas podemos elencar a Tempranillo, a Teroldego, a Touriga Nacional e a Barbera quase todas originárias da Europa. Podem ser encontradas extensões das vinícolas Casa Valduga, Angheben, Garibaldi, Dal Pizzol, Tormentas e Lídio Carraro entre outras, cada qual com vinhedos próprios e outro tanto produzido em parceria com viticultores da cidade. Já se encontram no mercado vinhos elaborados a partir dos vinhedos de Encruzilhada como o Angheben Terodelgo, casta da região Trentina, norte da Itália, que possui coloração violácea bastante intensa e aromas complexos com acidez baixa e taninos macios; ou o Tormentas Anima Mundi, vinho de excepcional qualidade produzido pelo enólogo Marco Danielle em conjunto com a Lídio Carraro. A Associação Brasileira de Someliers afirmou que os vinhos originários do município são uma grande promessa nacional e que no futuro estarão disputando as prateleiras com os melhores exemplares sulamericanos e o gosto do consumidor mais exigente. Para quem curte dar uma esticada no final de semana, o passeio até a cidade vale a pena e para quem não conhece esta nova realidade, voltará impressionado!
segunda-feira, 10 de outubro de 2011
De garfo e cuia!
Em julho o Brasil viu mais uma brilhante conquista de um representante gaúcho, desta vez no programa Mais Você da Rede Globo, apresentado por Ana Maria Braga: o chef Charlie Tecchio Colonetti venceu a 3ª. edição do reality show Super Chef, com esmagadores 75% de um total de 1,5 milhão de votos. O jovem chef de 26 anos que é também consultor e orientador do Senac em Caxias do Sul ganhou um prêmio de R$ 50 mil, um carro e ainda um estágio nos restaurantes do chef “marravilha” Claude Troisgros. O catarinense que veio para estes pagos ainda engatinhando considera-se um legítimo gaúcho e defensor da gastronomia tradicional dos pampas. Nesta entrevista exclusiva, Charlie fala um pouco de si, da gastronomia e é claro, de sua consagração global.
O que mudou em sua rotina após vencer o Super Chef 2011?
Charlie - O meu dia a dia esta mais corrido, agenda lotada com muitas viagens e trabalhos, o que - para mim - é maravilhoso pois estou conhecendo muitas pessoas e lugares.
De onde veio o seu gosto pela cozinha?
Charlie - Veio de berço através de minha avó, enfim, da minha família toda. Brinco que nasci embaixo de uma mesa de bigolaro (máquina antiga de fazer massa)! Estava sempre a arrodear minha avó no dia a dia. Minha irmã também colecionava receitas juntamente com o meu pai que era um cara que cozinhava muito.
Qual o prato que mais gosta de preparar e que comida você comeu e não esquece?
Charlie - Gosto das carnes exóticas, minha paixão e tem duas comidas que eu lembro que são: O bigoli com ragú de pomba que minha avó fazia quando meu avô caçava, e a feijoada que o meu pai fazia.
Qual foi o ingrediente ou comida mais esquisita ou estranha que já provaste?
Charlie - Quando eu estava na Espanha trabalhando eu provei um crustáceo chamado percebs. Ele é muito estranho, mas com um sabor fantástico.
Você teve alguma passagem engraçada em sua vida gastronômica?
Charlie - Em um certo evento, eu ainda no inicio da minha carreira fui trabalhar em um casamento e a sobremesa era petit gateau, para 350 pessoas, então o chef da cozinha alugou um caminhão frigorífico para manter os sorvetes resfriados para quando fossemos empratar só colocássemos os bolinhos e a finalização. Certo tempo depois de ter colocado 350 pratos de sorvete no caminhão fui dar uma olhada e vi que este estava pingando... O motorista havia esquecido de ligar a câmara de resfriamento do caminhão e o sorvete todo havia derretido!
De onde vêm a sua inspiração na cozinha?
Charlie - Minha inspiração maior é minha avó. E gosto muito de expressar detalhes relembrando a natureza nos meus pratos. Não posso deixar de destacar os nossos chefs no Brasil como Roberta Sudbrack, Claude Troisgros, Alex Atala e os Internacionais chef René Redzepi do NOMA e Ferran Adria do El Bulli e Quique da Costa do El Poblet.
O que foi mais difícil durante o período de confinamento no Super Chef 2011: a saudade da família ou os colegas metidos a sabe-tudo?
Charlie - Acho que o mais difícil é não ter o contato com a família, você vive intensamente aquilo e eu sou muito apegado as minhas raízes e família então não poder me comunicar com eles acredito que tenha sido o mais difícil.
Uma boa polenta ou gastronomia molecular?
Charlie - Posso ficar com as duas hehehe. No meu dia a dia eu preparo e amo trabalhar com a culinária típica é minha raiz e minha base a cozinha italiana. Mas, eu acredito muito na cozinha molecular, trabalhei um período da minha vida com ela na Espanha que é o país da cozinha molecular então sempre que posso aplico técnicas de molecular em minhas bases gastronômicas. Porque não uma polenta desconstruída?
Qual a sua visão sobre a alta gastronomia no Brasil e no RS?
Charlie - Bem eu acredito muito no potencial gastronômico do Brasil. Inúmeros chefs estão atuando com cozinhas maravilhosas, temos um diferencial de insumos gigante e devemos explorar muito isso. A cozinha do RS também é muito rica temos uma miscigenação de cultura muito grande e com insumos maravilhosos. Hoje a maior parte dos meus pratos são criados pra explorar a riqueza do nosso Rio Grande utilizando ingredientes locais com técnicas diferenciadas.
Quais os planos para o futuro?
Charlie - Trabalhar muito, aproveitar todas estas oportunidades que estão aparecendo, escrever um livro e em torno de 2 anos ter o meu próprio restaurante, com os melhores pratos criados e desenvolvidos ao longo de minha carreira.
E o Super Chef Charlie estará num workshop na Escola da Culinária Alemã (junto ao Espaço Cultural, no Pavilhão 5) na Oktoberfest no dia 12 de outubro às 17h ensinando a preparar uma Warmer Wurst-Senf-Salat (salada quente de salsicha Bock e mostarda escura).
sexta-feira, 7 de outubro de 2011
Bem-vindo a Oktoberfest!
De 6 a 16 de outubro Santa Cruz do Sul estará mergulhada dentro da 27a. Oktoberfest, este ano com o tema “O Reino Encantado da Alegria”. Cerca de meio milhão de pessoas são esperadas nesta que é a terceira maior Oktoberfest fora da Alemanha.
Os shows:
Para atrair o público, diversas opções fazem parte da festa entre os quais o mega-show de Ivete Sangalo na sexta dia 7 e ainda Michel Teló, Exaltasamba, Charlie Brown Jr e Restart no decorrer da programação;.
Dia 7 - Ivete Sangalo – 23h
Dia 9 – Restart – 19h
Dia 11 – Michel Teló – 23h
Dia 13 – Exaltasamba – 23h
Dia 15 – Charlie Brown Jr – 23h
Gastronomia:
Dentro do parque inúmeras casas típicas levam ao turista uma boa amostra da culinária alemã, com cucas, linguiças, salsichas e é claro, muito chope! A previsão é que nos 11 dias de programação, sejam consumidos cerca de 230 mil litros de chope e 180 toneladas de alimentos. A Bierhaus estará oferecendo o tradicional buffet de comida típica alemã com Eisbein, Bockwurst, Kassler, Kartoffelklösse, Streuselkuchen, Käskuchen, Reismilch entre outros. E um novo e remodelado espaço abrigará o Café Colonial servindo uma enorme variedade de delícias.
Oficinas de gastronomia:
Numa parceria com o SENAC – RS a Oktoberfest oferece diariamente uma série de aulas de gastronomia com renomados chefs e abertas ao público. Os visitantes tem a oportunidade de conhecer um pouco sobre a gastronomia germânica. A Escola da Culinária Alemã ficará instalada junto ao Espaço Cultural, no Pavilhão 5 do Parque da Oktoberfest. Entre os chefs Camila Gonzalez Abascal, Mamadou Abdoul Sène, Gilda Helene Rauber, Gustavo Andre Ruffato, André Damin, Charlie Tecchio Colonetti (o Super Chef 2011 do Programa mais Você da Rede Globo)e o simpático consultor cervejeiro Sady Hömrich. Confira os horários no site: http://www.oktoberfestsantacruz.com.br/noticias/69/Oktoberfest_de_Santa_Cruz_do_Sul_2011__charlie_colonetti_e_sady_homrich_sao_presencas_confirmadas_na_escola_da_gastronomia_alema
Brahma Haus:
A Brahma – patrocinadora máster da festa – estará com o pavilhão Brahma Haus totalmente decorado para receber os festeiros que buscam uma boa música. Nas noites de quinta a domingo uma extensa programação musical transitará da música Eletrônica ao Sertanejo, tendo como atrações, os DJ´s Eduardo Thiesen, com um set list House; San Schwartz, que tem forte influência House e Techouse; Fat Duo, que contabiliza apresentações nos principais festivais musicais do Brasil; Lucas e João Pedro, dupla com 10 anos de carreira e que apresentará as canções "Diz o Ditado", "Quebra Tudo", "Sem Você" ; Natalie Bergamo, que encabeça o projeto Live DJ.
Feirasul:
A Feirasul é uma das maiores feiras de negócios do Estado e anualmente é realizada junto à Oktoberfest, Disribuida em cerca de 6mil m2 de área coberta oportuniza ao turista uma diversidade de opções de artigos, equipamentos, automóveis e até barcos.
Fritz e Frida:
Os personagens-símbolos da Oktoberfest de Santa Cruz trazem o espírito lúdico e festivo ao evento, pois diariamente é possível vê-los pelo parque, nos desfiles e nos bailes típicos. Na sua ornamentação o folclore dos primeiros colonizadores germânicos da região, datados há mais e 160 anos.
O chope:
Existem registros que há pelo menos 5.400 anos os sumérios já produziam o chope para oferecer à deusa "Nina". Nessa mesma época, o chope era utilizado como moeda para pagar os trabalhadores e também como produto de beleza para as egípcias, que acreditavam em seus poderes de rejuvenescimento. Na Idade Média, o chope passou a ser produzido nos mosteiros. Foram os monges católicos que deram a ele o aroma e o sabor conhecidos hoje. Em Pilsen, uma cidade da República Tcheca, no ano de 1839, os cervejeiros deram uma contribuição fundamental com a descoberta da baixa fermentação. Depois dela, o chope passou a ter uma cor clara, um sabor mais suave e maior duração para o consumo. Estudos publicados por Louis Pasteur em 1876 sobre fermentação de microrganismos resultaram na pasteurização, que é a diferença básica entre cerveja e chope. Antes disso, não havia diferença entre esses produtos já que ambos eram crus.
Os shows:
Para atrair o público, diversas opções fazem parte da festa entre os quais o mega-show de Ivete Sangalo na sexta dia 7 e ainda Michel Teló, Exaltasamba, Charlie Brown Jr e Restart no decorrer da programação;.
Dia 7 - Ivete Sangalo – 23h
Dia 9 – Restart – 19h
Dia 11 – Michel Teló – 23h
Dia 13 – Exaltasamba – 23h
Dia 15 – Charlie Brown Jr – 23h
Gastronomia:
Dentro do parque inúmeras casas típicas levam ao turista uma boa amostra da culinária alemã, com cucas, linguiças, salsichas e é claro, muito chope! A previsão é que nos 11 dias de programação, sejam consumidos cerca de 230 mil litros de chope e 180 toneladas de alimentos. A Bierhaus estará oferecendo o tradicional buffet de comida típica alemã com Eisbein, Bockwurst, Kassler, Kartoffelklösse, Streuselkuchen, Käskuchen, Reismilch entre outros. E um novo e remodelado espaço abrigará o Café Colonial servindo uma enorme variedade de delícias.
Oficinas de gastronomia:
Numa parceria com o SENAC – RS a Oktoberfest oferece diariamente uma série de aulas de gastronomia com renomados chefs e abertas ao público. Os visitantes tem a oportunidade de conhecer um pouco sobre a gastronomia germânica. A Escola da Culinária Alemã ficará instalada junto ao Espaço Cultural, no Pavilhão 5 do Parque da Oktoberfest. Entre os chefs Camila Gonzalez Abascal, Mamadou Abdoul Sène, Gilda Helene Rauber, Gustavo Andre Ruffato, André Damin, Charlie Tecchio Colonetti (o Super Chef 2011 do Programa mais Você da Rede Globo)e o simpático consultor cervejeiro Sady Hömrich. Confira os horários no site: http://www.oktoberfestsantacruz.com.br/noticias/69/Oktoberfest_de_Santa_Cruz_do_Sul_2011__charlie_colonetti_e_sady_homrich_sao_presencas_confirmadas_na_escola_da_gastronomia_alema
Brahma Haus:
A Brahma – patrocinadora máster da festa – estará com o pavilhão Brahma Haus totalmente decorado para receber os festeiros que buscam uma boa música. Nas noites de quinta a domingo uma extensa programação musical transitará da música Eletrônica ao Sertanejo, tendo como atrações, os DJ´s Eduardo Thiesen, com um set list House; San Schwartz, que tem forte influência House e Techouse; Fat Duo, que contabiliza apresentações nos principais festivais musicais do Brasil; Lucas e João Pedro, dupla com 10 anos de carreira e que apresentará as canções "Diz o Ditado", "Quebra Tudo", "Sem Você" ; Natalie Bergamo, que encabeça o projeto Live DJ.
Feirasul:
A Feirasul é uma das maiores feiras de negócios do Estado e anualmente é realizada junto à Oktoberfest, Disribuida em cerca de 6mil m2 de área coberta oportuniza ao turista uma diversidade de opções de artigos, equipamentos, automóveis e até barcos.
Fritz e Frida:
Os personagens-símbolos da Oktoberfest de Santa Cruz trazem o espírito lúdico e festivo ao evento, pois diariamente é possível vê-los pelo parque, nos desfiles e nos bailes típicos. Na sua ornamentação o folclore dos primeiros colonizadores germânicos da região, datados há mais e 160 anos.
O chope:
Existem registros que há pelo menos 5.400 anos os sumérios já produziam o chope para oferecer à deusa "Nina". Nessa mesma época, o chope era utilizado como moeda para pagar os trabalhadores e também como produto de beleza para as egípcias, que acreditavam em seus poderes de rejuvenescimento. Na Idade Média, o chope passou a ser produzido nos mosteiros. Foram os monges católicos que deram a ele o aroma e o sabor conhecidos hoje. Em Pilsen, uma cidade da República Tcheca, no ano de 1839, os cervejeiros deram uma contribuição fundamental com a descoberta da baixa fermentação. Depois dela, o chope passou a ter uma cor clara, um sabor mais suave e maior duração para o consumo. Estudos publicados por Louis Pasteur em 1876 sobre fermentação de microrganismos resultaram na pasteurização, que é a diferença básica entre cerveja e chope. Antes disso, não havia diferença entre esses produtos já que ambos eram crus.